Enfim, algo de novo nesse governo...
Algo para se aprender e depreender:
- O senado vota R$275 para o SM. A MP volta para a Câmara. Se confirma 275, Lula pode vetar. E ai o SM volta a R$240.
A Câmara tem a responsabilidade de definir se rejeita o veto e determina 275. O governo deixa. Se não tiver meios de pagar, vai ser julgado, o governo. Pelo judiciário. Que se disser que o governo tem como pagar, transfere a responsabilidade legal pelo custo do SM ao poder legislativo, já que o governo, se não puder pagar, vai alegar falência. Aplique-se ao governo as mesmas regras das empresas: se precisa de uma moratória para expurgar os títulos podres, assuma. Rompa com o FMI e determine que todos os créditos estão para ser revistos. Vamos parar de botar zeros em nossas dívidas. Um trilhão de dívida pública... beneficiando qüantos? Falemos do povo brasileiro. Do Zé, do Mané, do Bené, do Creysson... Negociemos. Digamos ao mundo que somos um país que quer romper o moto-contínuo do descaso social. E proponho que não se pague aposentadoria a quem tiver, em declaração de bens, recursos para se manter, além e exclusivamente dos recursos que necessite o segurado em atendimento médico. Como um grande plano de saúde social. Tudo medido pelas mesmas estatísticas que usam os planos de saúde cooperados, tudo orçado pelas estatísticas. Concedam descontos aos filhos que pensionarem os pais, em 100% dos valores pensionados, desde que os pais ou ascendentes declarem esses recebimentos em declaração firmada perante autoridade policial ou tabelião.
Pronto. Falei!
Cinzas... (perai: num tava se decompondo? Cinza é cinza, ô pô!) *** Clique no título acima para o 'POST' atual ***
sexta-feira, junho 18, 2004
quinta-feira, junho 17, 2004
E agora?
E AGORA LUÍS???
Tua fome acabou...
Tua vida mudou...
Tua luz se acendeu...
O povo clamou...
O dia chegou...
O povo votou..
Teu olhar se perdeu.
E agora Luís?
E agora Luís?
Já tens a nação...
Teu discurso venceu...
Já podes beber,
Já podes comprar.
Já podes fumar...
Já podes amar...
Vestir tu já podes...
E agora Luís?
E agora você...
Você, que é José.
você que apoiou...
Você que tem garra...
Que tem esperança....
Que vaga no mundo...
Que olha pro mundo...
Que ama, se engana...
que vibra, protesta,
Você, e agora?
A noite clareou...
O dia enfim veio...
O povo surgiu...
O povo vibrou...
e acompanhou..
Surgiu a utopia...
Nem tudo nasceu...
Nem tudo chegou...
Nem tudo mudou.
Você, e agora?
E agora Luís?
Não és um José?
Tua dura palavra...
Teu instante de febre...
Tua fome e trabalho...
Tua falta de livros....
Tua força e vontade...
Tua luta, tua causa...
E agora, Luís?
E agora Luís?
Teu discurso mudou!
O teu terno importado.
tuas constates viagens...
Tua incoerência...
Tua doce revolta,
De teu peito mudado,
Luís, e agora?
Com o país na mão
Quer abrir as portas
para o mundo pobre.
Mas há poucas portas
para serem abertas
Quer matar a fome
Deste povo pobre
Mas há muita fome
para ser sanada.
Quer dar alimento,
Quer criar emprego
mas há pouco alento
para este Estado.
Quer fazer justiça,
Mas não há justiça
nem nesta cidade.
Se você pudesse.
Se você sentisse,
Se você gemesse,
Se você lembrasse
Se você soubesse, Luís
Mas você não lembra, Luís.
Você é de carne,
E o poder encanta.
Neste mundo de plástico
Onde quase tudo se rasga,
Você se rasgou?
Você não se esqueceu?
Ataram suas mãos?
O povo se perdeu?
Então... e agora?
Sentado no trono
Qual bicho sem dono.
Não podes tremer
Não podes chorar
Não podes vencer
Mal podes lembrar...
