Amigo:
�, a gente comunga de muitas sensa��es semelhantes, e vc tb tem o dom da
escrita, al�m de muitos valores que prezo demais e me tornaram seu amigo...
Quem sabe vc n�o me visita em casa hj � noite, para conversarmos um pouco?
Existe uma solid�o escolhida, e uma for�ada. A escolhida nos remete a buscar
em n�s o que nos mover� a levantar da cama amanh�, mas sempre � uma solid�o
esperan�osa. A solid�o for�ada, aquela que nos arranca do conv�vio das pessoas
que amamos, n�o nos permite escolher mais que a dor de n�o compartilhar
plenamente nossos amores e paix�es.
Essa solid�o, nos leva a fugir de tudo, como se cada lembran�a nos arrastasse
num torvelinho de dores e aus�ncias insuport�veis, por tantas vezes.
Mas falemos do futuro poss�vel, de nossas parcas mas sinceras raz�es para
continuarmos nossas lutas ingl�rias contra as separa��es que nunca desejamos
mas que acontecem, contra as dificuldades que tantos enfrentamos mas �s
vezes, parece um fardo pesado demais, desabando sobre n�s, com o peso de toda
a humanidade, e lanhando mais nossos ombros lanhados pelas brigas
pela sobreviv�ncia nesse nosso mundo...
Falemos do movimento de reconstruir a vida, sozinhos ou acompanhados das
pessoas que amamos, na verdade, o maior valor que temos, esses amores...
Falemos de chorar num consult�rio de psican�lise ou terapias, num templo
cat�lico ou budista, numa ora��o que busca ouvir as respostas do deus que
nos habita, do pai que nos amparar� por toda a vida, da nossa senhora m�e
de Deus que todos temos como exemplo nas m�es zelosas e beatas dum deus
que j� n�o mais acreditamos, mas respeitamos em nome das cren�as que nos
trouxeram at� aqui...
Falemos da minha f� em voc�, e que ainda que esse momento pare�a terr�vel
demais para sorrir, estou certo que verei seu sorriso franco e sem travos
de dor novamente, e em breve.
A f� n�o precisa justificativas, a temos e pronto.
Ainda que pare�a incoerente entre pessoas que n�o acreditam assim tanto
em Deus, mas essa mesma f�, tantas vezes nos acarinha com a possibilidade
do para�so que � estar vivo e com for�as para sair do abismo.
Movem-nos nossos filhos, nosso pais, nossos amigos, os exemplos que seguimos.
E um dos exemplos � exatamente o cara que vai fazer anivers�rio dia 25 agora.
Tentemos isso: em nome do aniversariante, seja feliz nesse Natal, mas vamos
ver se tomamos "umas" pr� esquecer de tudo ainda antes do dia 24, ou seja,
hoje.
Um abra�o de um filho de Deus, de meu pai, minha m�e, e sincero amigo seu.
Eu
23 Dez2��3
Cinzas... (perai: num tava se decompondo? Cinza é cinza, ô pô!) *** Clique no título acima para o 'POST' atual ***
terça-feira, dezembro 23, 2003
Sem coment�rios...
A vida s�o deveres, que n�s trouxemos para fazer em casa.
Quando se v�, j� s�o seis horas!
Quando se v�, j� � sexta-feira...
Quando se v�, j� � Natal...
Quando se v�, j� terminou o ano...
Quando se v�, perdemos o amor da nossa vida...
Quando se v�, passaram-se anos e anos!
Agora, � tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o rel�gio...
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada
e o in�til das horas...
Seguraria o meu amor, que est� a muito a minha frente, e diria EU TE
AMO...
Dessa forma, eu digo: n�o deixe de fazer algo que gosta devido a falta
de tempo.
N�o deixe te ter algu�m ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A �nica falta que ter�, ser� desse tempo que infelizmente... N�o voltar�
mais."
M�rio Quintana
Quando se v�, j� s�o seis horas!
Quando se v�, j� � sexta-feira...
Quando se v�, j� � Natal...
Quando se v�, j� terminou o ano...
Quando se v�, perdemos o amor da nossa vida...
Quando se v�, passaram-se anos e anos!
Agora, � tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o rel�gio...
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada
e o in�til das horas...
Seguraria o meu amor, que est� a muito a minha frente, e diria EU TE
AMO...
Dessa forma, eu digo: n�o deixe de fazer algo que gosta devido a falta
de tempo.
N�o deixe te ter algu�m ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A �nica falta que ter�, ser� desse tempo que infelizmente... N�o voltar�
mais."
M�rio Quintana
segunda-feira, dezembro 22, 2003
quinta-feira, dezembro 18, 2003
Memories...
Quinta-feira de arrumar casa...
Estava uma bagun�a, e tirei uns m�veis para ficar mais "clean", mas me obrigou a rever muitas coisas. Umas eu gostei, outras eu at� chorei. C'�st la vie...
Depois eu digitarei umas coisinhas... S�o coisas que contam tantas est�rias! E muita boas. Ou todas boas, que meu crit�rio de guardar � pelo valor que t�m. Tem carta pr� Mario Amato, resposta dele, carta pr� Sarney, nunca enviada, cartas e trabalhos de meus filhos na escola, cartas das exs... Eu deveria fazer como sugeriu M�rio Quintana (ou seria CDA?) e jogar tudo fora, mas eu n�o jogo fora tudo que vivi por nada desse mundo, que tem sido muito bom... (�pa, esse � dos bons...)
Um desses textos eu vou digitar para mandar para uma amiga que acha que eu tenho prefer�ncia pelo meu filho mais novo, que mora em NYC. Esse texto � para o que mora comigo, mas nem sei se ele tem, que foi escrito em duas partes: aos 13 e aos 17 anos. Mas agora, agora, vou almo�ar, que essas lembran�as me consumiram toda a manh� e agora se adentram pel tarde a fora, e sequer ingeri algo s�lido desde que acordei �s 8:30h... Nem caminhei... vou andar de bicicleta depois da "sesta", e � noite, vernisage...
Estava uma bagun�a, e tirei uns m�veis para ficar mais "clean", mas me obrigou a rever muitas coisas. Umas eu gostei, outras eu at� chorei. C'�st la vie...
Depois eu digitarei umas coisinhas... S�o coisas que contam tantas est�rias! E muita boas. Ou todas boas, que meu crit�rio de guardar � pelo valor que t�m. Tem carta pr� Mario Amato, resposta dele, carta pr� Sarney, nunca enviada, cartas e trabalhos de meus filhos na escola, cartas das exs... Eu deveria fazer como sugeriu M�rio Quintana (ou seria CDA?) e jogar tudo fora, mas eu n�o jogo fora tudo que vivi por nada desse mundo, que tem sido muito bom... (�pa, esse � dos bons...)
Um desses textos eu vou digitar para mandar para uma amiga que acha que eu tenho prefer�ncia pelo meu filho mais novo, que mora em NYC. Esse texto � para o que mora comigo, mas nem sei se ele tem, que foi escrito em duas partes: aos 13 e aos 17 anos. Mas agora, agora, vou almo�ar, que essas lembran�as me consumiram toda a manh� e agora se adentram pel tarde a fora, e sequer ingeri algo s�lido desde que acordei �s 8:30h... Nem caminhei... vou andar de bicicleta depois da "sesta", e � noite, vernisage...
Preconceitos
Um neg�o com quip� na cabe�a vem caminhando pela rua, cheio de trejeitos femininos e vestindo a camisa do galo.
Um sujeito v� aquela figura estranha e, ao se aproximar, diz:
- P�, meu irm�o tu � crioulo, judeu, bicha e atleticano?! Porra, que azar, hein !!!
- E o neg�o responde:
"Usted no sabe lo peor..."
quarta-feira, dezembro 17, 2003
Tava xumbrega...
Observei algumas vezes a palavra xumbrega grafada como "chumbrega". Com n�o tenho uma alma revisora nesse blogue, fica assim mesmo, mas registrado a nossa falha.
Boa noite!
Boa noite!
Ciumento...
Um cearense vai ao m�dico depois de ter estado doente um temp�o.
O m�dico, depois de um exame detalhado, olha nos olhos dele e diz:
"- Tenho m�s not�cias... Voc� est� com c�ncer incur�vel.
Eu lhe dou de duas a quatro semanas de vida."
O cearense, chocado e triste, mas de �ndole forte, recupera-se
rapidamente e sai do consult�rio.
Na sala de espera, ele encontra seu filho, que o estava aguardando.
"Estou com c�ncer e tenho pouco tempo de vida.
Vamos ao bar tomar umas cervejas, para aliviar. "
Depois de alguns copos eles est�o mais alegres um pouco.
V�m as risadas, as gargalhadas, e mais cerveja.
Uns amigos chegam e perguntam o motivo daquela alegria toda.
O cearense repete a hist�ria da comemora��o,
dizendo que est� com Aids.
Os amigos ficam consternados, e acabam tomando
cerveja tamb�m.
No momento em que est� perto do doente,
o filho diz ao ouvido dele:
"- Paim! Voc� disse pra mim que estava com c�ncer,
mas para eles voc� disse que est� com Aids. "
O cearense olha discretamente em volta
antes de responder baixinho:
"- Eu estou com c�ncer mesmo, filho...
Eu s� n�o quero � esse pessoal ...
... comendo a tua m�e depois que eu morrer. "
O m�dico, depois de um exame detalhado, olha nos olhos dele e diz:
"- Tenho m�s not�cias... Voc� est� com c�ncer incur�vel.
Eu lhe dou de duas a quatro semanas de vida."
O cearense, chocado e triste, mas de �ndole forte, recupera-se
rapidamente e sai do consult�rio.
Na sala de espera, ele encontra seu filho, que o estava aguardando.
"Estou com c�ncer e tenho pouco tempo de vida.
Vamos ao bar tomar umas cervejas, para aliviar. "
Depois de alguns copos eles est�o mais alegres um pouco.
V�m as risadas, as gargalhadas, e mais cerveja.
Uns amigos chegam e perguntam o motivo daquela alegria toda.
O cearense repete a hist�ria da comemora��o,
dizendo que est� com Aids.
Os amigos ficam consternados, e acabam tomando
cerveja tamb�m.
No momento em que est� perto do doente,
o filho diz ao ouvido dele:
"- Paim! Voc� disse pra mim que estava com c�ncer,
mas para eles voc� disse que est� com Aids. "
O cearense olha discretamente em volta
antes de responder baixinho:
"- Eu estou com c�ncer mesmo, filho...
Eu s� n�o quero � esse pessoal ...
... comendo a tua m�e depois que eu morrer. "
Entendendo a vida do Beira Mar
Belo:
se entrega, que a coisa nem � t�o ruim assim...
Eu
Assunto: Diferencas entre Presidio e Trabalho
PRESIDIO
Voce passa a maior parte do tempo numa cela 5x6m.
TRABALHO
Voce passa a maior parte do tempo numa sala 3x4m.
_____
PRESIDIO
Voce recebe 3 refeicoes por dia.
TRABALHO
Voce so tem uma, no horario de almoco, e tem que pagar por ela.
_____
PRESIDIO
Voce e liberado por bom comportamento.
TRABALHO
Voce ganha mais trabalho com bom comportamento.
_____
PRESIDIO
Um guarda abre e fecha todas as portas para voce.
TRABALHO
Voce mesmo deve abrir as portas, se nao for barrado pela seguranca por
ter esquecido o cracha.
_____
PRESIDIO
Voce assiste TV e joga.
TRABALHO
Voce e demitido se assistir TV e jogar.
_____
PRESIDIO
Voce pode receber a visita de amigos e parentes.
TRABALHO
Voce nao tem nem tempo de lembrar deles.
_____
PRESIDIO
Todas as despesas sao pagas pelos contribuintes, sem seu esforco.
TRABALHO
Voce tem que pagar todas as suas despesas e ainda paga impostos e taxas
deduzidas de seu salario, que servem para cobrir despesas dos presos...
_____
PRESIDIO
Algumas vezes aparecem carcereiros sadicos.
TRABALHO
Eles usam um nome especifico: Gerente, Diretor, Chefe...
_____
PRESIDIO
Voce tem todo o tempo para ler piadinhas de e-mail.
TRABALHO
Ah, se te pegarem...
Repassando apenas...
se entrega, que a coisa nem � t�o ruim assim...
Eu
Assunto: Diferencas entre Presidio e Trabalho
PRESIDIO
Voce passa a maior parte do tempo numa cela 5x6m.
TRABALHO
Voce passa a maior parte do tempo numa sala 3x4m.
_____
PRESIDIO
Voce recebe 3 refeicoes por dia.
TRABALHO
Voce so tem uma, no horario de almoco, e tem que pagar por ela.
_____
PRESIDIO
Voce e liberado por bom comportamento.
TRABALHO
Voce ganha mais trabalho com bom comportamento.
_____
PRESIDIO
Um guarda abre e fecha todas as portas para voce.
TRABALHO
Voce mesmo deve abrir as portas, se nao for barrado pela seguranca por
ter esquecido o cracha.
_____
PRESIDIO
Voce assiste TV e joga.
TRABALHO
Voce e demitido se assistir TV e jogar.
_____
PRESIDIO
Voce pode receber a visita de amigos e parentes.
TRABALHO
Voce nao tem nem tempo de lembrar deles.
_____
PRESIDIO
Todas as despesas sao pagas pelos contribuintes, sem seu esforco.
TRABALHO
Voce tem que pagar todas as suas despesas e ainda paga impostos e taxas
deduzidas de seu salario, que servem para cobrir despesas dos presos...
_____
PRESIDIO
Algumas vezes aparecem carcereiros sadicos.
TRABALHO
Eles usam um nome especifico: Gerente, Diretor, Chefe...
_____
PRESIDIO
Voce tem todo o tempo para ler piadinhas de e-mail.
TRABALHO
Ah, se te pegarem...
Repassando apenas...
terça-feira, dezembro 16, 2003
Quem avisa amigo �...
Essa � pr�s minhas amigas...
Esse � especial para as mulheres......
Tudo bem. Queremos homens legais, sexys, tarados, bonitos, inteligentes e
ricos... Muito f�cil falar, pois quando aparece um assim, de bandeja, a
primeira coisa que a gente pensa �: Oba, me dei bem. Ficamos com ele uma
vez, duas e come�amos a pensar que esse � o cara que as nossas m�es
gostariam de ter como genros. Se sair um namoro, vai ser uma rela��o
est�vel. Ele vai te buscar na faculdade, vcs v�o no cinema, num barzinho,
vai ter sexo toda a semana... tudo b�sico, at� virar uma rotina sem
gra�a...
Vc vai olhar as meninas lindas e maravilhosas indo pra noite arrasar e vai
morrer de inveja.
Vai sentir falta de ouvir aquelas cantadas idiotas na noite, falta de dar
umas olhadas prum gatinho, ou de dar aquela dan�adinha mais provocativa na
pista, entao vc reflete: acho que n�o estou pronta pra isso.
E o bom menino se transforma num mala, e aos poucos vai surgindo um
nojinho, uma avers�o. Quando tu v� o nome dele no celular, n�o d� vontade
de atender... J� ERA.
Da� aquela promessa de vida est�vel vai por �gua a baixo, se o cara n�o se
d� conta, a gente come�a a ser grossa, muito grossa e o pobre menino
pensa: O q eu fiz??
Coitado, ele n�o fez nada, a culpa � nossa mesmo...
A�, a gente volta pra nossa vidinha, q a gente odiava at� duas semanas
atr�s.
A gente n�o v� a hora de sair e arrasar na noite... grande ilus�o. Vc
chega em casa depois da balada, sozinha e fica tentando descobrir porque
vc n�o est� satisfeita.
De repente foi pq o cara da night, o lindo, gostoso, misterioso, ficou
contigo, passou a m�o, tentou algo mais, mas nem sequer pediu o n�mero do
teu telefone.
FRUSTRA��O.
Da�, por mais q vc n�o queira, vc pensa no menino bonzinho que vc deixou
pra tr�s...
Enquanto isso, o bom menino, chateado, lesado, custa a entender o que ele
fez pra ter te afastado dele...
Da� essa d�vida vira ang�stia, que vira raiva. A� o cara manda tudo a puta
que pariu.. n�o quer mais saber de nada, s� de pegar muita mulher.
Resolve n�o se envolver mais, pra n�o sair lesado, chutado ou chateado...
muito bem, acabamos de criar um monstro, um cachorro...
O tempo passa e a gente continua na mesma...
Volta a reclamar da vida e dos homens.
S� queremos coisas com homens cachorros, que n�o est�o nem a� pra n�s...
Eles s�o assim por culpa nossa. O nosso cachorro de hoje, era o bom menino
de outra ontem... e assim sucessivamente...
Provavelmente, esse nosso ex-bom menino, deve estar enlouquecendo a cabe�a
de outra por a�...
E agora?
Qual � a solu��o???
O Impressionante � que se vc parar pra pensar, tanto vc j� criou um
"cachorro" quanto tb j� "catou" um que foi criado por outra...
N�o me xinguem, o texto n�o � meu e n�o sei de quem �....
Esse � especial para as mulheres......
Tudo bem. Queremos homens legais, sexys, tarados, bonitos, inteligentes e
ricos... Muito f�cil falar, pois quando aparece um assim, de bandeja, a
primeira coisa que a gente pensa �: Oba, me dei bem. Ficamos com ele uma
vez, duas e come�amos a pensar que esse � o cara que as nossas m�es
gostariam de ter como genros. Se sair um namoro, vai ser uma rela��o
est�vel. Ele vai te buscar na faculdade, vcs v�o no cinema, num barzinho,
vai ter sexo toda a semana... tudo b�sico, at� virar uma rotina sem
gra�a...
Vc vai olhar as meninas lindas e maravilhosas indo pra noite arrasar e vai
morrer de inveja.
Vai sentir falta de ouvir aquelas cantadas idiotas na noite, falta de dar
umas olhadas prum gatinho, ou de dar aquela dan�adinha mais provocativa na
pista, entao vc reflete: acho que n�o estou pronta pra isso.
E o bom menino se transforma num mala, e aos poucos vai surgindo um
nojinho, uma avers�o. Quando tu v� o nome dele no celular, n�o d� vontade
de atender... J� ERA.
Da� aquela promessa de vida est�vel vai por �gua a baixo, se o cara n�o se
d� conta, a gente come�a a ser grossa, muito grossa e o pobre menino
pensa: O q eu fiz??
Coitado, ele n�o fez nada, a culpa � nossa mesmo...
A�, a gente volta pra nossa vidinha, q a gente odiava at� duas semanas
atr�s.
A gente n�o v� a hora de sair e arrasar na noite... grande ilus�o. Vc
chega em casa depois da balada, sozinha e fica tentando descobrir porque
vc n�o est� satisfeita.
De repente foi pq o cara da night, o lindo, gostoso, misterioso, ficou
contigo, passou a m�o, tentou algo mais, mas nem sequer pediu o n�mero do
teu telefone.
FRUSTRA��O.
Da�, por mais q vc n�o queira, vc pensa no menino bonzinho que vc deixou
pra tr�s...
Enquanto isso, o bom menino, chateado, lesado, custa a entender o que ele
fez pra ter te afastado dele...
