sexta-feira, dezembro 31, 2004

Roupa velha para a dor de sempre...

Viver dói, dizem.
A virada do ano torna a vida mais densa, com as coisas que jamais fizemos e sempre desejamos fazer ou realizar no ano novo. Mas a vida, com suas cenas, nos mostra, em Buenos Aires, na noite de 30 de Dezembro, 175 pessoas morrendo num incêndio numa casa de shows. Essa cena já aconteceu aqui em BH também.
Fogos de artifício no palco, atingiram o teto e deflagraram o fogo; portas de emergência trancadas, mais gente que o controlável juntas, pânico.
Mais de uma centena de famílias na Argentina, e outras milhares pelo mundo afora, chorarão seus mortos no apagar do ano. Na Ásia, o choro talvez poderá ser ouvido, quem sabe até no pico mais alto do Himalaia, ou propagando-se pelas águas do Índico, que tragou a terra e carregou seus mortos. Ainda assim, muita esperança se renova hoje, passagem de ano, por todos os cantos do mundo. Uns pedirão por mais justiça, outros por mais benevolência divina e da natureza, tantos outros esperarão a cura e o direito de ter esperança amanhã. E viver, dói, dizem.
Deve ser por isso que se deseja, mais que tudo, amor no ano novo. É que para a dor da vida, só o amor traz remédio.
Então, com todos os pesares que nos pesam, que tenhamos todos muito amor para dar e receber em 2005 e dai prá frente, que remédio, se cura, a gente toma.

31DEZ2**4

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Eu e minhas luas

Uma coisa que ninguém tem que sentir pelo outro é a "lua" de cada um. Tem dias que a gente se sente mal, sem saber por que, sem nada, ou nenhuma razão justificável. É fácil nessa hora que quem esteja de "lua virada" acuse isso ou aquilo como razão do irracional. Ontem mesmo, minha lua virou, sei lá em que órbita, nem para que planeta ela se virou. Virou, e com ela, parece que virou a noite, a chuva, o dia que hoje amanheceu nublado, e, como se não bastasse, embora no domingo eu já soubesse que o dia seguinte seria uma segunda-feira, ela surgiu, como se para mim amanhecesse a surpresa do tempo que se impõe, dias sucedendo dias, segundas sucedendo domingos.
Falar em domingos, me lembro que há uns dias acabou meu anti-deprê, e pode ser que seja essa a causa, embora eu não esteja procurando culpados para a neblina úmida que também parece envolver minha existência nesse momento...
Não me consola a consciência de que acima das nuvens que encobrem os dias, há sóis, estrelas e luas a brilhar, como faíscas da brincadeira universal que nos cerca, independente de como nos sintamos... Lá, no infinito que a gente pinta de azul mas encerra o negrume de nossa inconsciência, as faíscas não são das minhas brincadeiras, que sério, a lua que se virou de mim, me deixa.

sexta-feira, novembro 19, 2004

A amante

Pegou o telefone, meio desolado, e ligou para o amigo:
- Acho que vou largar ela!
O amigo se assusta:
- Que isso, cara? Vai separar?!
- Não, não é minha esposa. A gente está até bem, considerando o que a outra me consome... Mas sabe como é, muitos anos de casamento, e a gente acha que a oportunidade é agora ou nunca, e embarca como se fosse atravessar um riachinho raso, e vê que o negócio é fundo...
- Quer parar com isso? Você sempre com essas coisas de metaforizar a vida... Já não basta a filosofia de toda a juventude, a gente ouvindo você declamar poemas de poetas que nunca mais ouvimos: Bukovisky, Mayakovisk, Bandeirovisk, andando com a foto de Guevara na carteira, fazendo a gente levar cassetetadas da PM até nas serenatas que a gente ia fazer para as namoradas... Que estória é essa agora? Você tem uma amante?
- Pois é, mas a idéia a princípio não me seduzia...enfim, acabei aceitando. Sabe como é, os outros dão força, mostram as belezas que a gente vê ali, na hora. Depois, vem a noite, a solidão com a gente mesmo, e a dor na consciência. Meus filhos já casados, netos chegando, e eu vivendo essa vida, não dando mais conta de qüase nada, negligenciando minha mulher, chegando em casa tarde, qüando vou para casa...
- Deixa de frescura! Hoje em dia tem remédio para tudo! Toma umas pílulas daquelas azuis, e pronto!
- Quem dera fosse fácil assim. O caso é que eu já não agüento mais!
- Putz, cara, você está por cima da carne seca, morando em Brasília, altos empregos, deve estar chovendo de mulher, sua esposa ficou na sua casa, acho que você não deve se consumir por um relacionamento assim, digamos canalhamente, fortuito. Não que eu aprove, mas quem poderia condená-lo mais que sua consciência?
- Pois é, a consciência...
- É, isso é que é o mais complicado. Mas faz isso, cara: larga essa mulher, seja ela quem for, que idade tiver...
- Mulher? Que mulher? Eu não agüento mais é esse emprego público nessa secretaria!!!

Criança diz cada uma...

Quem lia a coluna do dr. Reinaldo Delamare na revista Cláudia, anos 60 ou 70, se lembra desse título.
Mas ele me veio à cabeça pelo texto a seguir, recebido via internet, de autoria que desconheço.
Já o havia lido há algum tempo, e apesar da fragilidade que sinto nos argumentos, ainda assim as comparações feitas são inteligentes.
Claro que o texto é ficção, but...
Temo, especialmente, que ofenda a alguns, americanos, ou não. Mas hoje vi um carro com um adesivo "Bush é um assassino e deve ser julgado por isso", assim mesmo, escrito em português claro, preto sobre branco. Devo estar eu, então, chutando cachorros mortos, que pelo menos não nos mordem?! Bush pode se defender do que se diz sobre ele, mas não pode se defender de todo ódio que atrái, e bem lembrado é que a inveja causa problemas ao invejado, embora corroa aos invejosos...

Então... quem está com a razão ?


Enquanto isso em muitos lares americanos....

- Pai, por que o nosso país invadiu o Iraque? - perguntou Billy, de 8 anos.
- Lá tinha armas de destruição em massa.
- Mas a TV disse que os inspetores não acharam nada.
- Os iraquianos esconderam. E nosso governo sabe que invasões funcionam mais que inspeções.
- Se tinham tais armas, por que não usaram quando atacamos?
- Para que ninguém soubesse que eles têm as armas. Preferem morrer a defender-se.
- Como um povo pode preferir morrer a defender-se?
- A cultura deles é diferente. Preferem morrer e ir logo para junto de Alá.
- E lembre-se que Saddam Hussein era um cruel ditador.
- Como cruel?
- Torturava e matava gente.
- Como na China comunista?
- A China é diferente, seu povo trabalha para as nossas empresas, reduzindo os custos da produção e aumentando os nossos lucros.
- Mas a China não é comunista?
- É.
- E os comunistas não são maus?
- Só os comunistas da Coréia do Norte e de Cuba, que prendem e torturam gente.
- Como fazemos em Bagdá?
- É diferente. Nós prendemos e torturamos em defesa dos direitos humanos e da liberdade.
- Foi o que fizemos no Afeganistão?
- Lá foi por causa do Osama Bin Laden.
- Ele é Afegão?
- Não, é saudita.
- Como 15 dos 19 seqüestradores suicidas do 11 de setembro?
- Sim.
- E porque não invadimos a Arábia Saudita?
- Porque o governo de lá é nosso amigo.
- Como era Saddam em 1980, ao combater o Irã?
- Sim, quem combate o nosso inimigo é nosso amigo.
- E por que temos inimigos?
- Porque muitos povos têm inveja do nosso progresso.
- Mas, pai, inveja não é problema do invejado?
- O invejoso de hoje pode virar o terrorista de amanhã.
- O que é um terrorista?
- É uma pessoa que não pensa como nós pensamos.
- Mas não defendemos a liberdade de opinião?
- Só a que não vai contra a nossa opinião.
- O Iraque nos atacou?
- Não, mas agora fazemos guerras preventivas, evitamos o mal antes que a semente dele caia na terra.
- Nós é que produzimos as armas empregadas nas guerras?
- Boa parte delas, pois a guerra favorece a nossa economia.
- Quer dizer que ficamos ricos às custas da morte de outros povos?
- É a lógica do mercado.
- Mas, pai, uma vida humana não vale mais que um míssil? Não foi isso que você me ensinou?
- Teoricamente sim, mas na prática não é assim. Para o mercado, só tem valor a vida que está dentro dele, a do consumidor.
- E as outras vidas?
- Filho, nada em excesso é bom. Muito vento causa furacão; muita água, enchente; muitas bocas, fome.
- Quer dizer que nós matamos como Saddam e o Talibã matavam?
- Nós matamos a favor da liberdade; eles, contra.
- Inclusive crianças como eu?
- Você não é como elas. Não temos culpa de nossos inimigos terem filhos.
- Deus aprova isso?
- Sim, nosso presidente fala diretamente com Deus.
- Como assim?
- Ele escuta a voz divina em sua cabeça. Deus o elegeu para fazer a guerra do bem contra o mal.
- Mas Deus e Alá não são a mesma pessoa?
- Billy, chega de perguntas. E, por favor, não confunda o nosso deus com o deles!

quinta-feira, novembro 18, 2004

Nós, jovens...

"Nós jovens, somos sempre animados."

Assim diz ter dito o vice presidente, ao assumir a defesa:
os jovens, devem estar sempre animados. E alertas.

Alertas para o vício de diz que diz quê.
Dizem quê, "isso lembrará Vidella, na Argentina...".

Meus Deus, até qüando o efeito "eu sou você amanhã" existirá?
Espero que antes... de declararmos guerra a alguém ou algo, para justificar o poderio e o investimento do País em Defesa.
Ou repetiremos as malvadas malvinas contra... quem?

Bin Ladden,
o inventor do terror...
Ou a quem inventou Bin Ladden...

Nossa guerra, é menor.
E nunca a resolvemos:
o poder.

A nossa "defesa" não pode ser a retranca do time que está na ponta, do campeonato, para manter o resultado favorável na tabela:
- "Ah, na Argentina eles nem receberam... os dólares foram transferidos de contas de 1 por 1 para contas de 1 por 3... Tantas coisas... "

E nenhuma delas poderá fazer mais do que já foi feito por conta daquilo que não se quer falar...

Pior do que dizer que diz que diz quê,
e sair dizendo que nem sabe onde vai.

Que o mundo
é grande demais,
e gente demais,
quer saber onde foi,
o que foi, quem foi.

- "Ah, errramos...!"

Quem errou, e o que errou?

- "Ah, o Wildecrécio, na hora de servir o cafézinho, derramou no servidor uns pingos..."

E a mancha marrom, denunciando a catástrofe de cafézinho derramado sobre a reluzente torre do computador minúsculo que substitui as CPU´s antigas da sala da presidência - devidamente minimizada pelo comentário de um colega mais ciente de sua solidariedade: "Putzgrila, o Wildecrécio fudeu tudo!!!!..." - invade a retina, como invadia naquele momento, a bomba, o tiro, a faca, a guinchada do pneu.

O Wildecrécio, aquele menino...!
Tsc, tsc...

05Nov2**4

segunda-feira, novembro 01, 2004

Telefone

Toca o telefone
numa estridência
que quebrou a paz
da pachorrenta
tarde de feriado
trancado
numa saleta
de cigarro fedorenta,
e ele ouviu a voz dela:
- "Olha, não posso mais... Esperei mais de 3 anos, e agora, não posso mais: não te espero mais!"
Ele se recompõe, e passa na memória que som era aquele, que parecia familiar, da voz de uma mulher num tom que não ouvira desde... 3 anos!
Fugira para um trabalho, que consolava-se pela cerveja, agora quente sobre a mesa encardida da saleta escura de cigarro fedorenta... 3 anos, e então, pela conta, qüase que vê os dedos amarelados dançando sobre o teclado da velha calculadora com visor verde pulsante, em luz amortecida pela claridade distoante de tudo escuro em volta, do lap-top aberto sobre a velhíssima mesa. 3 anos, mais de mil dias...
mil dias não!!!
Em todos os dias
desses mais de mil dias,
não havia bons-dias,
nem por fim, ora,
quem o diria?
- aquela voz naquele tom -,
maldito e bendito tom,
com a força de um trator,
arando com garras duras,
os campos que cultivara...
Entre tudo isso,
entretanto,
apenas pensara:
"Mil dias...
mil vezes complicada essa coisa
que queria entender porquê
é preciso tanto tempo
para apenas ver
que nem mesmo mil dias mudam
o sentido complicado
que se tem para dizer
da luz mortiça do qüarto
sempre fechado
que apenas sabe
na verdade qüanto custa dizer quê,
mais de mil dias!,
e agora penso na verdade,
que antes de mais nada,
esse muquifo escrito
deveria chamar "Muquifo",
mais digno
que o telefone preto
sobre a mesa encardida
escura no qüarto escuro
que nada mais é
que o retrato de tudo
que fôra mais de mil dias,
e em todos eles,
lembrar dela..."

Ave, João Paulo!

Não, não se trata de uma saudação ao presidente da Câmara dos Deputados.
Recebi pela internet (qüanta coisa se recebe.. mas algumas são ótimas coisas!)
uma homenagem ao Papa João Paulo II, descrevendo suas viagens e tempo total dedicado à causa da Igreja e da humanidade.
Sim, porquê ainda que não seja por um país ou povo católico, o Papa sempre pede a paz, aponta a violência, denuncia e lamenta a falta de vocação, tanto de seus "obreiros" como dos "obreiros" políticos e autoridades.
Há nele, uma vocação para Santo, com certeza, como aliás deve convir a um Papa.
Imaginem o padre Marcelo (e nisso não vai uma crítica a ele, Pe.Marcelo), Papa.
Ia ser um"deus nos acuda literal".
Tem gente que acha que ele, o Papa, deveria renunciar à sua pobre condição humana e entregar-se à morte, que longe já se vai a vitalidade daquele corpo de 84 anos de idade...
Mas folgo em saber que, no trono da Igreja, está sentado, amparado mesmo pelo cajado que lhe é de direito, a pastorear ovelhas, aquela figura humana, que transmuta dor em fé, que transforma dificuldades em obstáculos a superar, e não a desviar de seus objetivos, primários, primeiros e principais.
Folga-me saber do Papa, mais do quê de qüalquer outro líder da humanidade, mais que presidentes e reis.
Não porquê tema não haver quem substitua a o Papa, em seu pastoreio e defesa do catolicismo. Não com a inépcia que tantos outros credos têm (e a própria igreja católica teve no passado...) de promover a violência, algumas vezes chamada até de violência racial, como se o credo determinasse a raça de alguém, como no caso da Palestina e Israel, por exemplo, também... Bom, mas esse nem é assunto da igreja católica, e entre pessoas "santas", há os rabinos, mullahs, aiatolás... e reis e rainhas, mais sábios, que condenam essa violência, como também, e com toda liberdade, o faz o Papa.
Há, ainda, muitas pessoas "santas" entre os anônimos: todos nós conhecemos muitas pessoas assim, de história, estórias e convivência (Aleluia!).
Como o próprio Padre Marcelo, com a ressalva de que não ficaria bem o Papa celebrar a bênção de domingo ao lado de Roberto Carlos na praça do Vaticano...
Além da turma do sertanejo que assolaria o mundo...!
Não... já basta os problemas que o Papa tem que resolver com mais prioridade!

terça-feira, outubro 19, 2004

Choveu dinheiro...

Navego insone minha nave interpessoal pelo universo etéreo, buscando o pouso interpessoal em planetas nos qüais me sinta confortável.
Aderno em direção a um blogue, mais um, na minha busca do blogue mãe.
Rio-me da comparação de minha loja de fazer nada, em plena Praça 7, ao ler sobre o desejo de alguém publicar na Veja, semana após semana, durante um mês, uma foto na contra-capa, fazendo "jóia" (expressão mano-polegar indicadora de que está tudo bem...), sem nenhuma palavra.
Compraz-me pensar em tão criativa forma de alcançar as pessoas, embora eu mesmo talvez nem visse a revista em questão. Mas saberia da foto, ou a veria, escarniçada, amarrotada, dobrada, ou rasgada, numa revista de consultório. A mesma revista, mas ai relegada a sua função de deixar acessível o lixo entretenedor de ante-salas cujas opções são fotos dos ricos e bem sucedidos ou matérias vencidas.
Mas voltemos ao motivo de tudo: a idéia da foto na revista, é de um blogue que diz o que se faria se tivesse um bilhão de dólares. E remete-me ao confessado desejo, mais modesto (quem não gosta de se mostrar menos exigente nas benesses que talvez, por certo, jamais teremos...?) de, se ganhasse na mega-sena, abrir uma loja, em plena Praça 7, centro de Belo Horizonte, e, se perguntado, informar, a todos, que ali nada se venderia, nada se faria... Usaria essa loja, toda envidraçada, com ar-condicionado e libidinosas (ou libidináveis) secretárias, apenas para ler jornais... ou, mais modernamente, acessar a internet.
Então, nesse blogue, descubro que em Londrina, no Paraná, já choveu dinheiro. De um falsário, que em desespero diante da batida policial, jogou pela janela sua obra gráfica. Repetições do original da Casa da Moeda, para a nota de 50 reais.
Enfim, me pergunto: para quê o dinheiro, se alguém que sabe fazê-lo tem que jogá-lo pela janela se vem a polícia? Para quê o dinheiro, se numa loja envidraçada alguém tem que se sentar para ler para que haja um sentido na loja existir? Para quê o dinheiro, se teremos que fazer jóia, ou tinindo, numa foto que nos fará tão iguais aos políticos que querem mostrar mais a cara que as ações?
Ora, para quê o dinheiro, não sei, já que não posso esbanjá-lo.
Para quê escrever isso, idem...
Mas já que cheguei aos políticos, aproveito para chutar cachorros mortos.

quinta-feira, outubro 14, 2004

Debates...

Debater a política.
Vimos isso no primeiro turno, lá vem o segundo (turno...!), e ainda temos B e K, dos EUA...
"Eu prometo isso, eu sei daquilo...", e no seduz (???) a maneira clara que todos os problemas desfilam e as soluções são prometidas...
Mas, e será que existe esperança além do voto?
Agora, bem agora, dira Caetano aos soldados brasileiros:
- "O Haiti, é aqui..."

terça-feira, setembro 28, 2004

Numerologia

Vejo que já são mais de 200 posts... E algum tempo, que medido em anos, é mais de 1.
Sempre fui tecnófilo. Mas revoltei-me contra a tecnologia qüando percebi que ela corre mais que meus anseios e necessidades, na proporção inversa da minha real necessidade na vida. O "basta", dei, qüando vi meus filhos crescendo, e tudo que podia discutir com eles era baseado no jogo "Doom".
Bons e inocentes tempos da tecnologia...
Atualmente, ganhei recente do filho mais velho um console de jogos, com 2 jogos.
Tipo Doom, mata, morre. Realidade virtual. Interatividade. Contemporaniedade. Tecnologia.

Lembro que qüando meu pai era vivo, na época dos PC's 286, um dia disse a ele, mostrando um "lap-top" 286, que aquilo era mais eficiente que a tecnologia dos computadores que haviam levado o homem à Lua, em 1969.
Cético, meu pai que não acreditava que o homem havia chegado à Lua, apesar de estar ao meu lado no dia que vimos a transmissão pela televisão, preta e branca, da marca Emerson, disse que ainda assim, isso não teria levado o homem à Lua.
Deveria eu ter mostrado que o co-processador matemático, que havia como acessório nos primeiros PC's, era capaz de fazer milhões de cálculos complexos e de resultados infinitesimais, dizimais, incalculáveis ou imprestáveis.
Que o 1 + 1, ou o 0 + 0, ou qüalquer uma das limitadas associações entre 2 números, zero e um, por exemplo, poderia, para uma máquina que só lida com essas duas variáveis, permitir exponenciais associações de novas variáveis.
E com isso, o cálculo do ponto exato e do ângulo de penetração na atmosfera, poderia permitir, antes da ação, ensaios que determinassem os esforços e resistência necessárias para a segurança das viagens espaciais.
Não sei se meu pai entenderia...
Para ele, em 69, contar-se-iam 49 anos de idade, 11 filhos, 90 milhões de brasileiros, 3 bilhões de seres humanos, e a lua, e sua conquista, estavam à anos-luz das necessidades dos nossos milhões de sinapses para assimilar o que vêem nossos olhos, 2 para cada um, um para alguns, e também muitos com nenhum.
Estava lá, no entanto, a tecnologia da raça humana.
E não só a tecnologia de processamento de dados, mas, especialmente, a tecnologia de evolução da raça, que abria uma ponte para novas correntes.
...
(dando um salto na viagem dândi, vamos encerrar com o final abaixo:
- E hoje, nesse blog, tem mais de 200 mensagens...)



quinta-feira, setembro 16, 2004

Degustação de vinhos em Minas...

- Hummm...
- Hummm...
- Eca!
- Eca? Quem falou Eca?
- Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?
- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...
- Putaqueopariu! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo, sô?
- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?
- Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, la isso tá!
- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?
- Não, meu amigo. São técnicas internacionais de degustação, entende?
- Entendo. Lá no bar do Tiramãodaí a gente tumém tem umas mania esquisita...
- Ah, é? Os senhores também praticam degustação?
- Não, senhor, só engolição. A gente olha bem a marvada, assim, contra o sol, que é pra ver se num tem barata dentro. Depois joga um tiquim pro santo e manda ver! A danada desce que só vendo! Sai carrascando tudo, bate lá no bucho e sobe qui nem rojão na festa da Trindade. Com meia dúzia, o pessoar já sai avançando nas saia das comadre que é um desassossego! Às veiz sai inté tapa!
- Disgusting!
- Nossa Senhora! Nem me fale! Um desgosto danado! Já teve casamento desmanchado e tudo...
- Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então,...
- E antão molhar o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!!!
- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...
- Mas num vai introduzir mas é nunca! Desafasta, coisa ruim!
- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...
- Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...
- O senhor poderia começar com um Beaujolais!
- Num beijo lé, nem beijo lá! Eu sô é homem, safardana!
- Então, que tal um mais encorpado?
- Óia lá, ocê tá brincando com fogo...
- Ou, então, um suave fresco!
- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de lhe meter-lhe a mão na sua cara desavergonhada!!!
- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, mermo!!! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...
- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
- E que tal a mão no pédouvido, hein, seu fióte de Belzebu?
- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?
- Eu vou acertar é um tapão nas suas venta, cão sarnento!!! Engolidor de rolha!!!
- Mole e redondo, com bouquet forte?
- Agora, ocê pulou o corguinho!!! E é um... e é dois... e é treis!!! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, seu bicha fedorento!!!...

(desconheço a autoria, mas parabéns!)

quarta-feira, setembro 15, 2004

Gabriela: Sou da Paz!

Fulano:

respondi ao seu apelo,
de assinar a lista,
que me chegou crível
por caixa de correio
que tantos lixos acumula,
cansado que estou
de tentar aumentar coisas,
diminuir coisas,
comprar o maior
para ver
que o mais
"chic"é o menor...
como dizem
dos "celulares",
descarademente...
Perco-me,
imbecilizado,
entre aqueles
a quem dói
um mero assalto de centavos,
uma lei "desconhecida"assaltada...
A indignação de ver
um pobre no vidro,
no sinal...
Não gostamos
de pensar
no qüanto dói Gabriela.
Ela é dor dos que a tiveram.
Ela é dor de tantos
qüantos viveram Gabriela.
Não somos tantos,
não somos todos...
Somos,
apenas,
os que se indignam...
Somos anônimos
até que essa dor
atônita surja,
e peça paz...
Que ninguém mais sofra essa dor...
Que pai e mãe nenhum veja um filho morto
pela incapacidade da sociedade de cuidar de seus doentes,
se assim "são",
e "pensam" ser!,
que contaminam
a crença na evolução dessa espécie
que se diz,
serem humanos...

Quote:
PMSubject: ENC: Gabriela, sou da paz
Você sabia que o Big Brother 4 teve o número recorde de 12 MILHÕES de ligações pelas quais as pessoas tinham que pagar para votar em desocupados, por pura diversão?
Após UM ANO da morte de Gabriela Prado (a menina assassinada no metrô SÃO FRANCISCO XAVIER, Tijuca, Rio de Janeiro, durante um assalto, em25.03.2003),
a família só conseguiu 700 mil assinaturas das 1 milhão e 200mil, divididas em pelo menos 5 estados diferentes, necessárias para mudar a lei.
Mudar a lei: eis a diferença entre o que realmente mobiliza as pessoas e a triste realidade que nos ronda.
Precisamos ajudar pois esta lei não trará a filha deles de volta mas poderá impedir que criminosos estejam livres e que os mesmo façam alguma violência com algum de nossos familiares ou seja, nós seremos os beneficiados.
Todo mundo pode dar sua colaboração, visitando o site, assinando a lista e divulgando a novos contatos.
É rápido e não custa nada!
Exercite sua cidadania!
Vamos ajudar!!!
O endereço do site é: <http://www.gabrielasoudapaz.org/>

:Unquote

Quem sabe da fatalidade acontecida, precisa falar mais nada...

quinta-feira, agosto 26, 2004

Qüalquer semelhança com eleições...

seria mera coincidência?
Olha só, essa piada:

O cara chegou, com uma lindíssima mulher na joalheria Tiffanys e foi logo
comprando uma jóia de R$ 500 mil reais para ela, pagando a conta com um cheque.
O vendedor ficou meio preocupado, pois era a primeira vez que via aquele cliente.
O cliente foi logo dizendo:
- Vejo que você está pensando que o cheque pode não ter fundos, não é?
Pois tudo bem.
Vamos fazer o seguinte: hoje é sexta-feira e o banco já fechou.
Você fica com o cheque e com a jóia.
Na segunda-feira, você vai ao banco,
pega o dinheiro e manda entregar a jóia lá na casa da minha princesa, OK?

O vendedor ficou mais aliviado.

Na segunda-feira, não deu outra: o cheque não tinha fundos e
o vendedor ligou para o cliente, o qual respondeu:

- Pode rasgar o cheque, eu já comi a mulher....

segunda-feira, agosto 16, 2004

Limpando gavetas

De vez em qüando, a gente acha um retrato na gaveta...
Esse, era de Fevereiro, e como parece que isso é um daqueles velhos diários, "perdido na areia..."

Não sei a quem mandar isso, e se vc um dia ler, saiba que quis me dividir com vc. Recebi hj cedo um e-mail, coisas de serviço, que começa assim: "Espero que esta vá lhe encontrar de bom humor..."
Coisa das antigas. Mas verdadeiro.
Puxa, por quê somente um cara lá da "putaqueopariu" do outro lado do mundo tem essa pretensão? Porquê deve ser sincera. Aqui não.
Ainda mais segunda feira pela manhã...
Dia e expediente da semana menos propício ao bom humor, me parece, para os que não estão ao lado dos seus amores eternos.
Aqui, agora, me cobram bom humor. Como se não doesse a cicatriz no peito, a cicatriz no baixo ventre, ou fossa pélvica (não, fossa pélvica é a parte interna, dentro do ilíaco, acho eu, que às minhas aulas de anatomia nunca fui, detesto defuntos e ver entranhas abertas).
Se não ficar de bom humor, estou depressivo. Ou ciclotímico.
O inferno, o purgatório, a terra, o paraíso.
Tudo num dia.
Coisa de louco, que louco sou.
E digo isso para que se assim me chamarem, saberem que não são originais, nem meus pecados.
Se peco o pecado do mundo,
peco o mundo,
que me fez pecar.
Fecho-me agora, que me dizem confuso,e escrevo e-mails para ninguém, que não quero contaminar o mundo com essa confusão.
Agora, no tempo passado às décadas,
e estar sem um porto, torna-memarinheiro mareado.
Ânsia de terra firme. Escuto músicas, entendo letras.
Elas me dizem o que quero ouvir.
Que sou louco. São.
Que sou tolo. São.
Que sou criança. Sãs.
Que sou romântico. São.
Que sou triste. São.
Que são felizes. Sou.
O que me inquieta o espírito,
é o tempo que pessoas sãs,
levam para serem felizes.
Tenho pressa da felicidade, dá licença.
Não construo mais castelos, visito os de reis amigos.
Não dirijo mais exércitos, lerão meus tratados de estratégias.
Não corro mais atrás de amores perdidos, eles sabem meu endereço.
Não consigo mais chorar, que chôro não cabe meu sentimento que definiria como chôro.
Não desisto de viver um grande amor,
ainda que o grande amor novo seja o amor grande e velho que tive um dia.
Habita minha casa nova,
a esperança de um dia encontrar, um velho amor novo,
um amor novo que um dia seja um velho amor de novo e sempre.
Eu e minha esperança formamos um par,
e dentro de nossa morada, temos um lar.
Lar, doi(í) do lar!

Dizem que...

Vox populi, Vox Dei...
Muito do que a gente vê na rede, nem é peixe, nem nada... Cultura inútil.
Mas vale a pena relembrar, com novas palavras, coisas sabidas e provadas.
Antes dos registros e da análise dos registros feitos na história, existem muitos casos que ilustram o caminhar da humanidade como algo digno de ser lembrado, pela coragem que alguns tiveram de tentar melhorar (e conseguiram...), a vida diante da realidade.
Mimetismo social? Melhor apenas pensar como cultura inútil, sei lá...

"Curiosidades da Idade Média"
(desconheço autoria)

É impressionante, nos dias de hoje, quando visitamos o Palácio de Versailles em Paris e observamos que o suntuoso palácio não tem banheiros.
Quem passou por esta experiência ficou sabendo de coisas inacreditáveis.
Na Idade Média, não existiam os dentifrícios, isto é, pastas de dentes, muito menos escovas de dentes ou perfumes, desodorantes muito menos e papel higiênico, nem pensar...
As excrescências humanas eram despejadas pelas janelas do palácio...
Quando paramos para pensar..., todos já viram que nos filmes aparecem pessoas sendo abanadas, passam desapercebidos os motivos.
Em um país de clima temperado, a justificativa não era o calor, mas sim o péssimo odor que as pessoas exalavam, pois não tomavam banho, não escovavam os dentes e não usavam papel higiênico e muito menos faziam higiene íntima. Os nobres, eram os únicos que podiam ter súditos que os abanavam, para espalhar o mau cheiro que o corpo e suas bocas exalavam com o mau hálito, além de ser uma forma de espantar os insetos.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria no mês dejunho (para eles, o início do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro das pessoas ainda estava tolerável. Entretanto, como alguns odores já começavam a ser exalados, as noivas carregavam buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar. Daí termos maio como o "mês das noivas" e a origem do buquê de noiva explicada.
Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças.
Os bebês eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível "perder" um bebê lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, literalmente "não jogue o bebê fora junto com a água do banho", que hoje usamos para os mais apressadinhos...
Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais - cães, gatos e outros, de pequeno porte, como ratos e besouros, se aquecerem. Quando chovia, começavam as goteiras e os animais pulavam para o chão. Assim, a nossa expressão "está chovendo canivetes" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs" = está chovendo gatos e cachorros. Para não sujar as camas, inventaram uma espécie de cobertura, que se transformou no dossel.
Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimento oxidavam o material, o que fazia comque muita gente morresse envenenada (lembremo-nos que os hábitos higiênicos da época não eram lá grande coisa...). Os tomates, sendo ácidos, foram considerados, durante muito tempo, como venenosos. Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho). Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estava morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí, surgiu a vigília do caixão. A Inglaterra é um país pequeno e nem sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados ao ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Às vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria o sino tocar. E ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", expressão essa por nós usada até os dias atuais.

quinta-feira, agosto 12, 2004

Remember...

Revejo fotos antigas suas,
minhas, nossas.
Mergulhos no passado presente,
vivido e vívido.
Sinto saüdades
das fotos nossas
que não tirei...
De bikinis, de calções, sorrindo.
De bonés, chapéus.
De sorrisos, vivos,
estridentes como ranger
do orin que harmoniza o mundo!
Sacolejo o corpo para acordar
do sonhar tão doce que é,
e conto tempos, à espera,
de novamente lhe encontrar.

quarta-feira, agosto 11, 2004

Vá lá e confira...

Declaração Universal dos Direitos do Leitor de Romances

Leia e seja livre.

. DIREITOS GERAIS
Artigo I
Todos os leitores são livres para se relacionarem com todos os romances, do modo como bem entenderem, sem restrição ou imposição externa de qualquer espécie. São dotados de sensibilidade, razão, imaginação e senso moral que os qualificam para ler, entender e julgar os romances a seu modo, válido e digno de consideração como qualquer outro. São livres para decidirem sobre a conveniência, o momento e a extensão em que essas experiências e avaliações devam ser tornadas públicas. E são, além disso, iguais em dignidade e direitos a todos os outros integrantes do mercado editorial.
. DIREITOS RELATIVOS AO ACESSO
Artigo II
1. Todo leitor de romances tem direito ao acesso pleno e irrestrito a todos os romances já publicados e que venham a ser publicados.
2. Não será realizada nenhuma censura, modificação de conteúdo, corte ou alteração de outra natureza nos originais de todo e qualquer romance, à revelia de seu autor, por motivos religiosos, políticos, morais, particulares ou quaisquer outros, que tenham o efeito de impedir aos leitores o acesso à integralidade dessas criações literárias.
3. Todo leitor de romances é livre para optar por um, vários ou todos os meios disponíveis de acesso às obras desejadas, como o livro tradicional, em qualquer formato (livro de bolso, encadernado, brochura, etc.); o livro eletrônico; o audiolivro (livro gravado); a leitura pública ou feita particularmente por outra pessoa; a leitura na Web; o download do texto; ou qualquer outro meio que exista ou venha a ser criado.
4. Todo leitor de romances tem o direito de exigir das autoridades municipais, estaduais e federais de seu país a disponibilização gratuita do maior número possível de títulos de romances em bibliotecas públicas, bibliotecas volantes, serviços na Web, ou por meio de outras iniciativas destinadas a democratizar o acesso ao romance.
5. Todo leitor de romances tem o direito de exigir das editoras e livrarias a oferta de romances a um preço acessível, considerando-se a média do poder aquisitivo da região onde se encontra, sem prejuízo da qualidade do produto.
6. Todo leitor de romances tem o direito de exigir das editoras uma qualidade cada vez maior na produção dos romances, seja no aspecto visual, seja no do conteúdo, incluindo a tradução e a revisão do texto.
7. Todo leitor de romances tem o direito de exigir das editoras, mediante o pagamento do valor estipulado, o acesso aos títulos integrantes do seu catálogo.
8. Todo leitor de romances tem o direito de conhecer previamente o conteúdo de um título que esteja interessado em adquirir ou ler, usando para isso de todo e qualquer meio disponível a ele, como a leitura de resenhas, críticas e resumos disponíveis em publicações e na Web; a leitura do primeiro capítulo ou de trechos da narrativa disponibilizados em sites ou publicações; a leitura superficial do texto em bibliotecas, livrarias ou sebos; e a solicitação ou recepção de informações prestadas por outras pessoas; assim como tem o direito de se recusar a entrar em contato com toda e qualquer informação sobre esse conteúdo, caso julgue conveniente.
9. Todo leitor de romances é livre para comprar o título desejado em qualquer lugar ou por qualquer meio que considere conveniente, sejam eles as bancas de jornais, as calçadas de ruas, os sebos, as livrarias de aeroportos, as livrarias de bairro, as redes de lojas, as livrarias virtuais ou os clubes de leitores ou de livros, sejam quaisquer outros que venha a encontrar na sua função de consumidor.
10. Todo leitor de romances tem o direito de optar pela edição, impressão e editora que melhor convenham a seus desejos, no caso de existirem várias opções de compra de um título.
11. Todo leitor de romances tem o direito de ser bem atendido em qualquer lugar ou meio que utilize para realizar a sua compra ou empréstimo de livro, contando, quando possível, com ajuda especializada para tirar dúvidas e ser orientado na escolha, no sentido de seus melhores interesses.
12. Todo leitor de romances tem o direito de obter de particulares, por empréstimo consentido, quantos títulos ele desejar, desde que respeite a contrapartida da devolução. E tem o direito de exigir ou não a devolução dos títulos emprestados, transcorrido um tempo razoável, de acordo com a sua avaliação pessoal.
13. Todo leitor de romances tem o direito de comprar ou ter acesso a todo e qualquer título por todo e qualquer motivo, incluindo razões estéticas, como a beleza da apresentação; intelectuais, como a qualidade das idéias do autor; emocionais, como a oportunidade de viver aventuras na imaginação; estilísticas, como a apreciação da qualidade da escrita; sociais, como a atualização quanto ao que "todos estão lendo"; afetivas, como o reencontro de um livro que marcou uma fase de sua vida; psicológicas, como a fuga aos problemas pessoais; idiossincrásicas, como o enriquecimento de uma coleção ou a preferência por livros usados; ou outras quaisquer, ou mesmo por nenhum motivo determinado.
14. Todo leitor de romances tem o direito de se negar o acesso a qualquer título, por motivos políticos, religiosos, morais, estéticos ou quaisquer outros que considere justos e razoáveis, negativa essa que pode se expressar pela recusa em comprar um livro, em recebê-lo por empréstimo, ou por qualquer outra atitude exigida pela situação.
. DIREITOS RELATIVOS AO USO
Artigo III
1. Todo leitor de romances tem o direito de manter consigo, por todo e qualquer motivo, incluindo os mencionados no item 13 do Artigo II, os títulos legitimamente adquiridos ou aqueles que tenha ganho de algum modo.
2. Todo leitor de romances tem o direito de travar conhecimento sensorial com o livro, por todo e qualquer meio disponível ou desejado, como a visão (as capas, o formato, o tamanho, o tipo das letras, as imagens, etc.), o tato (a textura da capa e das páginas), o olfato (o cheiro das páginas) e a audição (o som da virada das páginas, do batuque com os dedos, etc.), na ordem e no tempo que considerar convenientes.
3. Todo leitor de romances tem o direito de interagir fisicamente, de todo e qualquer modo que deseje, com um livro ou texto que tenha adquirido ou ganho, exercendo, entre outras, as atividades de sublinhar, escrever, desenhar, riscar, corrigir, carimbar, colar, revisar, emendar, refazer, ou de alguma outra forma acrescentar algo às páginas impressas ou modificar o que nelas foi impresso, durante ou após a leitura, e com o uso de qualquer meio desejado (lápis, lapiseira, caneta, etc.), por qualquer motivo ou mesmo sem nenhum motivo aparente.
4. Todo leitor de romances tem o direito de guardar nas páginas de um livro todo e qualquer material que considere conveniente, e de marcar a página onde parou a leitura com clipe, marcador de papel ou de metal, régua, lápis, pedaço de papel, ou qualquer outro material disponível ou de sua preferência, ou mesmo de dobrar uma parte da página para que cumpra essa função.
5. Todo leitor de romances tem o direito de manipular o livro conforme o seu gosto determine e as circunstâncias o permitam, virando as páginas, abrindo o livro, colocando-o sobre a mesa ou sobre o corpo, escolhendo a sua posição, entre outras possibilidades, do modo que lhe for conveniente.
6. Todo leitor de romances tem o direito de copiar ou imprimir todo e qualquer trecho da narrativa que considerar interessante, eficiente ou bonito, ou de transferi-lo para um programa de edição de textos, ou mesmo de digitá-lo num arquivo desse programa, para realizar análise estilística ou técnica, para modificá-lo com fins de treinamento, para que faça parte de uma coleção de trechos literários preferidos, ou por qualquer outro motivo.
7. Todo leitor de romances tem o direito de ornar um livro de sua propriedade, no todo ou em parte, com uma capa, desenhos, adesivos ou enfeite de outra natureza, assim como tem o direito de protegê-lo do desgaste, cobrindo-o com uma capa, evitando forçar a lombada, recusando-se a emprestá-lo ou adotando qualquer outra providência que considere necessária para esse fim.
8. Todo leitor de romances tem o direito de associar a propriedade de um livro a seu nome, por meio de um carimbo personalizado, da colagem de um adesivo de ex-líbris, da impressão de um brasão, da aposição de uma assinatura pessoal, ou por qualquer outro meio, no lugar e na página onde achar conveniente.
9. Todo leitor de romances tem o direito de utilizar um livro de sua propriedade para outros fins que não o da leitura, incluindo os de servir de apoio a algum objeto doméstico; abanar-se; chamar a atenção de alguém, acenando com o exemplar; matar mosquitos; cobrir o rosto de vergonha, entre outros possíveis.
10. Todo leitor de romances tem o direito de guardar um ou todos os seus livros onde bem entender e do modo que achar melhor, assim como de dá-los ou doá-los a uma pessoa física ou instituição, quando o desejar, ou de emprestá-los para quem quiser, ou de se recusar a emprestá-los, por qualquer motivo, ou mesmo de não divulgar ou reconhecer que possui um ou mais títulos, se considerar que deve fazê-lo.
. DIREITOS RELATIVOS À LEITURA
Artigo IV
1. Todo leitor de romances tem o direito de determinar por si mesmo as condições de leitura, quanto ao ambiente (em casa, num veículo, na Natureza, etc.) e suas circunstâncias específicas (iluminação, temperatura, presença ou não de pessoas, com acompanhamento musical ou não, etc.), quanto ao momento, ao grau de conforto físico, ao tempo dedicado a ela, ao seu compartilhamento com outra atividade (conversando, assistindo à TV, etc.) e a qualquer outro aspecto que considere importante.
2. Todo leitor de romances tem o direito de ler qualquer autor e qualquer gênero ou subgênero dessa categoria literária, por preferência, por curiosidade ou por qualquer outro motivo, sem ser em nenhum momento constrangido ou depreciado na sua qualidade de leitor devido a essa escolha subjetiva, seja ela temporária, seja permanente.
3. Todo leitor de romances tem o direito de conhecer previamente, a seu critério, o conteúdo de um livro adquirido, por meio da leitura das orelhas, dos comentários impressos nas capas, do prefácio e de outras informações colocadas à sua disposição pelo autor e pelos editores, como também de folhear as páginas da narrativa do modo como achar conveniente, sem nenhuma restrição, incluindo a de conhecer o final da história antes do início da leitura. E tem também o direito de se negar o acesso a qualquer uma dessas fontes de informação, caso o prefira.
4. Todo leitor de romances tem o direito de ler uma história por todo e qualquer motivo possível, exclusivo ou não, seja por prazer, por apreço ao gênero literário específico, para passar o tempo, para conhecer o estilo de um autor, para estudar o conteúdo, para cumprir um dever, entre outros, incluindo os especificados no item 13 do Artigo II e qualquer motivo idiossincrásico, como o de ter argumentos para justificar uma opinião previamente formada sobre o autor, seja ela positiva, seja negativa.
5. Todo leitor de romances tem o direito de ler uma história no ritmo, na velocidade e no tempo que considerar apropriados, seja de uma só assentada, seja ao longo de anos, empregando ou não, para realizar essa leitura, alguma técnica aprendida ou criada por ele mesmo.
6. Todo leitor de romances tem o direito de acompanhar uma história usando a mediação pela qual tiver preferência, num determinado momento ou em todos eles, como a exclusividade da visão (leitura dinâmica), a leitura subvocal, a leitura em voz alta, a audição (o audiolivro ou a leitura feita por outra pessoa), o livro eletrônico, a leitura na tela do computador, etc., utilizando-se ou não de recursos auxiliares como os dedos, um objeto (lápis, caneta, pedaço de papel), um visor, etc., para servir de guia à leitura.
7. Todo leitor de romances tem a prerrogativa de exercer todos os direitos possíveis durante a leitura de uma história, como os de seguir ou não as orientações ou sugestões do narrador ou do autor; de empregar qualquer ordem na leitura dos capítulos, dos blocos de parágrafos, das cenas, dos parágrafos e das frases; de deixar de ler passagens que considere supérfluas, mal-escritas, tediosas, violentas ou desaconselháveis por qualquer outra razão, não importa o seu tamanho; de reler trechos por prazer, para reforçar a memória, para entender a trama ou por qualquer outro motivo; e de ler somente as descrições, ou os diálogos, ou as cenas de ação, ou qualquer item da trama que tenha como favorito.
8. Todo leitor de romances tem o direito de esperar, quanto ao trabalho do autor, que toda história traga em si mesma atrativos suficientes para que ele, o leitor, se sinta estimulado a continuar a leitura e para que chegue até o final da narrativa.
9. Todo leitor de romances tem o direito de exigir, do autor da história que está lendo, um tratamento justo como ser humano e como leitor, e de se recusar a cumprir tarefas desgastantes ou exageradas na leitura, interpretação ou compreensão da obra, assim como tem o direito de exigir do autor, no caso de histórias que envolvam enigmas, que não o impeça de descobrir por si mesmo, graças às dicas deixadas no texto, a solução escolhida para a trama, antes que ela seja revelada na narrativa.
10. Todo leitor de romances tem o direito de decidir se será ou não interrompido durante a leitura de uma história, recusando-se ou prontificando-se a atender chamados (campainha, telefone, etc.) de acordo com seu julgamento e sua conveniência, e deixando clara a sua prioridade nesse momento, a toda e qualquer pessoa que lhe solicitar uma atenção indevida.
11. Todo leitor de romances tem o direito de parar a leitura quando bem entender, para um rápido ou longo descanso; para consultar um dicionário, uma obra de referência, um outro romance ou qualquer outra obra ou fonte de que sinta necessidade; ou simplemente porque desistiu temporária ou permanentemente da leitura, por qualquer motivo; assim como tem o direito de continuar a leitura sem entender o significado de um termo, uma expressão, uma afirmação do narrador, uma cena ou qualquer outro item da narrativa.
12. Todo leitor de romances tem o direito de voltar a ler uma história, quando bem entender, por qualquer motivo e por quantas vezes o desejar, depois de ter deixado de lado o livro por qualquer período de tempo, tenha ou não finalizado a leitura, podendo ler ou reler o livro inteiro ou somente uma ou várias partes que lhe interessem.
13. Todo leitor de romances tem o direito de se negar a ler, no todo ou em parte, e apenas num determinado momento ou para sempre, um título comprado, emprestado, presenteado ou obtido por qualquer outro meio, qualquer que tenha sido a sua intenção no instante em que ele chegou às suas mãos, e por qualquer motivo que considere razoável.
. DIREITOS RELATIVOS À AVALIAÇÃO
Artigo V
1. Todo leitor de romances tem o direito de reagir ao conteúdo e à forma do texto de acordo com a sua sensibilidade, suas emoções, seu senso moral, seu nível intelectual, seus padrões estéticos e artísticos, sua intuição e suas preferências quanto a gênero, autor, tema, estilo, ritmo e aos outros itens da narrativa, na proporção e na intensidade que lhe forem próprias ou desejáveis.
2. Todo leitor de romances tem o direito à plena subjetividade na avaliação quanto ao significado da história e de todo e qualquer um de seus itens, extraindo da leitura a interpretação que julgar mais apropriada, quanto a uma parte ou ao todo, seja ela ou não concordante com a do autor ou a de qualquer outro crítico, estudioso ou leitor.
3. Todo leitor de romances tem o direito de avaliar criticamente todo e qualquer item de qualquer história, incluindo os itens materiais do próprio meio, como a capa, a programação visual, o formato, a cor do papel, o tamanho das letras, etc.; os itens relativos à forma do romance, como o estilo, a distribuição dos parágrafos, a divisão do texto, etc.; e os itens relativos ao seu conteúdo, como o tema, o narrador, o ponto de vista, o enredo, os personagens, os diálogos, as descrições, as cenas, etc.
4. Todo leitor de romances tem o direito de utilizar qualquer critério ou padrão de avaliação que considere útil, valioso, caro ou conveniente no momento em que essa avaliação for realizada, mesmo que o critério ou padrão seja exclusivamente subjetivo ou aplicado somente ao livro em questão, ou que imponha à obra e ao autor a exigência de um grau de qualidade técnica, estilística ou artística em relação ao qual ambos não se encontrem à altura.
5. Todo leitor de romances tem o direito à plena subjetividade na avaliação de todo e qualquer item da história, gozando também do direito de sujeitar-se ou não, nessa avaliação, à influência de teóricos, estudiosos, críticos, autores ou outros leitores, assim como à influência de teorias e doutrinas que lhe sejam caras, na medida e na intensidade em que o desejar, mesclando ou não essas influências à sua avaliação autônoma e subjetiva; assim como tem o direito de se abster de qualquer avaliação da obra como um todo e de seus componentes, no momento da leitura ou por quanto tempo achar conveniente.
6. Todo leitor de romances tem o direito de mudar a sua avaliação da narrativa e/ou de qualquer um de seus itens, durante ou após a leitura, quantas vezes o desejar e com a abrangência que considerar apropriada.
7. Todo leitor de romances tem o direito de sentir o "arrependimento de comprador", quando a aquisição de um título não corresponder em parte ou no todo às suas expectativas, por qualquer motivo, ou de sentir o "arrependimento de leitor", quando a leitura de uma história se revelar frustrante, aborrecida, vazia de interesse, ou lhe causar qualquer outra impressão duradoura que justifique aquele sentimento.
. DIREITOS RELATIVOS ÀS PREFERÊNCIAS
Artigo VI
1. Todo leitor de romances tem o direito de ter preferências pessoais quanto a todo e qualquer conjunto de opções relativas ao romance, incluindo os meios ou suportes de leitura, os lugares ou modos de compra de livros, os gêneros e subgêneros, os autores, as obras, os itens da narrativa, etc., sejam essas preferências únicas, múltiplas, variáveis, aparentemente contraditórias ou não, ou tenham qualquer outra natureza, sem que seja necessário, a esse leitor, fundamentar, explicar ou justificar suas escolhas.
2. Todo leitor de romances tem o direito de definir de maneira subjetiva, caso o deseje e com base em qualquer critério que considere apropriado, o conteúdo e os limites da categoria literária intitulada "romance" e de qualquer um de seus gêneros ou subgêneros, ou de aceitar as definições e limites estabelecidos pela crítica, pelo senso comum, por um ou vários estudiosos ou autoridades literárias, ou por outros leitores, assim como tem o direito de recusar-se a impor fronteiras ou mesmo a ter uma definição, subjetiva ou não, dessa categoria literária.
3. Todo leitor de romances tem o direito de gostar ou não gostar de todo e qualquer gênero romanesco, ou de ter uma ou várias preferências quanto a gêneros, segundo seus critérios pessoais, por qualquer motivo e com a intensidade que lhe for conveniente, seja temporária ou permanentemente, assim como tem o direito de estabelecer sua própria classificação hierárquica de gêneros e subgêneros literários, por qualquer critério que considere aceitável. Nenhum cidadão, em nenhum momento ou situação, será constrangido ou depreciado na sua qualidade de leitor devido a qualquer escolha subjetiva referente a gêneros ou categorias literárias, quaisquer que sejam os rótulos ("clássicos", "subliteratura", "obras de vanguarda", "literatura experimental", "textos herméticos", etc.) ou meios disponíveis para criar-lhe esse constrangimento.
4. Todo leitor de romances tem o direito de gostar ou não gostar de todo e qualquer autor de romances, ou de ter uma ou várias preferências quanto a eles, segundo seus critérios pessoais, por qualquer motivo e com a intensidade que lhe for conveniente, seja temporária ou permanentemente, assim como tem o direito de estabelecer sua própria classificação hierárquica de romancistas, por qualquer critério que considere aceitável. Nenhum cidadão, em nenhum momento ou situação, será constrangido ou depreciado na sua qualidade de leitor devido a qualquer escolha subjetiva referente a autores, quaisquer que sejam os rótulos ("popularesco", "clássico", "imortal", "apelativo", "essencial", etc. ) ou meios disponíveis para criar-lhe esse constrangimento.
5. Todo leitor de romances tem o direito de gostar ou não gostar de todo e qualquer romance, ou de ter uma ou várias preferências quanto a eles, segundo seus critérios pessoais, por qualquer motivo e com a intensidade que lhe for conveniente, seja temporária ou permanentemente, assim como tem o direito de estabelecer sua própria classificação hierárquica de obras romanescas, por qualquer critério que considere aceitável. Nenhum cidadão, em nenhum momento ou situação, será constrangido ou depreciado na sua qualidade de leitor devido a qualquer escolha subjetiva referente a títulos de romances, quaisquer que sejam os rótulos ("leitura obrigatória", "clássico", "imperdível", "lixo literário", etc. ) ou meios disponíveis para criar-lhe esse constrangimento.
6. Todo leitor de romances tem o direito de gostar ou não gostar de todo e qualquer item da narrativa (tema, narrador, ponto de vista, personagens, ambientes, enredo, diálogos, descrições, ações, pensamentos, etc.), ou de ter uma ou várias preferências quanto a eles, segundo seus critérios pessoais, por qualquer motivo e com a intensidade que lhe for conveniente, seja temporária ou permanentemente, assim como tem o direito de estabelecer sua própria classificação hierárquica de elementos narrativos, por qualquer critério que considere aceitável. Nenhum cidadão, em nenhum momento ou situação, será constrangido ou depreciado na sua qualidade de leitor devido a qualquer escolha subjetiva referente aos itens da narrativa, quaisquer que sejam os rótulos ou meios disponíveis para criar-lhe esse constrangimento.
7. Todo leitor de romances tem o direito de gostar ou não gostar de qualquer escolha autoral relativa a todo e qualquer item da narrativa (exemplos: tema político, sexual, histórico; narrador onisciente; foco narrativo em primeira pessoa; enredo linear; metalinguagem, etc.), ou de ter uma ou várias preferências quanto a elas, segundo seus critérios pessoais, por qualquer motivo e com a intensidade que lhe for conveniente, seja temporária ou permanentemente, assim como tem o direito de estabelecer sua própria classificação hierárquica de escolhas de itens narrativos, por qualquer critério que considere aceitável. Nenhum cidadão, em nenhum momento ou situação, será constrangido ou depreciado na sua qualidade de leitor devido a qualquer preferência subjetiva referente a essas escolhas, quaisquer que sejam os rótulos ou meios disponíveis para criar-lhe esse constrangimento.
. DIREITOS RELATIVOS À EXPRESSÃO
Artigo VII
1. Todo leitor de romances tem o direito de expressar ou não os seus hábitos e processos de leitura, suas avaliações sobre a categoria literária do romance, e suas vivências, critérios, preferências, escolhas, interpretações e avaliações a respeito de qualquer um ou todos os seus gêneros e subgêneros, de qualquer um ou todos os romancistas, de qualquer um ou todos os romances, de qualquer um ou todos os itens da narrativa, e de qualquer uma ou todas as opções técnicas desses itens da narrativa, no momento e com a intensidade e a plenitude que lhe forem convenientes, fundamentando ou não essas comunicações, de acordo com sua vontade, e utilizando-se de todo e qualquer meio de divulgação que considerar viável, útil ou necessário. Nenhum leitor, em nenhum momento ou situação, será constrangido ou depreciado na sua qualidade de cidadão ou leitor devido ao exercício desse direito de exprimir ou guardar para si os conteúdos especificados neste parágrafo.
2. Todo leitor de romances tem o direito de exercer, ao grau desejado, a sua subjetividade na expressão dos conteúdos especificados no item anterior, estando desobrigado, caso assim o deseje, de seguir os padrões de expressão próprios dos profissionais da crítica jornalística ou da crítica literária acadêmica. Nenhum leitor, em nenhum momento ou situação, será constrangido ou depreciado na sua qualidade de cidadão ou leitor devido ao exercício do direito de subjetividade na expressão daqueles conteúdos.