Luís, e agora?
O tempo passou.
O Luís se elegeu.
O homem mudou.
O mundo mudou.
e tudo mudou.
O mundo cresceu,
O desemprego cresceu.
A fome cresceu
e tudo cresceu
O povo aumentou,
A desilusão aumentou.
A vida não pára
O povo caminha, Luís
Mas Luís, para onde?"
Paródia Baseada em poema de Carlos Drummond de Andrade.
Por Robério César Camilo dos Santos.
4º Ano Direito UFAL.
Tua fome acabou...
Tua vida mudou...
Tua luz se acendeu...
O povo clamou...
O dia chegou...
O povo votou..
Teu olhar se perdeu.
E agora Luís?
E agora Luís?
Já tens a nação...
Teu discurso venceu...
Já podes beber,
Já podes comprar.
Já podes fumar...
Já podes amar...
Vestir tu já podes...
E agora Luís?
E agora você...
Você, que é José.
você que apoiou...
Você que tem garra...
Que tem esperança....
Que vaga no mundo...
Que olha pro mundo...
Que ama, se engana...
que vibra, protesta,
Você, e agora?
A noite clareou...
O dia enfim veio...
O povo surgiu...
O povo vibrou...
e acompanhou..
Surgiu a utopia...
Nem tudo nasceu...
Nem tudo chegou...
Nem tudo mudou.
Você, e agora?
E agora Luís?
Não és um José?
Tua dura palavra...
Teu instante de febre...
Tua fome e trabalho...
Tua falta de livros....
Tua força e vontade...
Tua luta, tua causa...
E agora, Luís?
E agora Luís?
Teu discurso mudou!
O teu terno importado.
tuas constates viagens...
Tua incoerência...
Tua doce revolta,
De teu peito mudado,
Luís, e agora?
Com o país na mão
Quer abrir as portas
para o mundo pobre.
Mas há poucas portas
para serem abertas
Quer matar a fome
Deste povo pobre
Mas há muita fome
para ser sanada.
Quer dar alimento,
Quer criar emprego
mas há pouco alento
para este Estado.
Quer fazer justiça,
Mas não há justiça
nem nesta cidade.
Se você pudesse.
Se você sentisse,
Se você gemesse,
Se você lembrasse
Se você soubesse, Luís
Mas você não lembra, Luís.
Você é de carne,
E o poder encanta.
Neste mundo de plástico
Onde quase tudo se rasga,
Você se rasgou?
Você não se esqueceu?
Ataram suas mãos?
O povo se perdeu?
Então... e agora?
Sentado no trono
Qual bicho sem dono.
Não podes tremer
Não podes chorar
Não podes vencer
Mal podes lembrar...
Luís, e agora?
O tempo passou.
O Luís se elegeu.
O homem mudou.
O mundo mudou.
e tudo mudou.
O mundo cresceu,
O desemprego cresceu.
A fome cresceu
e tudo cresceu
O povo aumentou,
A desilusão aumentou.
A vida não pára
O povo caminha, Luís
Mas Luís, para onde?"
Paródia Baseada em poema de Carlos Drummond de Andrade.
Por Robério César Camilo dos Santos.
4º Ano Direito UFAL.
terça-feira, junho 15, 2004
Fundação Cidade de Belo Horizonte
Proponho, em termos claros e limpos, o segte:
- Criarmos a FCBH, que solicitará à PBH a doação de faixas de terreno sobre morros de "favelas", para implantação de linhas de planos elevados eletro-mecânicos, a serem desenvolvidos por técnicos voluntários e da CVRD, que financiaria a execução das obras, aprovadas pelo Conselho da FCBH. Os pagamentos do financiamento, com carência a ser discutida, serão parte da arrecadação da cobrança de não mais que R$0,05 centavos para o uso, que será arrecadado para a manutençao do sistema (100%), pagamento de pessoal (100%) segurança (100%), etc... Depois da cobertura do básico, pelo menos 30% de lucro anual, dos quais 30% serão destinados às fundações e obras sociais, 30% às Polícias, para dotá-las de equipamentos de segurança e proteção adeqüados, 30% aos hospitais-escolas e 10% para custear viagens de Conselheiros e Palestrantes para eventos locais, nacionais ou internacionais, bem como patrocínio a obras e artistas locais, nacionais ou internacionais, dotados de requisitos máximos de segurança, identificação e proteção.
Pronto. Falei!
CJSF
15jun2004
- Criarmos a FCBH, que solicitará à PBH a doação de faixas de terreno sobre morros de "favelas", para implantação de linhas de planos elevados eletro-mecânicos, a serem desenvolvidos por técnicos voluntários e da CVRD, que financiaria a execução das obras, aprovadas pelo Conselho da FCBH. Os pagamentos do financiamento, com carência a ser discutida, serão parte da arrecadação da cobrança de não mais que R$0,05 centavos para o uso, que será arrecadado para a manutençao do sistema (100%), pagamento de pessoal (100%) segurança (100%), etc... Depois da cobertura do básico, pelo menos 30% de lucro anual, dos quais 30% serão destinados às fundações e obras sociais, 30% às Polícias, para dotá-las de equipamentos de segurança e proteção adeqüados, 30% aos hospitais-escolas e 10% para custear viagens de Conselheiros e Palestrantes para eventos locais, nacionais ou internacionais, bem como patrocínio a obras e artistas locais, nacionais ou internacionais, dotados de requisitos máximos de segurança, identificação e proteção.
Pronto. Falei!
CJSF
15jun2004
Sem título
Sempre quis saber pq um artista diz que uma obra não tem título... Um amigo um dia escreveu na porra da frente da tela "jardins para Tars(c)ila, e me atrapalhou como escrever o nome da Tarsila do Amaral. Quê, cujo Amaral nem sei quem é, diga-se de passagem. Mas gosto tanto da obra da Tarcila(!) como da obra desse amigo. E dai não preciso colecionar as obras dos artistas que eu gosto. A coleção a gente faz para incentivar os artistas a exibirem suas obras. Uns, são famosos já. Outros, com certeza, serão amanhã. E é melhor mostrar o registro e a história, enfim, do que nos torna próximos da compreensão da obra do artista.
segunda-feira, junho 14, 2004
A vida imita a arte...
CRÔNICA DA LOUCURA
Luis Fernando Veríssimo
O melhor da Terapia é ficar observando os meus colegas
loucos.
Existem dois tipos de loucos. O louco propriamente dito
e o que cuida do
louco:o analista, o terapeuta, o psicólogo e o
psiquiatra. Sim, somente um
louco pode se dispor a ouvir a loucura de seis ou sete
outros loucos todos
os dias, meses, anos. Se não era louco, ficou.
Durante quarenta anos, passei longe deles. Pronto,
acabei diante de um
louco, contando as minhas loucuras acumuladas.
Confesso, como louco
confesso, que estou adorando estar louco semanal.
O melhor da terapia é chegar antes, alguns minutos e
ficar observando os
meus colegas loucos na sala de espera. Onde faço a
minha terapia é uma casa
grande com oito loucos analistas. Portanto, a sala de
espera sempre tem três
ou quatro ali, ansiosos, pensando na loucura que vão
dizer dali a pouco.
Ninguém olha para ninguém. O silencio é uma loucura. E
eu, como escritor,
adoro observar pessoas, imaginar os nomes, a profissão,
quantos filhos têm,
se são rotarianos ou leoninos, corintianos ou
palmeirenses.
Acho que todo escritor gosta desse brinquedo, no
mínimo, criativo.
E a sala de espera de um "consultório médico", como diz
a atendente
absolutamente normal (apenas uma pessoa normal lê tanto
Paulo Coelho como
ela), é um prato cheio para um louco escritor como eu.
Senão, vejamos:
Na última quarta-feira, estávamos: (1)eu, (2)um
crioulinho muito bem
vestido, (3) um senhor de uns cinqüenta anos e (4)uma
velha gorda.
Comecei, é claro, imediatamente a imaginar qual seria o
problema de cada um
deles.Não foi difícil, porque eu já partia do principio
que todos eram
loucos, como eu. Senão, não estariam ali, tão
cabisbaixos e ensimesmados.
(2) O pretinho, por exemplo. Claro que a cor, num país
racista como o nosso,
deve ter contribuído muito para leva-lo até aquela
poltrona de vime. Deve
gostar de uma branca, e os pais dela não aprovam o
conseguiu entrar como
sócio do "Harmonia do Samba"? Notei que o tênis estava
um pouco velho.
Problema de ascensão social, com certeza. O olhar dele
era triste, cansado.
Comecei a ficar com pena dele. Depois notei que ele
trazia uma mala. Podia
ser o corpo da namorada esquartejada lá dentro. Talvez
apenas a cabeça.
Devia ser um assassino, ou suicida, no mínimo. Podia
ter também uma arma lá
dentro. Podia ser perigoso.
Afastei-me um pouco dele no sofá. Ele dava olhadas
furtivas para dentro da
mala assassina.
(3) E o senhor de terno preto, gravata, meias e sapatos
também pretos?
Como ele estava sofrendo, coitado. Ele disfarçava, mas
notei que tinha um
pequeno tique no olho esquerdo. Corno, na certa. E
manso. Corno manso sempre
tem tiques. Já notaram? Observo as mãos. Roía as unhas.
Insegurança total, medo de viver. Filho drogado? Bem
provável.
Como era infeliz esse meu personagem. Uma hora tirou o
lenço e eu já estava
esperando as lágrimas quando ele assoou o nariz
violentamente, interrompendo
o Paulo Coelho da outra.
Faltava um botão na camisa. Claro, abandonado pela
esposa. Devia morar num
flat, pagar caro, devia ter dívidas astronômicas.
Homossexual?
Acho que não. Ninguém beijaria um homem com um bigode
daqueles. Tingido.
(4) Mas a melhor, a mais doida, era a louca gorda e
baixinha. Que bunda
imensa. Como sofria, meu Deus. Bastava olhar no rosto
dela. Não devia fazer
amor há mais de trinta anos. Será que se masturbaria?
Será que era esse o
problema dela? Uma velha masturbadora? Não! Tirou um
terço da bolsa e
começou a rezar. Meu Deus, o caso é mais grave do que
eu pensava. Estava no
quinto cigarro em dez minutos. Tensa.
Coitada. O que deve ser dos filhos dela? Acho que os
filhos não comem a
macarronada dela há dezenas e dezenas de domingos.
Tinha cara também de quem
mentia para o analista. Minha mãe rezaria uma Salve-
Rainha por ela, se a
conhecesse.
Acabou o meu tempo. Tenho que ir conversar com o meu
psicanalista.
Conto para ele a minha "viagem" na sala de espera.
Ele ri, ri muito, o meu psicanalista e diz:
"(2) O Ditinho é o nosso office-boy.
(3) O de terno preto é representante de um laboratório
multinacional de
remédios lá no Ipiranga e passa aqui uma vez por mês
com as novidades.
(4) E a gordinha é a Dona Dirce, a minha mãe.
E (1) você, não vai ter alta tão cedo...Fernando Veríssimo
Luis Fernando Veríssimo
O melhor da Terapia é ficar observando os meus colegas
loucos.
Existem dois tipos de loucos. O louco propriamente dito
e o que cuida do
louco:o analista, o terapeuta, o psicólogo e o
psiquiatra. Sim, somente um
louco pode se dispor a ouvir a loucura de seis ou sete
outros loucos todos
os dias, meses, anos. Se não era louco, ficou.
Durante quarenta anos, passei longe deles. Pronto,
acabei diante de um
louco, contando as minhas loucuras acumuladas.
Confesso, como louco
confesso, que estou adorando estar louco semanal.
O melhor da terapia é chegar antes, alguns minutos e
ficar observando os
meus colegas loucos na sala de espera. Onde faço a
minha terapia é uma casa
grande com oito loucos analistas. Portanto, a sala de
espera sempre tem três
ou quatro ali, ansiosos, pensando na loucura que vão
dizer dali a pouco.