Da� essa d�vida vira ang�stia, que vira raiva. A� o cara manda tudo a puta
que pariu.. n�o quer mais saber de nada, s� de pegar muita mulher.
Resolve n�o se envolver mais, pra n�o sair lesado, chutado ou chateado...
muito bem, acabamos de criar um monstro, um cachorro...
O tempo passa e a gente continua na mesma...
Volta a reclamar da vida e dos homens.
S� queremos coisas com homens cachorros, que n�o est�o nem a� pra n�s...
Eles s�o assim por culpa nossa. O nosso cachorro de hoje, era o bom menino
de outra ontem... e assim sucessivamente...
Provavelmente, esse nosso ex-bom menino, deve estar enlouquecendo a cabe�a
de outra por a�...
E agora?
Qual � a solu��o???
O Impressionante � que se vc parar pra pensar, tanto vc j� criou um
"cachorro" quanto tb j� "catou" um que foi criado por outra...
N�o me xinguem, o texto n�o � meu e n�o sei de quem �....
Dom�nio P�blico
Frases de P�ra-choques de caminh�es:
"N�o d� risada de tudo, porque quem acha tudo gozado � faxineira de motel"
-------------------------------------
"Homem � igual a caixa de isopor: � s� encher de cerveja que voc� leva pra qualquer lugar."
-------------------------------------
"A diferen�a entre a mulher e o homem????
A mulher est� sempre pronta para o que der e vier e o homem est� sempre pronto para quem vier e der."
-------------------------------------
O caf� excessivamente quente, em copo pl�stico, reduz em dois ter�os a pot�ncia sexual do homem:
Primeiro queima os dedos; depois a l�ngua..."
-------------------------------------
"O caminho para encontrar a paz interior � terminar todas as coisas que voce come�ou."
Ent�o eu olhei ao meu redor para ver todas as coisas que eu tinha come�ado e n�o havia acabado.
Ent�o, hoje eu terminei com uma garrafa de vodka, 2 garrafas de vinho tinto, uma de Jack Daniel's, uma pequena caixa de chocolates e uma Caixa de cerveja... voc� n�o tem id�ia o qu�o bem eu me senti...
Tente voc� tamb�m....
-------------------------------------
"Nas horas dif�ceis da vida voc� deve levantar a cabe�a, estufar o peito, olhar a diante e dizer de boca cheia:
- Agora fodeu...!!!!"
-------------------------------------
-Queria ser pobre um dia na vida, porque ser todo dia � foda!!
-------------------------------------
"Eu bebo pouco, mas o pouco que bebo me transforma em outra pessoa, e essa outra pessoa sim, bebe pra cacete"
-------------------------------------
"Qual � a principal diferen�a entre frustra��o e desespero? Frustra��o � quando voc� pela primeira vez n�o consegue dar a segunda...
Desespero � quando voc� pela segunda vez n�o consegue dar a primeira..."
-------------------------------------
"Se sua sogra � uma j�ia......
N�s temos a caixinha !!!!!!!!! "
Funer�ria S�o Jos�
-------------------------------------
As mulheres s�o como o vinho, com o passar dos anos, umas se tornam ainda mais doces, outras, azedam.
As que azedam � por falta de "rolha"!
-------------------------------------
"DEVO TANTO QUE, SE EU CHAMAR MINHA MULHER DE BEM, O BANCO TOMA!!"
-------------------------------------
Um dia li que fumar era mau e deixei de fumar.
Li que beber era mau e deixei de beber.
Li que comer gorduras era mau e deixei de comer.
Li que sexo era mau e ... deixei de ler !!!!
-------------------------------------
Estudos comprovam que a posi��o sexual que os casais mais usam � a de cachorrinho :
o marido senta e implora...
a mulher rola e finge de morta...
-------------------------------------
"Passado de mulher � igual a cozinha de restaurante: melhor n�o conhecer sen�o voc� n�o come."
-------------------------------------
N�o beba dirigindo! Voc� pode derrubar a cerveja.
-------------------------------------
N�o se ache horr�vel pela manh�: acorde ao meio dia!!!
-------------------------------------
"Aprenda uma coisa: o mundo n�o gira em torno de voc�.... S� quando voc� bebe demais."
-------------------------------------
"Eu bebo pra ficar ruim mesmo, porque se fosse pra ficar bom eu tomava rem�dio!"
-------------------------------------
"A especialidade m�dica que tem maior vis�o das coisas � a ginecologia: Enxerga at� l� na casa do car......"
-------------------------------------
"Chifre � igual a cons�rcio: quando voc� menos espera, � contemplado."
-------------------------------------
"Em dia de tempestades e trovoadas o local mais seguro � perto da sogra, pois n�o h� raio que a parta."
-------------------------------------
"Se n�o houve amor, valeu pelo gostar.
e n�o houve gostar, valeu pelo querer.
Se n�o houve querer, valeu pela alegria de estar com voc�.
Se n�o houve alegria, valeu pela amizade.
Se n�o houve amizade, valeu pela inten��o.
Se n�o houve inten��o: foda-se , vai ser exigente assim, na puta que pariu !!!!"
"N�o d� risada de tudo, porque quem acha tudo gozado � faxineira de motel"
-------------------------------------
"Homem � igual a caixa de isopor: � s� encher de cerveja que voc� leva pra qualquer lugar."
-------------------------------------
"A diferen�a entre a mulher e o homem????
A mulher est� sempre pronta para o que der e vier e o homem est� sempre pronto para quem vier e der."
-------------------------------------
O caf� excessivamente quente, em copo pl�stico, reduz em dois ter�os a pot�ncia sexual do homem:
Primeiro queima os dedos; depois a l�ngua..."
-------------------------------------
"O caminho para encontrar a paz interior � terminar todas as coisas que voce come�ou."
Ent�o eu olhei ao meu redor para ver todas as coisas que eu tinha come�ado e n�o havia acabado.
Ent�o, hoje eu terminei com uma garrafa de vodka, 2 garrafas de vinho tinto, uma de Jack Daniel's, uma pequena caixa de chocolates e uma Caixa de cerveja... voc� n�o tem id�ia o qu�o bem eu me senti...
Tente voc� tamb�m....
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"Nas horas dif�ceis da vida voc� deve levantar a cabe�a, estufar o peito, olhar a diante e dizer de boca cheia:
- Agora fodeu...!!!!"
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-Queria ser pobre um dia na vida, porque ser todo dia � foda!!
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"Eu bebo pouco, mas o pouco que bebo me transforma em outra pessoa, e essa outra pessoa sim, bebe pra cacete"
-------------------------------------
"Qual � a principal diferen�a entre frustra��o e desespero? Frustra��o � quando voc� pela primeira vez n�o consegue dar a segunda...
Desespero � quando voc� pela segunda vez n�o consegue dar a primeira..."
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"Se sua sogra � uma j�ia......
N�s temos a caixinha !!!!!!!!! "
Funer�ria S�o Jos�
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As mulheres s�o como o vinho, com o passar dos anos, umas se tornam ainda mais doces, outras, azedam.
As que azedam � por falta de "rolha"!
-------------------------------------
"DEVO TANTO QUE, SE EU CHAMAR MINHA MULHER DE BEM, O BANCO TOMA!!"
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Um dia li que fumar era mau e deixei de fumar.
Li que beber era mau e deixei de beber.
Li que comer gorduras era mau e deixei de comer.
Li que sexo era mau e ... deixei de ler !!!!
-------------------------------------
Estudos comprovam que a posi��o sexual que os casais mais usam � a de cachorrinho :
o marido senta e implora...
a mulher rola e finge de morta...
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"Passado de mulher � igual a cozinha de restaurante: melhor n�o conhecer sen�o voc� n�o come."
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N�o beba dirigindo! Voc� pode derrubar a cerveja.
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N�o se ache horr�vel pela manh�: acorde ao meio dia!!!
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"Aprenda uma coisa: o mundo n�o gira em torno de voc�.... S� quando voc� bebe demais."
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"Eu bebo pra ficar ruim mesmo, porque se fosse pra ficar bom eu tomava rem�dio!"
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"A especialidade m�dica que tem maior vis�o das coisas � a ginecologia: Enxerga at� l� na casa do car......"
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"Chifre � igual a cons�rcio: quando voc� menos espera, � contemplado."
-------------------------------------
"Em dia de tempestades e trovoadas o local mais seguro � perto da sogra, pois n�o h� raio que a parta."
-------------------------------------
"Se n�o houve amor, valeu pelo gostar.
e n�o houve gostar, valeu pelo querer.
Se n�o houve querer, valeu pela alegria de estar com voc�.
Se n�o houve alegria, valeu pela amizade.
Se n�o houve amizade, valeu pela inten��o.
Se n�o houve inten��o: foda-se , vai ser exigente assim, na puta que pariu !!!!"
Esse � de um amigo...
Pontos corridos
Trabalhando h� anos como professor, em Belo Horizonte, no Col�gio Loyola, onde permane�o, e no Col�gio Santo Ant�nio, de onde sa� recentemente, tive o privil�gio de receber na minha forma��o espiritual influ�ncias tanto inacianas, como do Pe. Adroaldo, quanto franciscanas, em especial do inesquec�vel Frei Hil�rio. Para completar trazia comigo uma riqueza imensa proporcionada por um padre secular, o Pe. Candinho, da minha par�quia, que ensinou-me a fazer uma s�ntese dessas sabedorias que �minam� no dia a dia.
Uma delas ouvi de um outro mestre muito querido, o Pe. Lib�nio, que disse uma frase que me fez pensar: �O crist�o � uma pessoa absolutamente igual a todo mundo, mas que v� as coisas de um modo diferente...�
O sempre franciscano, Leonardo Boff, chama isso de �olhar sacramental�. Santo In�cio dizia que trata-se de �sentir e saborear as coisas internamente� No fundo, apontam na mesma dire��o. O crist�o � convidado permanentemente a perceber �o mist�rio que mora nas coisas e pessoas�.
O momento presente � prop�cio a esse exerc�cio. O in�cio de um novo ano sup�e que outro se acabou. � preciso, portanto, recolher para acolher. O que vivemos, as experi�ncias vividas, recolhidas, ir�o alimentar o tempo novo desde que sejamos capazes de saborear o gosto dos mist�rios revelados no cotidiano.
Eu sou crist�o. Logo sou igual a todo mundo. Mas diferente. A come�ar porque sou �nico. Podem me clonar e o clone, solto na vida, vai dar uma pessoa diferente. E o diferente come�a por esse modo de olhar as coisas.
Sendo brasileiro, sou igual aos outros tamb�m numa paix�o: o futebol. J� joguei (e bem), gosto de assistir, torcer, participar das discuss�es que mudam de rumo de acordo com a safra. Sucessos e fracassos oscilam de lado e fazem a alegria de uns, de outros e de todos. Nos �ltimos tempos tenho tido um motivo a mais para gostar de futebol: sou cruzeirense. Meu time ganhou quase tudo no ano que passou, inclusive o t�o sonhado t�tulo brasileiro. Pois foi justamente essa conquista futebol�stica que me convidou a �um olhar diferente...�
A grande novidade no futebol brasileiro em 2003 foi a f�rmula de disputa do campeonato. Pela primeira vez usou-se o sistema de pontos corridos. Se voc� n�o sabe, eu explico. Os times todos jogam uns contra os outros, um jogo na sua cidade, outro na do advers�rio e v�o somando os pontos. Ao final, quem acumular mais sucessos, e portanto mais pontos, ser� o campe�o.
Outra coisa interessante do sistema de pontos corridos � que ele cria v�rios vencedores, ao inv�s de um s�. A disputa principal, � claro, � pelo t�tulo de campe�o. Mas h� uma outra competi��o pela classifica��o para outros torneios. Do 2� ao 5� lugar, vale vaga para a Ta�a Libertadores da
Am�rica, o torneio mais importante continente. At� a 10� coloca��o, acho, classifica-se para outra copa, a Sul-Americana. E l� em baixo, na tabela, h� a disputa para n�o cair para a Segunda Divis�o. E na Segunda Divis�o, a disputa � para subir para a Primeira. E para os que ficaram no meio, sem ganhar nada, fica o desafio de uma melhor prepara��o para o ano que vem. Ou seja, valoriza-se o dia a dia, o trabalho, o esfor�o de cada partida, numa palavra, o cotidiano.
Ao inv�s de tirar o t�tulo da cartola, no �ltimo jogo, privilegia-se a compet�ncia de quem trabalhou ao longo de todo o campeonato.
Quem n�o acompanha muito o futebol brasileiro deve estar pensando; mas qual � a novidade nisso a�? Inventaram a roda? Esse sistema n�o � o �bvio? �, mas n�o era. Desde que o campeonato existe j� vimos de tudo, toda sorte de f�rmulas, sistemas e esquemas que possibilitavam que o campe�o, por exemplo, tivesse menos pontos que um outro time. O melhor acabava sendo eliminado num torneio extra chamado apropriadamente de mata-mata.
O engra�ado � que esses sistemas malucos tem muitos defensores, inclusive a poderosa Televis�o que � quem d� as cartas atrav�s do poder econ�mico, comprando os direitos de transmiss�o dos jogos.
Por a� a gente come�a a entender. A Televis�o, por sua natureza, detesta o cotidiano. Televis�o precisa do inusitado, do surpreendente, do espetacular. O dia a dia n�o d� ibope. Vejam, por exemplo, as novelas. Como admiro os escritores de novela! Eles conseguem produzir seis meses de uma hist�ria em cap�tulos em que todos eles, todos, sem exce��o, terminam com um suspense no ar para garantir a audi�ncia do dia seguinte.
Do lado de c�, na poltrona, o telespectador assiste a tudo, fisgado pelas emo��es, alienado, muitas vezes imbecilizado, sem considerar que a sua vida n�o � assim, a vida de ningu�m � assim. Vivemos no cotidiano a experi�ncia da rotina, da simplicidade, do ordin�rio. E � a� que somos chamados a descobrir o novo, o permanente, o especial, o extraordin�rio.
Posso estar exagerando, mas o recado que passamos aos nossos jovens, via �dolos esportivos, � muito claro. Se colocarmos como modelo o Rom�rio (de hoje), teremos como valores, a esperteza, a artimanha, a surpresa, o inesperado. Se colocarmos no trono o Alex, estaremos valorizando o trabalho, o suor, a aplica��o, sem abrirmos m�o da arte e do talento.
Significativamente o Comit� Ol�mpico Brasileiro escolheu recentemente como os melhores atletas do ano de 2003 o tenista Fernando Meligeni e a ginasta Daiane do Santos. Dois exemplos de esfor�o cotidiano.
Diante desses fatos t�o banais na nossa m�dia esportiva, sou chamado a Ter, como crist�o, aquele �olhar diferente�. Penso que h� na narrativa da vida de Jesus, um evangelho oculto, an�nimo, que parece nos dizer: o extraordin�rio � preparado, � gestado na simplicidade. As informa��es sobre a vida de Jesus tem lacunas imensas. N�o sabemos como foi sua inf�ncia, sua adolesc�ncia e juventude, como chegou � idade adulta. Tudo ficou l�, escondido, para revelar-se depois, nas suas palavras, nos seus gestos, na sua vida p�blica. Ele �gastou� a maior parte do tempo da Encarna��o �trabalhando em sil�ncio�... no cotidiano...
Mas n�s, muitas vezes, corremos atr�s do espet�culo, precisamos desesperadamente dos �ndices de audi�ncia. Queremos o brilho dos milagres diante dos holofotes, queremos ser celebridades. Por isso os cartolas do futebol n�o conseguem aceitar um torneio que, ao final, d� o pr�mio ao cotidiano, ao time que ao longo de um ano inteiro buscou aperfei�oar-se nos treinos, investiu em cada jogo, no esfor�o do dia a dia, aprendendo com os trope�os, reconhecendo seus limites, investindo e aprimorando suas qualidades, na conquista passo a passo, de alegrias saboreadas uma a uma.
N�o. Para os nossos �dirigentes� o cotidiano pode ser superado, ao final, por um golpe de sorte (ou outros tipos de golpe...), por algu�m que foi mais �esperto�, descobriu um atalho, um momento de brilho, um flash! Acho que se Santo In�cio de Loyola fosse consultado sobre o assunto, optaria pelos pontos corridos (e acho que seria cruzeirense tamb�m...)
Ele nos convidaria a olhar o ano que passou e somar os pontos. Ir�amos perceber que entre vit�rias, derrotas, empates, houve, sobretudo, a vida! Vivemos! Experimentamos sabores que vieram nos acontecimentos, nas pessoas, no tempo que passa e nos convida a ir junto, rumo � novidade de cada dia.
Fim de ano, come�o de ano. Hora de somar os pontos corridos, os fatos ocorridos, as experi�ncias colhidas, as pessoas acolhidas, a vida que nos foi dada.
Valorizar o cotidiano, descobrir o mist�rio que mora nas coisas, sentir e saborear intimamente os dias que recebemos de presente. Os vividos e os que vir�o.
Ser e fazer como os outros, mas diferente. A come�ar por perceber que n�o basta desejar um feliz Ano Novo. Al�m de desejado, ele est� a� para ser constru�do. No cotidiano.
Por pontos corridos...
Eduardo Machado
15/12/2003
Trabalhando h� anos como professor, em Belo Horizonte, no Col�gio Loyola, onde permane�o, e no Col�gio Santo Ant�nio, de onde sa� recentemente, tive o privil�gio de receber na minha forma��o espiritual influ�ncias tanto inacianas, como do Pe. Adroaldo, quanto franciscanas, em especial do inesquec�vel Frei Hil�rio. Para completar trazia comigo uma riqueza imensa proporcionada por um padre secular, o Pe. Candinho, da minha par�quia, que ensinou-me a fazer uma s�ntese dessas sabedorias que �minam� no dia a dia.
Uma delas ouvi de um outro mestre muito querido, o Pe. Lib�nio, que disse uma frase que me fez pensar: �O crist�o � uma pessoa absolutamente igual a todo mundo, mas que v� as coisas de um modo diferente...�
O sempre franciscano, Leonardo Boff, chama isso de �olhar sacramental�. Santo In�cio dizia que trata-se de �sentir e saborear as coisas internamente� No fundo, apontam na mesma dire��o. O crist�o � convidado permanentemente a perceber �o mist�rio que mora nas coisas e pessoas�.
O momento presente � prop�cio a esse exerc�cio. O in�cio de um novo ano sup�e que outro se acabou. � preciso, portanto, recolher para acolher. O que vivemos, as experi�ncias vividas, recolhidas, ir�o alimentar o tempo novo desde que sejamos capazes de saborear o gosto dos mist�rios revelados no cotidiano.
Eu sou crist�o. Logo sou igual a todo mundo. Mas diferente. A come�ar porque sou �nico. Podem me clonar e o clone, solto na vida, vai dar uma pessoa diferente. E o diferente come�a por esse modo de olhar as coisas.
