quinta-feira, outubro 23, 2003

Mérde!

MÉRDE!!!

Para os atores,
que palco,
quê amores?
"Mérde, c'est 'le fin',"
fontes sem serifas,
dardos sibilantes,
frases ditas,
punhais algozes,
jorrando sangue,
meu, seu, nosso
para celebrar
a (sem crase!)
nossa memória,
sangue jorrando,
lavando a larva
que endurece
o magma do quê
nós somos?!
Lava-se com sangue
tudo que não sei,
não sabemos, nem
tantos, queremos.
Lava-se com sangue,
mas a água da vida
lava a mão dos
Pôncios, que se vão
aos pilates, ou não, e todos...
suar na malha
o suor de seu
ou meu, amor...

Ninguém canta o que canto
melhor que eu: que de mim,
brotam novos brotos,
variaçõs dos enxertos,
de ar, teria, no coração,
que fazem jorrar, jorrar,
sem parar:

- Amor.

Nenhum comentário: