segunda-feira, dezembro 13, 2004

Eu e minhas luas

Uma coisa que ninguém tem que sentir pelo outro é a "lua" de cada um. Tem dias que a gente se sente mal, sem saber por que, sem nada, ou nenhuma razão justificável. É fácil nessa hora que quem esteja de "lua virada" acuse isso ou aquilo como razão do irracional. Ontem mesmo, minha lua virou, sei lá em que órbita, nem para que planeta ela se virou. Virou, e com ela, parece que virou a noite, a chuva, o dia que hoje amanheceu nublado, e, como se não bastasse, embora no domingo eu já soubesse que o dia seguinte seria uma segunda-feira, ela surgiu, como se para mim amanhecesse a surpresa do tempo que se impõe, dias sucedendo dias, segundas sucedendo domingos.
Falar em domingos, me lembro que há uns dias acabou meu anti-deprê, e pode ser que seja essa a causa, embora eu não esteja procurando culpados para a neblina úmida que também parece envolver minha existência nesse momento...
Não me consola a consciência de que acima das nuvens que encobrem os dias, há sóis, estrelas e luas a brilhar, como faíscas da brincadeira universal que nos cerca, independente de como nos sintamos... Lá, no infinito que a gente pinta de azul mas encerra o negrume de nossa inconsciência, as faíscas não são das minhas brincadeiras, que sério, a lua que se virou de mim, me deixa.

Um comentário:

Anônimo disse...

comentei...