Sendo brasileiro, sou igual aos outros tamb�m numa paix�o: o futebol. J� joguei (e bem), gosto de assistir, torcer, participar das discuss�es que mudam de rumo de acordo com a safra. Sucessos e fracassos oscilam de lado e fazem a alegria de uns, de outros e de todos. Nos �ltimos tempos tenho tido um motivo a mais para gostar de futebol: sou cruzeirense. Meu time ganhou quase tudo no ano que passou, inclusive o t�o sonhado t�tulo brasileiro. Pois foi justamente essa conquista futebol�stica que me convidou a �um olhar diferente...�
A grande novidade no futebol brasileiro em 2003 foi a f�rmula de disputa do campeonato. Pela primeira vez usou-se o sistema de pontos corridos. Se voc� n�o sabe, eu explico. Os times todos jogam uns contra os outros, um jogo na sua cidade, outro na do advers�rio e v�o somando os pontos. Ao final, quem acumular mais sucessos, e portanto mais pontos, ser� o campe�o.
Outra coisa interessante do sistema de pontos corridos � que ele cria v�rios vencedores, ao inv�s de um s�. A disputa principal, � claro, � pelo t�tulo de campe�o. Mas h� uma outra competi��o pela classifica��o para outros torneios. Do 2� ao 5� lugar, vale vaga para a Ta�a Libertadores da
Am�rica, o torneio mais importante continente. At� a 10� coloca��o, acho, classifica-se para outra copa, a Sul-Americana. E l� em baixo, na tabela, h� a disputa para n�o cair para a Segunda Divis�o. E na Segunda Divis�o, a disputa � para subir para a Primeira. E para os que ficaram no meio, sem ganhar nada, fica o desafio de uma melhor prepara��o para o ano que vem. Ou seja, valoriza-se o dia a dia, o trabalho, o esfor�o de cada partida, numa palavra, o cotidiano.
Ao inv�s de tirar o t�tulo da cartola, no �ltimo jogo, privilegia-se a compet�ncia de quem trabalhou ao longo de todo o campeonato.
Quem n�o acompanha muito o futebol brasileiro deve estar pensando; mas qual � a novidade nisso a�? Inventaram a roda? Esse sistema n�o � o �bvio? �, mas n�o era. Desde que o campeonato existe j� vimos de tudo, toda sorte de f�rmulas, sistemas e esquemas que possibilitavam que o campe�o, por exemplo, tivesse menos pontos que um outro time. O melhor acabava sendo eliminado num torneio extra chamado apropriadamente de mata-mata.
O engra�ado � que esses sistemas malucos tem muitos defensores, inclusive a poderosa Televis�o que � quem d� as cartas atrav�s do poder econ�mico, comprando os direitos de transmiss�o dos jogos.
Por a� a gente come�a a entender. A Televis�o, por sua natureza, detesta o cotidiano. Televis�o precisa do inusitado, do surpreendente, do espetacular. O dia a dia n�o d� ibope. Vejam, por exemplo, as novelas. Como admiro os escritores de novela! Eles conseguem produzir seis meses de uma hist�ria em cap�tulos em que todos eles, todos, sem exce��o, terminam com um suspense no ar para garantir a audi�ncia do dia seguinte.
Do lado de c�, na poltrona, o telespectador assiste a tudo, fisgado pelas emo��es, alienado, muitas vezes imbecilizado, sem considerar que a sua vida n�o � assim, a vida de ningu�m � assim. Vivemos no cotidiano a experi�ncia da rotina, da simplicidade, do ordin�rio. E � a� que somos chamados a descobrir o novo, o permanente, o especial, o extraordin�rio.
Posso estar exagerando, mas o recado que passamos aos nossos jovens, via �dolos esportivos, � muito claro. Se colocarmos como modelo o Rom�rio (de hoje), teremos como valores, a esperteza, a artimanha, a surpresa, o inesperado. Se colocarmos no trono o Alex, estaremos valorizando o trabalho, o suor, a aplica��o, sem abrirmos m�o da arte e do talento.
Significativamente o Comit� Ol�mpico Brasileiro escolheu recentemente como os melhores atletas do ano de 2003 o tenista Fernando Meligeni e a ginasta Daiane do Santos. Dois exemplos de esfor�o cotidiano.
Diante desses fatos t�o banais na nossa m�dia esportiva, sou chamado a Ter, como crist�o, aquele �olhar diferente�. Penso que h� na narrativa da vida de Jesus, um evangelho oculto, an�nimo, que parece nos dizer: o extraordin�rio � preparado, � gestado na simplicidade. As informa��es sobre a vida de Jesus tem lacunas imensas. N�o sabemos como foi sua inf�ncia, sua adolesc�ncia e juventude, como chegou � idade adulta. Tudo ficou l�, escondido, para revelar-se depois, nas suas palavras, nos seus gestos, na sua vida p�blica. Ele �gastou� a maior parte do tempo da Encarna��o �trabalhando em sil�ncio�... no cotidiano...
Mas n�s, muitas vezes, corremos atr�s do espet�culo, precisamos desesperadamente dos �ndices de audi�ncia. Queremos o brilho dos milagres diante dos holofotes, queremos ser celebridades. Por isso os cartolas do futebol n�o conseguem aceitar um torneio que, ao final, d� o pr�mio ao cotidiano, ao time que ao longo de um ano inteiro buscou aperfei�oar-se nos treinos, investiu em cada jogo, no esfor�o do dia a dia, aprendendo com os trope�os, reconhecendo seus limites, investindo e aprimorando suas qualidades, na conquista passo a passo, de alegrias saboreadas uma a uma.
N�o. Para os nossos �dirigentes� o cotidiano pode ser superado, ao final, por um golpe de sorte (ou outros tipos de golpe...), por algu�m que foi mais �esperto�, descobriu um atalho, um momento de brilho, um flash! Acho que se Santo In�cio de Loyola fosse consultado sobre o assunto, optaria pelos pontos corridos (e acho que seria cruzeirense tamb�m...)
Ele nos convidaria a olhar o ano que passou e somar os pontos. Ir�amos perceber que entre vit�rias, derrotas, empates, houve, sobretudo, a vida! Vivemos! Experimentamos sabores que vieram nos acontecimentos, nas pessoas, no tempo que passa e nos convida a ir junto, rumo � novidade de cada dia.
Fim de ano, come�o de ano. Hora de somar os pontos corridos, os fatos ocorridos, as experi�ncias colhidas, as pessoas acolhidas, a vida que nos foi dada.
Valorizar o cotidiano, descobrir o mist�rio que mora nas coisas, sentir e saborear intimamente os dias que recebemos de presente. Os vividos e os que vir�o.
Ser e fazer como os outros, mas diferente. A come�ar por perceber que n�o basta desejar um feliz Ano Novo. Al�m de desejado, ele est� a� para ser constru�do. No cotidiano.
Por pontos corridos...
Eduardo Machado
15/12/2003
segunda-feira, dezembro 15, 2003
"Ai, ser� que fiz bobagem...???? (Eu...)
Bom, confesso que corri a mais umas pesquisas sobre a quest�o da loteria, e fiquei "encantado" de como a internet oferece servi�os para pessoas chatas de todos os tipos. Os spammers, ent�o, nem se fala...
Na pesquisa que comecei a fazer sobre o sufixo "ws", cheguei ao site-m�e, http://www.active.ws/domains, e l� descobri que isso tamb�m faz parte do jogo dos spammers. Ainda assim, sem saber que a que prop�sito serve a seq��ncia que se d� a uma troca de correspond�ncia com uma pessoa da qual voc� vai vai precisar ter uma forma de identifica��o positiva, como dado de conta banc�ria, etc e tal. Com certeza, se a "conversa" segue, n�o pode me parecer algo inocente...
Esse site citado (ainda se algu�m me l�, se n�o navegar� para saber do que se trata, explico: um site de "ferramentas para webmasters" ou algum tipo de aventureiro que se preste a se inscrever em sites de loterias verdadeiras, sorteios de televisores, DVD's, etc, tudo com o aparente fim de fazer lista de milh�es de e-mails) ensina aos "criadores de p�ginas" ou "garotos do computador" - sem querer ofender os corretos, se houver...- como "ganhar" dinheiro com servi�os na rede. Outro dia, li que em New York, tem 2 milh�es de contas de e-mail (n�o que ache EUA refer�nca para nada, mas esse neg�cio � maior l�, e o cara que reclamava fez a pesquisa em New York...). Isso quer dizer que a cada "ponto percentual" Os sites de comercializa��o de contas atuantes de e-mail, d�o um DVD num sorteio nacional. Promovido por uma empresa que realmente entrega o pr�mio, ap�s tudo penosa e exigentemente comprovado e registrado com fotos e depoimentos. Um neg�cio de promo��o, como tantos que existem. Para se ter uma id�ia, tem um site linkado que leva para uma rela��o dos pr�mios em andamento, para voc� se inscrever neles e concorrer a todo tipo de premia��o. E seu e-mail, rodando as listas de e-mails atuantes...
Mas o mercado � exigente, e de repente tem comprador para lista dos que falam ingl�s e moram em "pa�ses em desenvolvimento" e podem viajar ao exterior, podem dispor de cart�es de cr�dito, etc e tal. Com isso, voc� depois monta um golpe de comprar uma lista dessas pessoas e plantar um golpe que no final das contas, o "incauto" vai acabar dando um n�mero de cart�o de cr�dito que � v�lido e pode ter sido usado (eles devem checar isso...) em viagem recente. A fonte do e-mail pode at� ser os mailing dos hot�is pelo mundo, por exemplo, ou lojas, bares e restaurantes que voc� anota, esperan�oso de receber um coquetel gr�tis, seu nome, endere�o, e-mail...
�, em tudo, um neg�cio na maior parte de suas fases, l�cito.
Mas acaba por revelar ao mundo suas prefer�ncias, h�bitos, gostos, leitura, impulso consumista...
