Anônimo.
Assim invado templos,
assim atravesso os tempos,
assim recolho meus pedaços.
Sou tantos, e nada.
Sou tudo, e fim.
Qüando me vejo no espelho,
finjo que não sou eu,
talvez nem me conheça mais...
E para dizer o que sei,
para sentir o que sinto,
para sofrer o que dói,
eu sou assim, só,
anônimo...
(p.s.: isso é para o anônimo, esse(a) herói(ina), cuja estátua, incólume no éter das ondas de rádiofreqüência - tão arcaicas, mas as mesmas ondas internéticas -, serve de pouso às aves de novos tempos, enqüanto que se lê, em bronze e relevo de letras de imprensa, essa homenagem ao "Soldado Anônimo" do exército que patrulha as mentes e bobagens cibernéticas, tementes do gás letal do beduíno fanfarrão, ou, ainda bem, em busca de uma alma gêmea perdida, se já havida...
***
Isso é para ninguém, já que "ávida, segue a vida...")
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