Ninguém olha para ninguém. O silencio é uma loucura. E
eu, como escritor,
adoro observar pessoas, imaginar os nomes, a profissão,
quantos filhos têm,
se são rotarianos ou leoninos, corintianos ou
palmeirenses.
Acho que todo escritor gosta desse brinquedo, no
mínimo, criativo.
E a sala de espera de um "consultório médico", como diz
a atendente
absolutamente normal (apenas uma pessoa normal lê tanto
Paulo Coelho como
ela), é um prato cheio para um louco escritor como eu.
Senão, vejamos:
Na última quarta-feira, estávamos: (1)eu, (2)um
crioulinho muito bem
vestido, (3) um senhor de uns cinqüenta anos e (4)uma
velha gorda.
Comecei, é claro, imediatamente a imaginar qual seria o
problema de cada um
deles.Não foi difícil, porque eu já partia do principio
que todos eram
loucos, como eu. Senão, não estariam ali, tão
cabisbaixos e ensimesmados.
(2) O pretinho, por exemplo. Claro que a cor, num país
racista como o nosso,
deve ter contribuído muito para leva-lo até aquela
poltrona de vime. Deve
gostar de uma branca, e os pais dela não aprovam o
conseguiu entrar como
sócio do "Harmonia do Samba"? Notei que o tênis estava
um pouco velho.
Problema de ascensão social, com certeza. O olhar dele
era triste, cansado.
Comecei a ficar com pena dele. Depois notei que ele
trazia uma mala. Podia
ser o corpo da namorada esquartejada lá dentro. Talvez
apenas a cabeça.
Devia ser um assassino, ou suicida, no mínimo. Podia
ter também uma arma lá
dentro. Podia ser perigoso.
Afastei-me um pouco dele no sofá. Ele dava olhadas
furtivas para dentro da
mala assassina.
(3) E o senhor de terno preto, gravata, meias e sapatos
também pretos?
Como ele estava sofrendo, coitado. Ele disfarçava, mas
notei que tinha um
pequeno tique no olho esquerdo. Corno, na certa. E
manso. Corno manso sempre
tem tiques. Já notaram? Observo as mãos. Roía as unhas.
Insegurança total, medo de viver. Filho drogado? Bem
provável.
Como era infeliz esse meu personagem. Uma hora tirou o
lenço e eu já estava
esperando as lágrimas quando ele assoou o nariz
violentamente, interrompendo
o Paulo Coelho da outra.
Faltava um botão na camisa. Claro, abandonado pela
esposa. Devia morar num
flat, pagar caro, devia ter dívidas astronômicas.
Homossexual?
Acho que não. Ninguém beijaria um homem com um bigode
daqueles. Tingido.
(4) Mas a melhor, a mais doida, era a louca gorda e
baixinha. Que bunda
imensa. Como sofria, meu Deus. Bastava olhar no rosto
dela. Não devia fazer
amor há mais de trinta anos. Será que se masturbaria?
Será que era esse o
problema dela? Uma velha masturbadora? Não! Tirou um
terço da bolsa e
começou a rezar. Meu Deus, o caso é mais grave do que
eu pensava. Estava no
quinto cigarro em dez minutos. Tensa.
Coitada. O que deve ser dos filhos dela? Acho que os
filhos não comem a
macarronada dela há dezenas e dezenas de domingos.
Tinha cara também de quem
mentia para o analista. Minha mãe rezaria uma Salve-
Rainha por ela, se a
conhecesse.
Acabou o meu tempo. Tenho que ir conversar com o meu
psicanalista.
Conto para ele a minha "viagem" na sala de espera.
Ele ri, ri muito, o meu psicanalista e diz:
"(2) O Ditinho é o nosso office-boy.
(3) O de terno preto é representante de um laboratório
multinacional de
remédios lá no Ipiranga e passa aqui uma vez por mês
com as novidades.
(4) E a gordinha é a Dona Dirce, a minha mãe.
E (1) você, não vai ter alta tão cedo...Fernando Veríssimo
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