A rede vai virar uma loteria, ou j� �...
�s vezes, voc� ganha alguma coisa que presta, ou conhece pessoas interessantes.
Outras, voc� s� perde seu tempo, como tamb�m se perde dinheiro nas loterias, na doce e humana ilus�o de que h� almas g�meas � sua, para "conversar", trocar id�ias, conhecer, namorar e viver feliz para sempre, se esse for seu objetivo na vida, ou na doce ilus�o de que o dinheiro trar� a t�o esperada felicidade para sempre.
Para sempre, como nunca, � tempo demais!
Melhor viver hoje como puder do que para sempre na ilus�o, ou nunca feliz.
Fale sempre, ou nunca!
Bom, confesso que corri a mais umas pesquisas sobre a quest�o da loteria, e fiquei "encantado" de como a internet oferece servi�os para pessoas chatas de todos os tipos. Os spammers, ent�o, nem se fala...
Na pesquisa que comecei a fazer sobre o sufixo "ws", cheguei ao site-m�e, http://www.active.ws/domains, e l� descobri que isso tamb�m faz parte do jogo dos spammers. Ainda assim, sem saber que a que prop�sito serve a seq��ncia que se d� a uma troca de correspond�ncia com uma pessoa da qual voc� vai vai precisar ter uma forma de identifica��o positiva, como dado de conta banc�ria, etc e tal. Com certeza, se a "conversa" segue, n�o pode me parecer algo inocente...
Esse site citado (ainda se algu�m me l�, se n�o navegar� para saber do que se trata, explico: um site de "ferramentas para webmasters" ou algum tipo de aventureiro que se preste a se inscrever em sites de loterias verdadeiras, sorteios de televisores, DVD's, etc, tudo com o aparente fim de fazer lista de milh�es de e-mails) ensina aos "criadores de p�ginas" ou "garotos do computador" - sem querer ofender os corretos, se houver...- como "ganhar" dinheiro com servi�os na rede. Outro dia, li que em New York, tem 2 milh�es de contas de e-mail (n�o que ache EUA refer�nca para nada, mas esse neg�cio � maior l�, e o cara que reclamava fez a pesquisa em New York...). Isso quer dizer que a cada "ponto percentual" Os sites de comercializa��o de contas atuantes de e-mail, d�o um DVD num sorteio nacional. Promovido por uma empresa que realmente entrega o pr�mio, ap�s tudo penosa e exigentemente comprovado e registrado com fotos e depoimentos. Um neg�cio de promo��o, como tantos que existem. Para se ter uma id�ia, tem um site linkado que leva para uma rela��o dos pr�mios em andamento, para voc� se inscrever neles e concorrer a todo tipo de premia��o. E seu e-mail, rodando as listas de e-mails atuantes...
Mas o mercado � exigente, e de repente tem comprador para lista dos que falam ingl�s e moram em "pa�ses em desenvolvimento" e podem viajar ao exterior, podem dispor de cart�es de cr�dito, etc e tal. Com isso, voc� depois monta um golpe de comprar uma lista dessas pessoas e plantar um golpe que no final das contas, o "incauto" vai acabar dando um n�mero de cart�o de cr�dito que � v�lido e pode ter sido usado (eles devem checar isso...) em viagem recente. A fonte do e-mail pode at� ser os mailing dos hot�is pelo mundo, por exemplo, ou lojas, bares e restaurantes que voc� anota, esperan�oso de receber um coquetel gr�tis, seu nome, endere�o, e-mail...
�, em tudo, um neg�cio na maior parte de suas fases, l�cito.
Mas acaba por revelar ao mundo suas prefer�ncias, h�bitos, gostos, leitura, impulso consumista...
A rede vai virar uma loteria, ou j� �...
�s vezes, voc� ganha alguma coisa que presta, ou conhece pessoas interessantes.
Outras, voc� s� perde seu tempo, como tamb�m se perde dinheiro nas loterias, na doce e humana ilus�o de que h� almas g�meas � sua, para "conversar", trocar id�ias, conhecer, namorar e viver feliz para sempre, se esse for seu objetivo na vida, ou na doce ilus�o de que o dinheiro trar� a t�o esperada felicidade para sempre.
Para sempre, como nunca, � tempo demais!
Melhor viver hoje como puder do que para sempre na ilus�o, ou nunca feliz.
Fale sempre, ou nunca!
Doa��o Milion�ria
Ai, mais um...
Coleciono esse tipo rid�culo de propostas milion�rias:
FROM: THE DESK OF THE PROMOTIONS MANAGER,
INTERNATIONAL PROMOTIONS/PRIZE AWARD DEPARTMENT,
REF: GSL/407/8580029/335M
BATCH: 6304/03/LCF
RE: YOUR LOTTERY WINNING NOTIFICATION AND FINAL NOTICE!
WE ARE PLEASED TO INFORM YOU OF THE ANNOUNCEMENT TODAY, YOU'VE WON US$335,000.00 DOLLARS IN CASH
AS A WINNER OF THE BIDA TROPICAL LOTTOS INTERNATIONAL PROGRAM.
TO BEGIN YOUR CLAIM, PLEASE VISIT OUR PARTNER OFFICIAL WEBSITE AT WWW.BIDAGROUP.OFFICIAL.WS AND
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BECAUSE YOU OPENED FREE EMAIL ON INTERNET, THE EMAIL PROVIDER SUBMITED NAMES FOR TROPICAL LOTTOS
AND YOUR DETAILS ATTACHED TO TICKET NUMBER 31-00-8-80-35, WITH SERIAL NUMBER 1711935 DREW
THE WINNING LUCKY NUMBERS 9 16 11 14 43 35, REFERENCE YOUR WINNING NUMBERS WHEN NECESSARY.
YOU HAVE THEREFORE BEEN APPROVED FOR A LUMP SUM PAY OF US$335,000.00 DOLLARS IN CASH CREDITED
TO FILE REF NO. REF: GSL/407/8580029/335M. ALL PARTICIPANTS WERE SELECTED THROUGH A COMPUTER BALLOT
SYSTEM DRAWN FROM 25,000 NAMES FROM MIDDLE EAST, ASIA, AFRICA, CANADA,EUROPE, AUSTRALIA,
NEW ZEALAND, SOUTH AND NORTH AMERICA AS PART OF OUR INTERNATIONAL PROMOTIONS PROGRAM.
CONGRATULATIONS!
YOUR FUND IS NOW DEPOSITED WITH AN INTERNATIONAL FINANCE AND SECURITY HOUSE INSURED IN YOUR NAME.
DUE TO THE MIX UP OF SOME NUMBERS AND NAMES, WE ASK THAT YOU KEEP THIS AWARD STRICTLY FROM PUBLIC
NOTICE UNTIL YOUR CLAIM HAS BEEN PROCESSED AND YOUR MONEY REMITTED TO YOUR ACCOUNT.
THIS IS PART OF OUR SECUITY PROTOCOL TO AVOID DOUBLE CLAIMING OR UNSCRUPULOUS ACTS BY PARTICIPANTS
OF THIS PROGRAM.
WE HOPE WITH A PART OF YOUR PRIZE, YOU WILL PARTICIPATE IN OUR NEW YEAR HIGH STAKES
US$30 MILLION DOLLARS INTERNATIONAL LOTTERY.
TO BEGIN YOUR CLAIM, PLEASE VISIT OUR PARTNER OFFICIAL WEBSITE AT WWW.BIDAGROUP.OFFICIAL.WS AND
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EDWIN MONTEGOMERY,
FOREIGN SERVICE MANAGER,
TEL: +00 1703-285-2505
FAX :+00 1206-338-5648
EMAIL:bidalottery@fsmail.net
FOR DUE PROCESSING AND REMITTANCE OF YOUR PRIZEREMEMBER TO QUOTE YOUR REFERENCE AND BATCH NUMBERS
IN EVERY ONE OF YOUR CORRESPONDENCES WITH YOUR AGENT. FURTHERMORE, SHOULD THERE BE ANY
CHANGE OF YOUR ADDRESS, DO INFORM YOUR CLAIMS AGENT AS SOON AS POSSIBLE.
CONGRATULATIONS AGAIN FROM ALL OUR STAFF AND THANK YOU FOR BEING PART OF OUR PROMOTIONAL PROGRAM.
SINCERELY,
THE PROMOTIONS MANAGER,
BIDA TROPICAL LOTTO.
WEB:www.bidagroup.official.ws
N.B. ANY BREACH OF CONFIDENTIALITY ON THE PART OF THE WINNERS WILL RESULT TO DISQUALIFICATION.
PLEASE DO NOT REPLY TO THIS MAIL. CONTACT YOUR CLAIM AGENT
Bom, pelo dito, a minha quebra de confidencialidade desse e-mail que desabilita para o pr�mio, ent�o nem eu nem ningu�m precisa cair nesse golpe sabe-se l� com que prop�sitos...
J� h� muitos anos a Globo mostrou no Fant�stico um entrevista de um brasileiro que topou responder uma carta dessas. O cara foi salvo porqu� os golpistas souberam que eles estavam sendo filmados, e fugiram.
Ele ia morrer em 10 mil d�lares, se n�o me engano.
O golpe tem variantes, e � mais comum eu receber umas 5 por semana com umas est�rias de pa�ses africanos e fortunas em bancos sui�os, de herdeiros escondidos ou "fi�is" secret�rios de ditadores. Ou obras na Nig�ria.
Ali�s, outro dia eu recebi um muito interessante: era de um suposto ministro especial da Nig�ria, dizendo que gerenciava todos os fundos do pa�s, numa nova ordem de moralidade l� implantada (sic). E que se eu n�o me cadastrasse novamente, n�o poderia receber valores que j� estariam � minha disposi��o... Ou que se eu tivesse alguma "heran�a" ou faturas pendentes para receber na Nig�ria, eu deveria declar�-la a esse suposto ministro para poder receb�-la.