terça-feira, agosto 10, 2004

Mais um?

Lamento ter lido em algum lugar,
que alguns querem criar um aeroporto em Nova Lima...
Nova Lima...
Será que um dia vais querer ser sede do Governo?
Ser Capital?
Pois seja.
Belo Horizonte não foi criada,
para ser sonho...
Belo Horizonte, foi criada.
Planos.
Areia.
Cimento.
Água da boa,
ar do melhor.
Gente especial,
faceira e séria,
mais faceira,
mas muito séria...
Não se perde tempo aqui.
Aqui, é agora!!!
Prá quê mais um aeroporto,
e dizer quê é para cargas...?
Faça-me o favor...
Confins apenas,
precisa ser usado.
Mas nós não exportamos ferro de avião,
"modusquê"... faça-me o favor!!!
Tem gente pedindo para os honestos
darem lugar às negociatas...
Acorda, BH!
Que "a corda", real,
que lhe tira do poço,
não se deve procurar
onde a podridão a corrói...

Xenofobismo

BraSil. COM ÉSSE.

Esse texto
não é prá "ïnglês ver"
É prá você,
"pacato cidadão",
ou saltitante cavalheiro ao lado no bonde,
que subia bahia e descia floresta...[1]
Brasil, é com ésse.
Aquela letra que
parece uma cobrinha,
uma jibóia
(ou gibóia?!)
Tudo bem.
Confundir jibóia
com "anaconda", pode.
Mas Brasil com Brazil,
não pode não.
Nem jornalista nortemaericano,
nem brasileiro do "'ésse"!!!

Dêendi...


[1] - sabia que BH é a cidade que mais bondes
pagam ou sonegam, IPVA, no Brasil?
Os bondes do metrô, ou os metrô-bondes,
creiam-me, ou pesquisem no site do Detran:
- BH não tem metrô...
Tem os bondes,
quê,
se alguém perguntar,
a gente pode apresentar assim:
- Temos o Bond...
Metrô-Bonde!

terça-feira, agosto 03, 2004

Voto sob protesto...

Ano de eleição é terrível: a gente, por estar na Capital, escuta, vê, vive... cada coisa!!!
Não bastassem os "políticos", de carreira e ocasião, nos advêem os "novos-cristos", todos cheios da maior boa-vontade, "doada" a custa de salário pago pelo povo, de poder emanado do "povo"....
Quê "povo"?
Quero ver ser vereador em cidade do interior...
Há um projeto de um novo centro administrativo, no atual aeroporto do Carlos Prates.
Tenho enorme respeito ao arquiteto Oscar Niemayer, autor do projeto arquitetônico.
Especial admiração ao jovem governador de Minas, e possível futuro presidente do Brasil, Aécio Neves.
Mas se se procurasse uma solução para a admistração executiva do Estado de Minas Gerais... desculpem-me: sou retrógado.
Diria que Ouro Preto deveria voltar a ser Capital de Minas.
Ouro Preto é o coração de Minas Gerais.
Ali nasceu o Estado de Minas Gerais
(temo que isso pareça um "manifesto inconfidente reacionário", mas cá prá nós: morar em BH, ser político, e querer dizer que é daqui... haja!!!),
em resposta aos Bandeirantes paulistas que exploravam as terras e riquezas.
Calma lá... Dai, seguiram-se decretos, divisões, guerras, e tem Minas hoje essa cara cheia, com perfil e consistência, seu lugar.
O lugar do coração da gente que é mineira, e nem precisa ter nascido em Minas.
Capital, deveria ser Ouro Preto.
Mais um lugar daqueles em que a gente vai,
para ver o Patrimônio da Humanidade - por uma estrada descuidada -
para comemorar o 12, para inglês ver...
Ah, política... faça-me o favor!!!

sexta-feira, julho 30, 2004

Volta às aulas... mas com bom humor!!!

