Hoje fiz o maior ergométrico que poderia ter feito, trazendo meu ônibus da Jacuí com Cristiano Machado para a Contorno com Andradas, com direito a city-tour pela Renascença, Floresta, uma esbarrada ao subir com as rodas traseiras no passeio, em algumas placas de proteção de pedestres, em frente à Momo na Floresta...
Enfim, é para isso que servem as placas de proteção ao pedetre: imagino que se havia alguém passando na hora, deve estar ainda sendo socorrido pelo susto de ver aquele monstro branco e imundo crescendo ao lado, a centímetros... Mas não vi ninguém pelo retrovisor... Só se estivessem deitados no chão (ou desmaiados).
Suava em bicas, minha mão esquerda estava dormente de tanto apertar a vávula de liberação da trava automática das rodas: a cada vez que parava, o freio travava as rodas, enquanto o motor morria, sem aceleração...
Parece que minha mãe foi muito lembrada as diversas vezes que parei o trânsito com meu elefante branco de rodas travantes e motor morrente.
E como elefante que é, soltava a cada pisada minha no acelerador, densos rolos brancos de óleo queimado, eneblinando a tarde de verão cadente...
Com sua paquidérmicas dez toneladas empoeiradas...
Em todo meu corpo, batia meu coração loucamente, pedais de acelerador desengatando, freio a ar leve, dando brecadas de roda dura toda hora, para fazer a ponte com o pé entre o freio e o acelerador, para não deixar o motor apagar... E com a mão esquerda apertando o desengate da válvula do freio, com a direita tentando engatar as marchas que parecem a cada momento estar em outro lugar, e eu entre subidas e descidas, todas íngremes, eneblinando tudo, como já disse. Latejava todo meu corpo, a pressão devia estar nas alturas, apesar de meu médico achar que estou no melhor de minha condição física desde a cirurgia, há 8 anos.
Juro que tive vontade chorar, achei que não ia dar para chegar, teria que achar um canto e encostar.
A sensação igual a do ´pânico´.
Cheguei, e teve um ponto na Andradas que me aventurei até quase a entrada para a estrada de Sabará, como se tivesse com minha pipa gigante me carregando sob o controle de meus trêmulos pés e braços.
Dava vontade, ali naquela hora, de cantar, mas a voz também sairia trêmula e me faria rir...
E o caso era sério... Onde manobrar aquele monstro para voltar em direção à Andradas???
Nem me dignaria a rezar, que ando meio de mal de toda a santidade...
Não lembrei de nenhum santo que fosse tão santo a ponto de escutar minhas preces...
Sempre tenho pedido a mamãe para rezar por mim, que santo nenhum resiste a pedido de mãe...
Mas com a semana de Carnaval, ela pode ter sido menos fervorosa nas suas preces.
O fato é que cheguei, enfim até me sentindo um desbravador de um mar ainda não navegado, e agora meu elefante branco se tornara uma baleia branca encardida,
e eu, seu mestre, Jonas.
Cinzas... (perai: num tava se decompondo? Cinza é cinza, ô pô!) *** Clique no título acima para o 'POST' atual ***
sábado, fevereiro 28, 2004
domingo, fevereiro 22, 2004
Quem � vivo...
Sempre aparece!
Desde final de janeiro sem escrever no blogue... Isso � uma grande falta de maturidade de blogueiro! A disciplina, onde � que fica?
Bom,
Carnaval, cidade vazia, coisas mil a fazer...
Planos andando, especialmente os planos andantes.
Vida que se vive. E n�o se vive mal, digamos para registro!
Coisas encaixadas em espa�os definidos, e assim se vive.
Com o tempo exato de se sentir,
com o sentir medido do se amar,
com o amar vivido a transformar,
com o transformar a redefinir,
com o redefinir a reconstruir.
...
Ficou uma porcaria isso ai em cima, mas vai ficar, com as cartas que n�o deveria ter publicado. Mas como s� eu me leio,
n�o tem problema...
Ou ser� que algu�m mais l� isso??? Ao menos, jamais houve manifesta��o...
...
Bem, melhor mandar isso, ao menos para mandar algo em Fevereiro...
Desde final de janeiro sem escrever no blogue... Isso � uma grande falta de maturidade de blogueiro! A disciplina, onde � que fica?
Bom,
Carnaval, cidade vazia, coisas mil a fazer...
Planos andando, especialmente os planos andantes.
Vida que se vive. E n�o se vive mal, digamos para registro!
Coisas encaixadas em espa�os definidos, e assim se vive.
Com o tempo exato de se sentir,
com o sentir medido do se amar,
com o amar vivido a transformar,
com o transformar a redefinir,
com o redefinir a reconstruir.
...
Ficou uma porcaria isso ai em cima, mas vai ficar, com as cartas que n�o deveria ter publicado. Mas como s� eu me leio,
n�o tem problema...
Ou ser� que algu�m mais l� isso??? Ao menos, jamais houve manifesta��o...
...
Bem, melhor mandar isso, ao menos para mandar algo em Fevereiro...
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