Viver dói, dizem.
A virada do ano torna a vida mais densa, com as coisas que jamais fizemos e sempre desejamos fazer ou realizar no ano novo. Mas a vida, com suas cenas, nos mostra, em Buenos Aires, na noite de 30 de Dezembro, 175 pessoas morrendo num incêndio numa casa de shows. Essa cena já aconteceu aqui em BH também.
Fogos de artifício no palco, atingiram o teto e deflagraram o fogo; portas de emergência trancadas, mais gente que o controlável juntas, pânico.
Mais de uma centena de famílias na Argentina, e outras milhares pelo mundo afora, chorarão seus mortos no apagar do ano. Na Ásia, o choro talvez poderá ser ouvido, quem sabe até no pico mais alto do Himalaia, ou propagando-se pelas águas do Índico, que tragou a terra e carregou seus mortos. Ainda assim, muita esperança se renova hoje, passagem de ano, por todos os cantos do mundo. Uns pedirão por mais justiça, outros por mais benevolência divina e da natureza, tantos outros esperarão a cura e o direito de ter esperança amanhã. E viver, dói, dizem.
Deve ser por isso que se deseja, mais que tudo, amor no ano novo. É que para a dor da vida, só o amor traz remédio.
Então, com todos os pesares que nos pesam, que tenhamos todos muito amor para dar e receber em 2005 e dai prá frente, que remédio, se cura, a gente toma.
31DEZ2**4
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