Me chega isso pela rede:

"Chegou a época dos exames finais e a professora de uma escola primária mandou que os seus brilhantes alunos escrevessem uma redação, onde fossem tratados os seguintes temas:
1º. Política
2º. Sexo
3º. Religião
4º. Mistério.
Quem terminasse estaria dispensado e poderia voltar para casa.
Passam doze míseros segundos, Joãozinho levanta a mão e diz que terminou.
A professora sem acreditar pede que leia a sua redação.
Ele se levanta, pega a folha de papel, coça a garganta e diz:

MANDARAM O PRESIDENTE
TOMAR NO CU.
MEU DEUS!
QUEM TERÁ SIDO?"

terça-feira, julho 27, 2004

In Memoriam

uma coisa que eu reconheço,
e no fundo, no fundo,
admiro em mim,
é o meu egoísmo.
É a minha presença,
tão grande onde eu estiver,
que não me assustam templos, salas, salões, qüartos...
Nada,
nem ninguém,
tem conseguido
destruir
as minhas convicções para a vida.
Eu me dou à vida,
como amante insano
que sabe que morrerá
pelo amor da amante,
a minha,
a vida.
Vejo-me em güetos,
ensangüentado,
esfaqueado até a morte,
por ela, a vida.
Tossindo em camas de hospitais,
chapado em muros de concreto,
horrorizado com a batida,
surpreso com a minha ignorância...
Vejo-me sofrendo dela,
a vida.
Pelas dúvidas, tipo:
será que amanhã vou acordar,
será que ela vai me amar ainda,
será que eu terei chances de dizer o qüanto a amo?
será quê, vida, sou egoísta por quê tudo que amo em mim
parece tão simples, assim, ser tudo você??????????????

segunda-feira, julho 26, 2004

Em resposta a Jabor...

 Dar não é fazer amor ( Luis Fernando Verissimo )

 Dar não é fazer amor. Dar é dar.
 Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
 Mas dar é bom pra cacete.
 Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
 Te chama de nomes que eu não escreveria...
 Não te vira com delicadeza...
 Não sente vergonha de ritmos animais.
 Dar é bom.
 Melhor do que dar, só dar por dar.
 Dar sem querer casar....
 Sem querer apresentar pra mãe...
 Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
 Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
 Te amolece o gingado...
 Te molha o instinto.
 Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
 Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de
 amanhã.
 Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
 Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar
 ouvir futuro.
 Dar é bom, na hora.
 Durante um mês.
 Para os mais desavisados, talvez anos.
 Mas dar é dar demais e ficar vazio.
 Dar é não ganhar.
 É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
 É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te
 abduzir.
 É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o
 primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha Mô?".
 É não ter companhia garantida para viajar.
 É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
 Dar é não querer dormir encaixadinho...
 É não ter alguém para ouvir seus dengos...
 Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
 Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
 Esse sim é o maior tesão.
 Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você
 flutuar
 Experimente ser amado...

domingo, julho 25, 2004

O tal Hino

O tal hino do Zagallo é o tema da vitória, Ayrton's Times, mixado com o hino nacional.
Me dá meu lenço de papel...

Os que se vão depressa...

"Os que se vão, vão depressa,
Ontem, ainda, sorria na espreguiçadeira.
Ontem dizia adeus, ainda da janela.
Ontem vestia, ainda, o vestido tão leve cor-de-rosa.
Os que se vão, vão depressa.
Seus olhos grandes e pretos, há pouco, brilhavam.
Sua voz doce e firme faz pouco ainda falava.
Suas mãos morenas tinham gestos de bênçãos.
No entanto hoje, na festa, ela não estava.
Nem um vestígio dela, sequer.
Decerto sua lembrança nem chegou, como os convidados,
Alguns, quase todos, indiferentes e desconhecidos.
Os que se vão, vão depressa
Mais depressa que os pássaros que passam no céu,
Mais depressa que o próprio tempo,
Mais depressa que a bondade dos homens,
Mais depressa que os trens correndo, nas noites escuras,
Mais depressa que a estrela fugitiva que mal faz traço no céu.
Os que se vão, vão depressa.
Só no coração do poeta, que é diferente dos outros corações,
Só no coração sempre ferido do poeta
É que não vão depressa os que se vão.
Ontem ainda sorria na espreguiçadeira,
E seu coração era grande e infeliz.
Hoje, na festa ela não estava, nem sua lembrança.
Vão depressa, tão depressa os que se vão ..."

Augusto Frederico Schmidt


Mário Lobo Zagallo

Zagallo é aficcionado pelo 13.
Achei a coisa mais linda, desculpem a minha sessão Pollyanna, sua fala:
_ Vai ter que ter hino...!!! Brasil Campeão tem 13 letras. Argentina Vice também tem 13 letras!!! Posso morrer agora, pôrra!!!
Certos momentos, merecem uma viagem...
Brasil 2 x 2 Argentina, 4x1 nos pênaltis, Copa América de 2004, no Peru.

Um brasileiro campeão.

segunda-feira, julho 05, 2004

Felinicas

''Entrou um gato''

O policial do 190 atendeu o telefone e foi anotando o pedido de socorro:

- POR FAVOR, MANDEM ALGUÉM URGENTE, ENTROU UM GATO AQUI EM CASA!!!!...

-Mas como assim, um gato em casa???...

-UM GATO!!! ELE INVADIU A MINHA CASA E ESTÁ CAMINHANDO NA MINHA DIREÇÃO!!!

-Mas como assim? Você quer dizer um ladrão, um gatuno?!!!

-ESTOU FALANDO DE UM GATO MESMO, DESSES QUE FAZEM MIAU, CARALHO!!!!

-Mas o que tem de mais um gato ir na sua direção?

-ELE VAI ME MATAR, PUTA QUE PARIU!!! E VOCES SERÃO OS CULPADOS!!!

- Alô ...????

- ...(ruidos do outro lado da linha... Palavrões...)

-Quem está falando!!!????

- ...

- ...

-É O PAPAGAIO, PÔRRA!!!!

terça-feira, junho 29, 2004

Anonimato

Anônimo.
Assim invado templos,
assim atravesso os tempos,
assim recolho meus pedaços.

Sou tantos, e nada.
Sou tudo, e fim.
Qüando me vejo no espelho,
finjo que não sou eu,
talvez nem me conheça mais...

E para dizer o que sei,
para sentir o que sinto,
para sofrer o que dói,
eu sou assim, só,
anônimo...

(p.s.: isso é para o anônimo, esse(a) herói(ina), cuja estátua, incólume no éter das ondas de rádiofreqüência - tão arcaicas, mas as mesmas ondas internéticas -, serve de pouso às aves de novos tempos, enqüanto que se lê, em bronze e relevo de letras de imprensa, essa homenagem ao "Soldado Anônimo" do exército que patrulha as mentes e bobagens cibernéticas, tementes do gás letal do beduíno fanfarrão, ou, ainda bem, em busca de uma alma gêmea perdida, se já havida...
***
Isso é para ninguém, já que "ávida, segue a vida...")

Serviço de Utilidade Pública II (deve ter havido um "I": não beba!...)

Entenda a ressaca


Amigos Pés-de-Cana,

Vejam o que acontece com voces !!!! hehehehe

1 - O que acontece com o corpo?

Conhece a história do "bateu, levou"? Ressaca é isso. Uma resposta do
organismo a uma agressão que sofreu. Funciona assim: o corpo gasta
glicose para metabolizar o álcool. Glicose é açúcar, açúcar é energia.
Resultado:
A gente fica fraco e sonolento. O excesso de álcool também inflama o
aparelho digestivo, faz a cabeça doer, provoca náuseas, vômitos e aumenta a
sensibilidade à luz. Enfim, ressaca só não dá pereba.

2 - Por que a dor de cabeça é insuportável?

O álcool desidrata o corpo, do dedão do pé ao cérebro. Da seguinte
maneira:
o etanol inibe a produção do hormônio antidiurético, e sem ele a gente
faz muito mais xixi. Engoliu cuspe, pronto: é hora de ir ao banheiro.
Portanto, a cabeça dói porque os neurônios sentem sede, literalmente.

3 - Isso mata ou só é chato pra burro?

A menos que você queira se jogar do 76º andar, ressaca não mata. Todos
os sintomas desaparecem em 24 horas. Mas alto lá: se você ficar de ressaca todo
dia, também pode acabar com gastrite, pancreatite, cirrose. Aí, sim, não vai
durar muito.

4 - Por que a ressaca só aparece no dia seguinte?

Porque é durante o sono que o corpo do bebum trabalha para absorver todo
aquele álcool que ele botou para dentro. De manhã, com o serviço feito,
é hora de disparar os sintomas desagradáveis.

5 - Qual a diferença entre ressaca e coma alcoólico?

A quantidade de etanol que o camarada bebeu. Até determinado ponto, ele
vai sentir dor de cabeça, vomitar, se arrepender e depois fica tudo bem.
Além desse ponto, a taxa de açúcar no sangue cai! drasticamente; o coração
pode parar de bater devido à inibição que o álcool produz nos centros
nervosos do cérebro responsáveis pelos batimentos; o camarada perde a consciência.
Resumindo, é encrenca da grossa.

Antes da farra - A preparação

6 - Beber de barriga vazia é pior?

Muito pior. Ter comida na pança significa que o etanol não estará
sozinho na corrida da digestão. O organismo vai dividir as energias entre as duas
tarefas, e isso tornará mais lenta a entrada do álcool na corrente sanguínea.

7 - Mas comer o que? Chuchu, rabada, macarrão?

De preferência, alimentos ricos em sal e gordura. Castanha, amendoim,queijo
e, para extrapolar, salaminho. "O sal e a gordura estimulam a secreção
de substâncias estomacais que protegem o estômago do álcool", avisa a
nutricionista Cynthia Antonaccio.

8 - Tomar uma colher de azeite antes de enfiar o pé na jaca ajuda?

Azeite tamb ém é gordura, portanto ajuda. Então pegue a sua colher de
azeite, despeje-a num prato, adicione sal e mergulhe pedaços de pão na
mistura. Isso mesmo, igualzinho ao que você faz com o couvert do restaurante.

9 - A propaganda diz para tomar um Engov antes e outro depois. Não pode
ser dois depois?

Até pode. Um ou dois antes é que não adianta nada. Ainda não inventaram
remédio que previne contra a ressaca. Tudo o que existe apenas dribla os
sintomas. O Engov tem hidróxido de alumínio, que alivia os males digestivos;
tem AAS, que é um analgésico; e tem cafeína, que contrai os vasos sanguíneos
dilatados pelo álcool e, assim, diminui o mal-estar.

10 - Me disseram que a ressaca de vinho é a pior de todas. Confere?

Não. As bebidas com teor alcoólico mais alto - destilados (uísque, vodca, pinga) - é que provocam maior estrago. Elas são absorvidas mais rapidamente pelo corpo. Por dedução lógica, os fe rmentados (vinho, cerveja)fazem menos mal, certo?
Cuidado: tudo gira em torno da quantidade.

Durante o porre - Controlando os riscos

11 - Então, o que eu faço para acordar legal amanhã?

O truque é simples e eficiente: intercale um copo d'água entre dois de
birita. A água é o verdadeiro santo remédio anti-ressaca. Ela reidrata,
dilui o álcool e facilita o trabalho dos rins e do fígado. Sem dizer que
também empanturra. Numa pança cheia d'água cabe menos pinga. Trocar a
água por suco ou refrigerante também pode. Essas bebidas são ricas em
carboidratos, que viram energia e ajudam a metabolizar o álcool.

12 - O camarada que fuma enquanto enche o caneco vai ter uma ressaca
mais branda?

Pelo contrário, álcool e fumo formam uma dobradinha mais perigosa do que
Caniggia e Maradona na Copa de 90. Quanto mais nicotina, menos oxigênio
no sangue e mais rápido se dá o processo de intoxicação.

O dia seguinte - planos de contingência

13 - Danou-se. Acordei de ressaca. Por que o gosto de cabo de guarda-chuva na boca?

Por causa da desidratação. A boca fica seca e o paladar capta o sabor ácido
das substâncias que o estômago despeja para processar o álcool.

14 - O que é melhor comer nessa hora?

Alimentos de fácil digestão para não estressar ainda mais o organismo, já detonado pelo esforço de processar o álcool. Os campeões: frutas, para reidratar e repor as vitaminas, e pão, batata e massas, para obter glicose rapidamente e fornecer energia ao corpo.

15 - Correr para a academia e malhar feito um louco ajuda?

Falou, Superman. O pobre-diabo do manguaceiro não tem forças nem para ir ao
banheiro, quem dera para correr na esteira. E, para fazer exercício, o corpo
precisa de glicose - a mesma que está sendo usada na recuperação pós-pé-na-jaca.
Vai querer dividir?

16 - Já sei, vou continuar bebendo?

Esse é o truque do alcoólatra. Ele "rebate" a ressaca com outro porre.
Funcionar funciona, porque se popô de bêbado não tem dono, até parece
que ele vai perceber que está de ressaca. Se essa é a sua saída, procure os Alcoólicos Anônimos.

17- O que eu faço pro meu quarto parar de rodar?

Repouso. Mantenha a luz apagada, cortinas fechadas e fique deitado. A
ressaca aumenta a sensibilidade à luz. Aproveite o momento introspectivo
para fazer a mais clássica das promessas: "Nunca mais vou botar uma gota
de álcool na boca".
Ressaca tem que terminar com uma baboseira dessas.

SEJA UM BÊBADO...............MAS SEJA UM BÊBADO CULTO!

(Lamento ter que divulgar tal tipo de coisa, ainda mais abrindo uma latinha de cerveja...)

sábado, junho 26, 2004

Por quê...

De quem é o barroco?

Um artigo do economista Cláudio de Moura Castro, na seção Ponto de Vista da revista Veja de 11 de Fevereiro de 2004 (pág.20), relata a "descoberta" por paulistas e cariocas, segundo ele, do tesouro barroco das obras sacras do período colonial. Cita inclusive o fato quê, recentemente, uma cômoda antiga, dessas de sacristias, foi trocada por um apartamento de 4 quartos. Relata ele que muitas obras foram comercializadas por padres, sacristãos e zeladores, tendo "escapado" do destino ingrato de servirem, essas obras barrocas, até de lenha, também segundo ele, fato comum há alguns anos. Cita ainda o fato de uma pessoa ter reconhecido, num leilão, que 3 anjos barrocos teriam pertencido, e sido furtados, a uma igreja de Santa Luzia, MG. Termina o artigo protestando que "seria lastimável o alastramento de um populismo mesquinho que quer transformar os descobridores do barroco em gatunos", citando antes que "se não fossem a cultura e visão de alguns paulistas e cariocas, e se não fossem as vendas dos padres, zeladores e sacristãos, esse patrimônio teria ardido em fogões ou alimentado cupins."
Estamos, ai, diante de uma questão que, me perdoe o articulista de Veja, é bem antiga. Na década de 60, em meus idos de primário, já aprendia na escola sobre o tesouro barroco das igrejas de Minas. Há mais de 30 anos, então, se sabia que tal patrimônio pertencia à história do Brasil, e, ou deveria estar onde devia, nas igrejas, ou em museus, e ser admirado e estudado por todos. Lembro-me inclusive de que me incomodava esse nome, "barroco", por lembrar barro, e conseqüentemente, coisas da terra.
Enfim, o artigo parece tender a justificar o que padres e sacristãos, mesmo tendo vendido as obras sacras para arrecadar fundos para construir novas igrejas ou obras (sociais ou particulares...), estavam certos, e são, enfim, protetores do patrimônio histórico nacional. Ainda não me convenci disso.
Caso raro é o de uma colecionadora de Minas, que fez um museu de oratórios, e os doou ao Estado de Minas Gerais. Aliás, acho que não é só um caso raro, mas único. E Frei Betto, em um texto dissecador sobre a atitude dessa colecionadora, escreveu: "Lástima que tais exemplos sejam raros. Mas suficientes para provar que nem toda pessoa rica vive centrada no próprio umbigo, refém da indigência poética de quem se delicia com a pobre rima entre contabilidade e felicidade."

24/2/2004

sexta-feira, junho 18, 2004

Agora...

Enfim, algo de novo nesse governo...
Algo para se aprender e depreender:
- O senado vota R$275 para o SM. A MP volta para a Câmara. Se confirma 275, Lula pode vetar. E ai o SM volta a R$240.
A Câmara tem a responsabilidade de definir se rejeita o veto e determina 275. O governo deixa. Se não tiver meios de pagar, vai ser julgado, o governo. Pelo judiciário. Que se disser que o governo tem como pagar, transfere a responsabilidade legal pelo custo do SM ao poder legislativo, já que o governo, se não puder pagar, vai alegar falência. Aplique-se ao governo as mesmas regras das empresas: se precisa de uma moratória para expurgar os títulos podres, assuma. Rompa com o FMI e determine que todos os créditos estão para ser revistos. Vamos parar de botar zeros em nossas dívidas. Um trilhão de dívida pública... beneficiando qüantos? Falemos do povo brasileiro. Do Zé, do Mané, do Bené, do Creysson... Negociemos. Digamos ao mundo que somos um país que quer romper o moto-contínuo do descaso social. E proponho que não se pague aposentadoria a quem tiver, em declaração de bens, recursos para se manter, além e exclusivamente dos recursos que necessite o segurado em atendimento médico. Como um grande plano de saúde social. Tudo medido pelas mesmas estatísticas que usam os planos de saúde cooperados, tudo orçado pelas estatísticas. Concedam descontos aos filhos que pensionarem os pais, em 100% dos valores pensionados, desde que os pais ou ascendentes declarem esses recebimentos em declaração firmada perante autoridade policial ou tabelião.
Pronto. Falei!

quinta-feira, junho 17, 2004

E agora?

E AGORA LUÍS???


Tua fome acabou...
Tua vida mudou...
Tua luz se acendeu...
O povo clamou...
O dia chegou...
O povo votou..
Teu olhar se perdeu.
E agora Luís?


E agora Luís?
Já tens a nação...
Teu discurso venceu...
Já podes beber,
Já podes comprar.
Já podes fumar...
Já podes amar...
Vestir tu já podes...
E agora Luís?


E agora você...
Você, que é José.
você que apoiou...
Você que tem garra...
Que tem esperança....
Que vaga no mundo...
Que olha pro mundo...
Que ama, se engana...
que vibra, protesta,
Você, e agora?


A noite clareou...
O dia enfim veio...
O povo surgiu...
O povo vibrou...
e acompanhou..
Surgiu a utopia...
Nem tudo nasceu...
Nem tudo chegou...
Nem tudo mudou.
Você, e agora?
E agora Luís?


Não és um José?
Tua dura palavra...
Teu instante de febre...
Tua fome e trabalho...
Tua falta de livros....
Tua força e vontade...
Tua luta, tua causa...
E agora, Luís?
E agora Luís?


Teu discurso mudou!
O teu terno importado.
tuas constates viagens...
Tua incoerência...
Tua doce revolta,
De teu peito mudado,
Luís, e agora?



Com o país na mão
Quer abrir as portas
para o mundo pobre.
Mas há poucas portas
para serem abertas


Quer matar a fome
Deste povo pobre
Mas há muita fome
para ser sanada.


Quer dar alimento,
Quer criar emprego
mas há pouco alento
para este Estado.


Quer fazer justiça,
Mas não há justiça
nem nesta cidade.


Se você pudesse.
Se você sentisse,
Se você gemesse,
Se você lembrasse


Se você soubesse, Luís
Mas você não lembra, Luís.
Você é de carne,
E o poder encanta.


Neste mundo de plástico
Onde quase tudo se rasga,
Você se rasgou?
Você não se esqueceu?
Ataram suas mãos?
O povo se perdeu?
Então... e agora?
Sentado no trono
Qual bicho sem dono.

Não podes tremer
Não podes chorar
Não podes vencer
Mal podes lembrar...
Luís, e agora?

O tempo passou.
O Luís se elegeu.
O homem mudou.
O mundo mudou.
e tudo mudou.

O mundo cresceu,
O desemprego cresceu.
A fome cresceu
e tudo cresceu

O povo aumentou,
A desilusão aumentou.
A vida não pára
O povo caminha, Luís
Mas Luís, para onde?"


Paródia Baseada em poema de Carlos Drummond de Andrade.
Por Robério César Camilo dos Santos.
4º Ano Direito UFAL.

terça-feira, junho 15, 2004

Fundação Cidade de Belo Horizonte

Proponho, em termos claros e limpos, o segte:
- Criarmos a FCBH, que solicitará à PBH a doação de faixas de terreno sobre morros de "favelas", para implantação de linhas de planos elevados eletro-mecânicos, a serem desenvolvidos por técnicos voluntários e da CVRD, que financiaria a execução das obras, aprovadas pelo Conselho da FCBH. Os pagamentos do financiamento, com carência a ser discutida, serão parte da arrecadação da cobrança de não mais que R$0,05 centavos para o uso, que será arrecadado para a manutençao do sistema (100%), pagamento de pessoal (100%) segurança (100%), etc... Depois da cobertura do básico, pelo menos 30% de lucro anual, dos quais 30% serão destinados às fundações e obras sociais, 30% às Polícias, para dotá-las de equipamentos de segurança e proteção adeqüados, 30% aos hospitais-escolas e 10% para custear viagens de Conselheiros e Palestrantes para eventos locais, nacionais ou internacionais, bem como patrocínio a obras e artistas locais, nacionais ou internacionais, dotados de requisitos máximos de segurança, identificação e proteção.
Pronto. Falei!

CJSF
15jun2004

Sem título

Sempre quis saber pq um artista diz que uma obra não tem título... Um amigo um dia escreveu na porra da frente da tela "jardins para Tars(c)ila, e me atrapalhou como escrever o nome da Tarsila do Amaral. Quê, cujo Amaral nem sei quem é, diga-se de passagem. Mas gosto tanto da obra da Tarcila(!) como da obra desse amigo. E dai não preciso colecionar as obras dos artistas que eu gosto. A coleção a gente faz para incentivar os artistas a exibirem suas obras. Uns, são famosos já. Outros, com certeza, serão amanhã. E é melhor mostrar o registro e a história, enfim, do que nos torna próximos da compreensão da obra do artista.

segunda-feira, junho 14, 2004

A vida imita a arte...

CRÔNICA DA LOUCURA
Luis Fernando Veríssimo

O melhor da Terapia é ficar observando os meus colegas
loucos.

Existem dois tipos de loucos. O louco propriamente dito
e o que cuida do
louco:o analista, o terapeuta, o psicólogo e o
psiquiatra. Sim, somente um
louco pode se dispor a ouvir a loucura de seis ou sete
outros loucos todos
os dias, meses, anos. Se não era louco, ficou.

Durante quarenta anos, passei longe deles. Pronto,
acabei diante de um
louco, contando as minhas loucuras acumuladas.
Confesso, como louco
confesso, que estou adorando estar louco semanal.

O melhor da terapia é chegar antes, alguns minutos e
ficar observando os
meus colegas loucos na sala de espera. Onde faço a
minha terapia é uma casa
grande com oito loucos analistas. Portanto, a sala de
espera sempre tem três
ou quatro ali, ansiosos, pensando na loucura que vão
dizer dali a pouco.

Ninguém olha para ninguém. O silencio é uma loucura. E
eu, como escritor,
adoro observar pessoas, imaginar os nomes, a profissão,
quantos filhos têm,
se são rotarianos ou leoninos, corintianos ou
palmeirenses.

Acho que todo escritor gosta desse brinquedo, no
mínimo, criativo.

E a sala de espera de um "consultório médico", como diz
a atendente
absolutamente normal (apenas uma pessoa normal lê tanto
Paulo Coelho como
ela), é um prato cheio para um louco escritor como eu.
Senão, vejamos:

Na última quarta-feira, estávamos: (1)eu, (2)um
crioulinho muito bem
vestido, (3) um senhor de uns cinqüenta anos e (4)uma
velha gorda.

Comecei, é claro, imediatamente a imaginar qual seria o
problema de cada um
deles.Não foi difícil, porque eu já partia do principio
que todos eram
loucos, como eu. Senão, não estariam ali, tão
cabisbaixos e ensimesmados.

(2) O pretinho, por exemplo. Claro que a cor, num país
racista como o nosso,
deve ter contribuído muito para leva-lo até aquela
poltrona de vime. Deve
gostar de uma branca, e os pais dela não aprovam o
conseguiu entrar como
sócio do "Harmonia do Samba"? Notei que o tênis estava
um pouco velho.

Problema de ascensão social, com certeza. O olhar dele
era triste, cansado.

Comecei a ficar com pena dele. Depois notei que ele
trazia uma mala. Podia
ser o corpo da namorada esquartejada lá dentro. Talvez
apenas a cabeça.
Devia ser um assassino, ou suicida, no mínimo. Podia
ter também uma arma lá
dentro. Podia ser perigoso.

Afastei-me um pouco dele no sofá. Ele dava olhadas
furtivas para dentro da
mala assassina.

(3) E o senhor de terno preto, gravata, meias e sapatos
também pretos?
Como ele estava sofrendo, coitado. Ele disfarçava, mas
notei que tinha um
pequeno tique no olho esquerdo. Corno, na certa. E
manso. Corno manso sempre
tem tiques. Já notaram? Observo as mãos. Roía as unhas.

Insegurança total, medo de viver. Filho drogado? Bem
provável.

Como era infeliz esse meu personagem. Uma hora tirou o
lenço e eu já estava
esperando as lágrimas quando ele assoou o nariz
violentamente, interrompendo
o Paulo Coelho da outra.

Faltava um botão na camisa. Claro, abandonado pela
esposa. Devia morar num
flat, pagar caro, devia ter dívidas astronômicas.
Homossexual?

Acho que não. Ninguém beijaria um homem com um bigode
daqueles. Tingido.

(4) Mas a melhor, a mais doida, era a louca gorda e
baixinha. Que bunda
imensa. Como sofria, meu Deus. Bastava olhar no rosto
dela. Não devia fazer
amor há mais de trinta anos. Será que se masturbaria?
Será que era esse o
problema dela? Uma velha masturbadora? Não! Tirou um
terço da bolsa e
começou a rezar. Meu Deus, o caso é mais grave do que
eu pensava. Estava no
quinto cigarro em dez minutos. Tensa.

Coitada. O que deve ser dos filhos dela? Acho que os
filhos não comem a
macarronada dela há dezenas e dezenas de domingos.
Tinha cara também de quem
mentia para o analista. Minha mãe rezaria uma Salve-
Rainha por ela, se a
conhecesse.

Acabou o meu tempo. Tenho que ir conversar com o meu
psicanalista.

Conto para ele a minha "viagem" na sala de espera.

Ele ri, ri muito, o meu psicanalista e diz:

"(2) O Ditinho é o nosso office-boy.

(3) O de terno preto é representante de um laboratório
multinacional de
remédios lá no Ipiranga e passa aqui uma vez por mês
com as novidades.

(4) E a gordinha é a Dona Dirce, a minha mãe.

E (1) você, não vai ter alta tão cedo...Fernando Veríssimo


quarta-feira, junho 09, 2004

Fisio-TERAPIA

Hoje vou levar esse post para a fisioterapia.
A terapia do corpo.
Para tratar algo que está errado, um acidente ou uma doença.
Mas porquê
hospitais e centros de tratamento
têm que ser apenas ambiente dessas coisas?
Pode ser também oportunidade para discussões mais proveitosas.
Por exemplo:
hoje vou botar meu braço na hidro de banheirinha,
com meu relógio automático à prova d'água,
e como ontem,
minha primeira sessão,
alguém vai...
me avisar para tirar o relógio.
E vou dizer
que vou dar corda no automático dele,
e que ele é à prova d'água.
Afinal de contas,
entre tantas pessoas que estão com L.E.R.,
acidentados em motos e carros,
caídos da laje
(depois de grande
e enqüanto criancinha
- ou seria o contrário?),
temos coisas melhores
para contar.
Assim eu evito,
de ter que dizer,
que bati o cotovelo
na maçaneta da porta.
Coisa banal,
que apesar da dorzinha
já persistente há um mês
(foi uma maçanetada
dada durante
uma viagem,
diga-se de passagem...
Não foi uma maçanetada
bêsta de qüalquer porta...)
não chamaria a atenção
de mais ninguém,
a não ser quem sente
mais dor que os outros...
Alguém ali sabe me dizer coisas
que podem valer ouro.
Outras, que podem valer nada.
Uns, fazem o que sabem.
Outros, se aventuram
(como eu, pelas palavras agora)
pelo que não conhecem bem.
Moto,
carro,
rapel,
escalada,
descida,
subida,
puladinha,
pancadinha,
pancadona,
pancadaria,
voadinha,
consertada,
atrapalhada...
E a L.E.R.,
de tanto teclar
teclas que teclam, teclam, teclam...
E tem L.E.R. de tricotar,
que há quem tricota tanto,
que gosta mesmo é de ir
tricotar fofoca.
...
Então, sugiro que
cada tricotada só
pode durar 5 minutos!
levemos uma ampulheta.
Mas evitemos uma
lesão por esforço repetitivo
de tanto virar a ampulheta...
...
Esse texto,
poderia ser menor.
Mas leva qüase 15 minutos
para ler.
A L.E.R. leva mais tempo...
...
Assim, agora que você acabou de ler,
desligue a banheira,
largue as bolinhas,
pare de ficar
pensando na vida,
e faça a tarefa seguinte...

segunda-feira, junho 07, 2004

Jabor!!!

Já não agüento mais ouvir comentários sobre o Arnaldo Jabor na internet, na Globo, nos e-mails... Não que eu tenha algo contra ele, mas que exaustão... Ai um dia ele disse que acha que o Papa devia morrer logo... Fica ali vivo, pedindo paz, pedindo paz... Como se ele, o Papa (O João Paulo II, não o Arnaldo Jabor, por favor!!!) tivesse que renunciar à unica crença digna que nós temos tido como raça humana: a fé.
Seja ela fé pela Terra, pela Água, pelo Sol, por Deus. Até em nós mesmos.
Ainda bem que o Papa, e muitos cristãos de várias religiões, celebram a vida e a fé.
De cara limpa consigo mesmos.
Não é preciso esperar os ídolos dizerem sobre nossas vidas: a própria história da Igreja criva todas as dificuldades vividas pela raça humana. Assim como um novo papa há de vir um dia, e esperamos que tão digno qüanto esse que nos brinda com sua existência, nossos políticos e ídolos nos trairão um dia. Mas não se pode trair é a nossa fé.

quarta-feira, junho 02, 2004

Noite de Jogo...

Sinto-me como Saint-Exupery qüando decolou e não mais voltou...
Mando mensagens, posto blogue, e ninguém me ouve.
Mudo. Sinto-me mudo num mundo de surdos...
Mas é que daqui a pouco tempo (esse "a pouco" pega, né?)haverá um paleja entre Brasil e Argentina. Sou Brasil e dou 1 de lambuja para eles. 3x1 pará nós. Mas se eles me decepcionarem, não farão mais que muitos políticos já me fizeram.

terça-feira, junho 01, 2004

Picuinhas

Sentados num bar, Bin Laden e Saddam Hussein discutem acaloradamente, quando chega um reporter da CNN querendo saber o que os dois estão planejando. Bin Laden responde:
- Estamos planejando a III Guerra Mundial.
- E como será isso? - quis saber o repórter.
Saddam responde:
- Vamos atirar uma bomba na ARGENTINA e matar 15 milhões de Argentinos e um esquilo.
Surpreso, o repórter pergunta:
- Um esquilo? Mas por que um esquilo?
Saddam vira-se para Bin Laden e diz com um ar vitorioso e divertido:
- Estás vendo, Bin? Eu disse que tem que ter um Esquilo.
Ninguém se preocupa com os 15 milhões de Argentinos...

O que é bravura...

A verdadeira bravura está em chegar em casa de madrugada, ser recebido pela esposa com uma vassoura na mão e ainda ter peito prá perguntar: "Você vai varrer a casa ou voar pra algum lugar?!?

segunda-feira, maio 31, 2004

Corrente...

Assunto: Uma Questão de Maturidade
Data: Mon, 31 May 2004 14:46:21 +0000

Leia, assine e passe se achar que deve !

Mãe! Fui a uma festa, e me lembrei do que você me disse.
Você me pediu que eu não tomasse álcool, mãe... Então, ao invés disso, tomei um "sprite".
Senti orgulho de mim mesma, e do modo como você disse que eu me sentiria e que não deveria beber e dirigir. Ao
contrário do que alguns amigos me disseram, fiz uma escolha saudável, e seu conselho foi correto. E quando a festa finalmente acabou, e o pessoal começou a dirigir sem condições... Fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz... Eu nunca poderia imaginar o que estava me aguardando, mãe...
Algo que eu não poderia esperar... Agora estou jogada na rua, e ouvi o policial dizer: "O rapaz que causou este acidente estava bêbado!" Mãe, sua voz
parecia tão distante... Meu sangue está escorrido por todos os la dos e eu estou tentando com todas as minhas forças, não chorar... Posso ouvir os paramédicos dizerem: "A garota vai morrer..." Tenho certeza de que o garoto não tinha a menor idéia, enquanto ele estava a toda velocidade, afinal, ele decidiu beber e dirigir, e agora tenho que morrer...Então por que as pessoas fazem isso, mãe? Sabendo que isto vai arruinar vidas? E agora a dor está me cortando como uma centena de facas afiadas... Diga a minha irmã para não ficar assustada, mãe! Diga ao papai que ele seja forte. E quando eu for para o céu, escreva "Garotinha do Papai" na minha sepultura. Alguém deveria ter dito aquele garoto que é errado beber e dirigir. Talvez, se seus pais tivessem
dito, eu ainda estaria com possibilidades de continuar viva. Minha respiração está ficando mais fraca, mãe e estou realmente ficando com medo... Estes são meus momentos finais e me sinto tão despreparada! Eu gostaria que você pudesse me abraçar, m ãe... Enquanto estou estirada aqui, morrendo, eu gostaria de poder dizer que te amo, mãe...! Então: Te amo e adeus...!" Essas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o repórter, anotando...muito chocado, este repórter iniciou uma campanha esperando conseguir 5.000 assinaturas neste e-mail e então passá- lo para o Presidente. Se este e-mail chegou até você e você o deletar, você pode estar perdendo a
chance de conscientizar mais e mais pessoas fazendo com que sua vida TAMBÉM CORRA PERIGO! E este pequeno gesto pode fazer uma grande diferença! Assine- o por favor junte- se a "campanha"! Selecione e copie o e-mail porinteiro (Ctrl C) e cole (Ctrl V) em um novo e-mail
Então, acrescente seu nome ao fim da lista e mande- o para todas as pessoas que você conhece. Estamos esperando conseguir 5.000 assinaturas neste
email e então passá-lo para o Ministro da Justiça e para o Presidente. É tão pouco pedir que vocês assinem este e mail...! E este pequeno gesto pode fazer uma grande diferença! Não esqueça de adicionar o seu nome no final da lista! A situação está se tornando insustentável!

Você pode estar fazendo algo para mudar isso!!!

Atenção, se vc for a 5.000ª pessoa a assinar este e-mail, encaminhe-o para: governo@brasil.gov.br

A partir daqui, seguem-se 420 nomes de pessoas.
Omitirei os nomes, pelo que vou escrever...
Não esperaria uma assinatura mais que a minha se fosse um filho ou filha minha, para encaminhar isso ao governo. Não sei se o fato é verídico ou não, mas não pode deixar de interferir em nossas emoções.

Mas o que faria o governo com isso? Saberia que seu povo sofre?
Construiria mais cadeias para bêbados assassinos?
A questão, é a consciência de cada um. Para o que a excede, cuide a justiça. Apenas um terça parte do poder que nos governa...

E ai, pergunto: porquê uma declaração tão digna, tão romântica, passou desapercebida pela imprensa? Deu no Gugu? No Faustão? Chamadinha no Fantástico? O Jô chamou o cara que ouviu isso? Acredita-se na mídia. Desde os tempos de Jesus, qüando a mídia pediu Barrabás livre e Jesus crucificado. Naquela época, chamava-se a ela, a mídia, turba.
Falando nessas coisas, esbarro na lembrança da pecha que têm, alguns, de "comentaristas do cotidiano".

Fora isso (a pecha), acho que comentar o cotidiano nos permite dimensionar a dor, no momento presente, de entender a verdadeira dor de quem vivencia isso, fantasiosa ou realmente.

Enfim, justificar nosso futuro com base no nosso passado, evita muitas dores de cabeça, aos comuns, e aos governantes de qüalquer poder...