...
Enfim, para os que, se houver algu�m que me l�, que n�o saiba ingl�s (q�anta exg�ncia: que me leia e saiba ingl�s seria a minha prefer�ncia ou diretriz desse blogue?!), o texto acima disse que eu ganhei 335 mil d�lares numa suposta loteria, e que deveria acessar um site de um certo "Bida Group", que � uma empresa listada nas "500 mais" da Fortune e uma das "1000 n�o sei das q�antas". Isso eu vi no site da citada "loteria". Um sitezinho muito chumbrega para uma das 500 maiores empresas americanas listadas na Fortune. E nenhuma refer�ncia consistente nos sites de busca.
Ent�o, se for verdade, acabei de torrar 335 mil d�lares, gente!
Sinto-me um verdadeiro milion�rio. Quase um Leonardo de C�prio na quilha do Titanic...
Doe algum para mim tamb�m!
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BIDA TROPICAL LOTTO.
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N.B. ANY BREACH OF CONFIDENTIALITY ON THE PART OF THE WINNERS WILL RESULT TO DISQUALIFICATION.
PLEASE DO NOT REPLY TO THIS MAIL. CONTACT YOUR CLAIM AGENT
Bom, pelo dito, a minha quebra de confidencialidade desse e-mail que desabilita para o pr�mio, ent�o nem eu nem ningu�m precisa cair nesse golpe sabe-se l� com que prop�sitos...
J� h� muitos anos a Globo mostrou no Fant�stico um entrevista de um brasileiro que topou responder uma carta dessas. O cara foi salvo porqu� os golpistas souberam que eles estavam sendo filmados, e fugiram.
Ele ia morrer em 10 mil d�lares, se n�o me engano.
O golpe tem variantes, e � mais comum eu receber umas 5 por semana com umas est�rias de pa�ses africanos e fortunas em bancos sui�os, de herdeiros escondidos ou "fi�is" secret�rios de ditadores. Ou obras na Nig�ria.
Ali�s, outro dia eu recebi um muito interessante: era de um suposto ministro especial da Nig�ria, dizendo que gerenciava todos os fundos do pa�s, numa nova ordem de moralidade l� implantada (sic). E que se eu n�o me cadastrasse novamente, n�o poderia receber valores que j� estariam � minha disposi��o... Ou que se eu tivesse alguma "heran�a" ou faturas pendentes para receber na Nig�ria, eu deveria declar�-la a esse suposto ministro para poder receb�-la.
...
Enfim, para os que, se houver algu�m que me l�, que n�o saiba ingl�s (q�anta exg�ncia: que me leia e saiba ingl�s seria a minha prefer�ncia ou diretriz desse blogue?!), o texto acima disse que eu ganhei 335 mil d�lares numa suposta loteria, e que deveria acessar um site de um certo "Bida Group", que � uma empresa listada nas "500 mais" da Fortune e uma das "1000 n�o sei das q�antas". Isso eu vi no site da citada "loteria". Um sitezinho muito chumbrega para uma das 500 maiores empresas americanas listadas na Fortune. E nenhuma refer�ncia consistente nos sites de busca.
Ent�o, se for verdade, acabei de torrar 335 mil d�lares, gente!
Sinto-me um verdadeiro milion�rio. Quase um Leonardo de C�prio na quilha do Titanic...
Doe algum para mim tamb�m!
quarta-feira, dezembro 10, 2003
Viagem
Segunda-feira, 13h.
Dou-me conta de que não falo há dias com meu filho newyorker...
Acesso-lhe via celular, e pego-o dormindo ainda...
- "Quê isso, cara, que vida boa! 11 da manhã e você ainda dormindo!" (claro, tem o fuso horário, três horas a mais agora no nosso horário de verão que na capital do mundo...
- "Pô, pai... Tô ensaiando muito, amanhã tenho o primeiro show...."
- "Ô filho da mãe... Porquê você nâo me avisou para eu poder reservar a passagem?!",
- "Ah, tá bom..." (risos)
Colocamos as novidades em dia, e na terça ele faria seu primeiro show como guitarrista do Sin Sin, uma banda de New York, junto com Arnaldo, Cinthia e Charlie.
Arnaldo brasileiro e companheiro de moradia do meu filho, Cinthia mexicana, criada em Miami e Charlie, newyorker descendente de latinos.
A banda tinha ainda um guitarrista muito bom, saido recentemente. Já teve elogios de astros do mundo do heavy metal, e sempre se apresenta nos circuitos 'underground'. O show de terça seria no Continental, casa já antiga no número 23 da Terceira Avenida, onde já se apresentaram muitos artistas hoje famosos, avisa o meu filho.
Desligo o telefone, e me bate uma baita saudade: meu filho ia dar seu primeiro show wm New York, ainda que fosse fora do circuito comercial, e ele estaria ali sozinho com aquele sonho dele se realizando e ninguém para partilhar...
Ligo para a agencia de turismo e acendo o pavio de minha agente: "- Preciso ir para New York hoje!".
"- Deixa comigo. E volta quando?", ela perguntou.
"- Depois de amanhã", decido. Detesto viagens demoradas, a falta de meus espaços, minha coisas, minhas estórias.
Após alguns minutos, a informação: lugar tinha, mas pra voltar em 2 dias, a passagem seria mais de 2500 dolares. Choro uma solução com a agente, que se prontifica a conseguir um redução do prazo mínimo de permanência. E ligo eu mesmo para minhas relaçes na American em São Paulo, que me adianta que estava acabando de ver a concessão ser dada para a minha agencia, no sistema de reservas. Adoro gente eficiente!
Isso, 2h da tarde. às 6h da tarde deveria estar em Confins, para o voo às 8:20h da noite.
Telefonemas, avisos, assinaturas, mala, banho e encomendas. 7;15h da noite estaciono em Confins, faço meu check-in e embarco sem maiores delongas...
...
Chego em New York, sem maiores problemas na alfandega, e pego o onibus para a estação de Howard Beach, a mais próxima do metrô de NYC. Pego o trem em direço a Manhatan, e desço próximo de onde era o WTC. Saio, acendo um cigarro, e vejo o vazio, ainda prédios cobertos com tapumes, telhados destelhados,
Memoriais, faixas, fotos... Um imenso vazio. Já havia estado lá depois do atentado, ainda vi fumaça saindo, 3 meses depois da queda das torres. Agora, o vazio, o descanso... Sem caminhões em infindáveis filas, sem longas linhas de passantes que iam como em romaria em torno dos tapumes que cobria a tragédia inesquecível daquela cidade.
Apesar da sensação de perda como parte da humanidade, bate-me a sensação que eu tivera quando as vi caindo, as torres. Revi minha fita filmada lá no reveillon de 99/2000, fotos de outras viagens, eu no topo da torre sul... Um ponto de vista que milhões tiveram, mas que ninguém mais terá. Como se eu fizesse parte de uma raça que se acaba...
...
Vou depois para Newark, onde as 11h enfrento uma nevasca, a primeira do ano, e um motorista de taxi incompetente, como a maioria o é, por não saber ir em endereço nenhum que você não dê como "parte oeste da rua número tal, esquina com rua tal..." O endereço que eu tinha, era um nome, Kossouth St.
Enfim, como paga pela minha persistência, um delicioso almoço mineiro, feito em casa, por uma amiga.
À noite, 6h da tarde, vou para Manhatan de volta, para o Continental.
Pego um taxi e falo para o motorista o endereço que havia copiado na Internet: 23rd 3rd Avenue, at St. não-sei-o-quê Plaza. Parecia grego, para o motorista iraniano que me atendia... Impaciente. na 3rd Avenue desci do taxi, peguei a direção contrária, peguei outro taxi e disse: "'- Desça a 3rd até o número 23, por favor." O cara ainda me pergunta esquina com o quê, e eu digo que não sei, basta descer, que quando chegar, eu aviso. Falei o nome do bar e ele mesmo encontrou.
Entro no Continental, o som comia alto, dava para ouvir de fora. Por dia, umas 8 bandas se apresentando, 4 músicas cada uma. Olheiros das gravadoras frequentam esse lugares, e o Village, parte sul da ilha de Manhatan, tem uma profusão de casas desse tipo.
Peço uma cerveja, converso com a garçonete e consigo um lugar para deixar minha mala enquanto filmo o lugar, saio pra fumar, etc. A previsão para o Sin Sin, penúltima banda da noite (um aviso na porta fala que as bandas que tocam mais tarde são mais importantes que as que tocam mais cedo. Assim mesmo, na cara dura!) era para tocar por volta de 10:30h, segundo o programa impresso em papel amarelo fosforecente...
Sons muito bons, embora fora de meu gosto específico, com a característica que observo de que todas as bandas pareciam turmas recem encontradas, não havia muita iteração entre os membros. E a maioria, músicos mais velhos. Como bandas, dificilmente eles serão contratados pela gravadoras, mas como musicos independentes eles podem arranjar um bico. Lá pelas 9 da noite, chega o Sin Sin. Vejo meu filho, com sua calça camuflada, cabelão comprido, minha velha jaqueta de nylon e lã, super sério e compenetrado. Eu estava exatamente ao lado da porta de entrada do bar, no fundo, o outro extremo do que é o palco. Eles passam, e reconheço o Arnaldo, que j vira de fotos no site do Sin Sin. Chamo-lhe me apresento, e o cara abre um sorriso largo: "_ Nossa, seu filho vai ter um ataque!" Combino com ele que só apareceria para ele no final, eles me dariam o sinal... Arnaldo me apresenta toda a banda, mais o dono do bar, a garçonete e alguns amigos que foram prestigiar a banda. O namorado da Cynthia, um "manager", me parece, de uma Joan Jett, depois falou para eu investir 5 mil dolares no meu filho, que ele iria longe como guitarrista em New York, ele me garantia. O cara vive no show business...
