Vejo que já são mais de 200 posts... E algum tempo, que medido em anos, é mais de 1.
Sempre fui tecnófilo. Mas revoltei-me contra a tecnologia qüando percebi que ela corre mais que meus anseios e necessidades, na proporção inversa da minha real necessidade na vida. O "basta", dei, qüando vi meus filhos crescendo, e tudo que podia discutir com eles era baseado no jogo "Doom".
Bons e inocentes tempos da tecnologia...
Atualmente, ganhei recente do filho mais velho um console de jogos, com 2 jogos.
Tipo Doom, mata, morre. Realidade virtual. Interatividade. Contemporaniedade. Tecnologia.
Lembro que qüando meu pai era vivo, na época dos PC's 286, um dia disse a ele, mostrando um "lap-top" 286, que aquilo era mais eficiente que a tecnologia dos computadores que haviam levado o homem à Lua, em 1969.
Cético, meu pai que não acreditava que o homem havia chegado à Lua, apesar de estar ao meu lado no dia que vimos a transmissão pela televisão, preta e branca, da marca Emerson, disse que ainda assim, isso não teria levado o homem à Lua.
Deveria eu ter mostrado que o co-processador matemático, que havia como acessório nos primeiros PC's, era capaz de fazer milhões de cálculos complexos e de resultados infinitesimais, dizimais, incalculáveis ou imprestáveis.
Que o 1 + 1, ou o 0 + 0, ou qüalquer uma das limitadas associações entre 2 números, zero e um, por exemplo, poderia, para uma máquina que só lida com essas duas variáveis, permitir exponenciais associações de novas variáveis.
E com isso, o cálculo do ponto exato e do ângulo de penetração na atmosfera, poderia permitir, antes da ação, ensaios que determinassem os esforços e resistência necessárias para a segurança das viagens espaciais.
Não sei se meu pai entenderia...
Para ele, em 69, contar-se-iam 49 anos de idade, 11 filhos, 90 milhões de brasileiros, 3 bilhões de seres humanos, e a lua, e sua conquista, estavam à anos-luz das necessidades dos nossos milhões de sinapses para assimilar o que vêem nossos olhos, 2 para cada um, um para alguns, e também muitos com nenhum.
Estava lá, no entanto, a tecnologia da raça humana.
E não só a tecnologia de processamento de dados, mas, especialmente, a tecnologia de evolução da raça, que abria uma ponte para novas correntes.
...
(dando um salto na viagem dândi, vamos encerrar com o final abaixo:
- E hoje, nesse blog, tem mais de 200 mensagens...)
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