Bom, chega a vez do Sin Sin, e todos sobem ao palco para ajustar tudo. meu filho dispensa a ajuda do pessoal do bar, que corre com tudo nos intervalos para não perderem tempo. Uma banda saindo e a outra esperando para entrar logo em seguida. O Sin Sin corre contra o tempo, e em menos de 3 minutos, está tudo pronto, guitarra, baixo e bateria conferidos afinação.
Começa o show, e eles parecem tocar há anos. Há uma intimidade entre todos, um sorriso a cada nota mais bonita da voz da Cinthia, outro pelo solo de bateria, ou de guitarra, ou do baixo... Um verdadeiro show, todos com uma presença de palco de artistas tarimbados, brincadeiras durante as músicas que recheiam as notas com humor e harmonia. Mas eu sou suspeito, por isso filmei tudo.
Quando fui à frente, a fim de me mostar para meu filho, preocupado, porquê eles já estavam na quinta música, deveriam acabar logo, e eu ainda não aparecera para dar a minha presença surpresa para aquele cara que eu amo tanto, tanto..., a Cynthia entrou na frente dele, para que ele não me visse... Entendi o recado, e e voltei para o canto que estava, meio encoberto da vista dele.
Depois, na sexta música, ela desceu do palco, e puxou um cara que estava filmando também, amigo deles, para a frente do palco, dançando. Sorriu para mim e fêz um sinal com a mão, dizendo "vai lá!". Mas ai, meu filho começa um solo, de arrasar, na guitarra. Faz uma performance, como se estivesse tocando para Deus, e mexe a cabeça, atiça a Cynthia, chama o Charlie para o combate de guitarra X baixo, faz o Arnaldo correr na bateria como um tropel de centenas de cavalos em corrida livre por campos abertos... O público aplaude e assobia, primeira manifestação daquele tipo, exceto as minhas, que vira naquela noite, da parte do público. O bar estava todo na frente do palco, em pé, dançando e aplaudindo. Meu filho olha feliz para o público, e me vê... Alarga um sorriso e termina a música e vem me abraçar... Beijos, risos, choro, euforia... Dou-lhe um tapa e digo: "_ Vai lá terminar seu serviço!" Ele volta ao palco, e a Cynthia faz a apresentação oficial dele como novo guitarrista da banda Sin Sin...
Depois, desfilei como troféu dele, "Esse é meu pai, veio do Brasil só para meu concerto essa noite!!!!", e todo mundo se admirava...
Depois de algumas conversas com todos, a mulher do Charlie vai nos levar na van do casal em Astoria, onde ele e Arnaldo vivem.
Chego em casa, ou quarto, e tem uma cama reserva, com colchão novo, ainda no plástico, que a dona do apartamento comprou novo para meu filho porquê o dele era um ninho de uns insetos que lhe deram uma reação alérgica, sei lá, esses bichos americanos...
Ele me dá a cama com os bichos ("mas já foi dedetizado, pai...") e vai dormir, sem roupa de cama, somente um cobertor, na outra cama. O quarto tem um aquecimento, como não convêm, forte demais... e sem ajuste. Tem que deixar a janela um pouco aberta para compensar. Só não pode é desligar o aquecimento de madrugada, senão corre-se o risco de morrer congelado, com a janela aberta e o vento veloz e cortante que soprava na noite.
Acordamos no dia seguinte (eu simplesmente desmanchei na cama, meu filho e o amigo ficaram acordados, vendo a fita do show, meu filho encantado com meu ronco na cama dele, todo satisfeito... Acordamos às 8 da manhã, e eu ainda, meio dormindo, respondo a ele que antes de sair para tomar café, eu iria passar em casa para trocar de roupa. Tenho esse defeito de falar coisas dormindo, e coisas sem nexo. Ele ri e insiste: "_ Então você vai passar em casa antes?" e respondo que sim. Ele ri, levanta e liga a TV na MTV. Depois rola os canais e eu pergunto se aquilo era Directv ou Ski. Ele ri de novo e fala que nem um nem outro, tem mais de 170 canais, e é do apartamento, está incluído no aluguel. Então, me dei conta que estava no Estados Unidos, não ia dar para passar em casa e trocar de roupa não... Levantei, fui ao banheiro do quarto dele, que não tem chuveiro, e depois, fui tomar um banho, no banheiro comum do apartamento. Ele me explicou os "do it e os don't do it" das regras da dona da casa, e me apresenta aos seus shampoos e sabonete.
Água fria não tinha não... Ela deve ter congelado no encanamento, e só saia a água quente. Tomo um banho como dá, na água fervente, e saimos para "o melhor café da manhã que você já tomou em NYC". Lembro a ele que já estivera no brunch do Plaza, e ele me afirma que o que nos vamos é melhor. Compramos, na saída de casa, um passe de 7 dolares para o dia inteiro, em todo o sistema de transporte público de NYC, onibus, trens e metrôs. Nova York tem mais de uma dezena de linhas de metrô, uma verdadeira cidade embaixo da cidade. Segundo meu filho, com 13 ratos por habitante. Falamos de uma população de ratos... maior que toda a população brasileira, apenas em New York! Já imaginaram quanto comida, num mundo faminto, se destina a alimentar essas nações animais? E meu filho ainda me diz que no verão, eles andam até dentro dos metrôs, apavorando todo mundo e enfrentando, com raiva, a presença humana. Cruzes. Isso explica porquê eu não vira ninguém dormindo nos bancos do metrô aquecido, naqueles dias de frio e neve lancinantes na nossa pele tropicalizada... Se der bobeira, os ratos comem as pessoas vivas. Já ouvira casos de crianças com dedos roídos por ratos.
Desistimos do onibus, que nunca vem. Uma ralhaçã de meu filho contra Mr. Bloomberg, prefeito atual de NYC, mas pelo visto, uma decepção para os yorkers.
Andando para não congelar, chegamos na lanchonete tão famosa... Uma aparência daqueles vagões de trem antigos, tudo de fórmica. Um café da manhã típico de quem não sabe comer: Scrambled eggs, o meu com presunto, o dele e do Arnaldo com bacon, torradas francesas, syrup e panquecas. E aquela horrível batata amassada e passada na chapa, meio queimada e meio temperada com o caldo de tudo que se passa na chapa. Suco de laranja artificial, água com gelo, e café com leite, mas com gosto de água suja apenas. Coitado deles... Espero que no dia que tomarem o brunch do Plaza se lembrem rindo desses tempos.
Nessa altura, surge-me a lembrança vaga de uma frase de George Bernard Shaw: "A felicidade só pode ser vivida por quem espalha a felicidade, assim como a riqueza só pode ser usufruída por quem contrói a riqueza." Ou algo assim. Meu filho vive feliz, espalha isso, e vive com a pequena mas radiosa riqueza que tem de enfrentar o mundo logo na cidade mais arrasadora de mitos que existe. Nas bancas, os jornais contam que as celebridades de New York quase todas estão envolvidas em escândalos. A cidade que dá tudo, tira a hora que quer.
E ele me diz, à noite, depois de me apresentar aos colegas do estúdio onde trabalha, em meio a milhões de dolares de equipamentos, softwares como o Pro Tools, para Macinstosh, com estação de trabalho em uma sala toda protegida e com acústica, segundo ele, perfeita, para perceber qualquer desvio harmônico numa gravação. Insiste em me dizer que um bom engenheiro de áudio consegue, somente com os outros equipamentos espalhados pela sala, o mesmo efeito do software... Mas o tempo, em NYC, conta demais. Money talks. O software é mais rápido...
Conheço o cantinho onde ele trabalha, a parte mais arrumada do estúdio, em meio a caixas de vávulas de cabeçotes de amplicadores, amplificadores estragados, ferramentas, uma discreta bancada, pedaços de braços de guitarras, suportes, peças... Ali ele conserta guitarras (orgulhosamente me mostra as faturas das guitarras consertadas por ele, umas 20 já...). Fala com paixão da Gibson que está querendo comprar, de 1973, com captadores maiores, que é do tcheco chefe dele, Maros. US$1,000.00, mas ele não quer gastar a grana de reserva que tem para os tempos ruins. Reclama que tem trabalhado poucas horas, e que naquela noite, que ele pedira licença para o chefe, para ficar comigo, e o cara chorou com ele ao telefone, falando que voltara da Europa há pouco, e estava muito gripado, será que ele "não podia dar uma força no estúdio naquele dia, para ele poder descansar um pouco?" O cara deve ter achado aquela desculpa de "pai que veio do Brasil para o meu concerto na note passada" a desculpa mais escrôta que um babaca pode dar para faltar ao serviço... Acho que ele se surpreendeu de ver-me, e saber a quem meu filho puxara tanta beleza... e metidêz, claro.
Insisti, quando soube, mais cedo, com meu filho, que não queria atrapalhar, e que às 6 da noite pretendia pegar o metrô para o aeroporto Kennedy, para meu voo às 10:20h. Fomos para o estúdio de mala e cuia, após um dia de caminhada por lojas de roupas de guerra, usadas e novas, lojas de novidades eletrônicas, uma passada pelo Intrepid para fotografar o Concorde que está ao lado do porta aviões, do destroyer e do submarino, todos museus, a 14 dolares por cabeça para visitar tudo... Meu filho conversou para que nos deixassem só fotografar o Concorde, sem pagar. Entramos, e um carro com dois seguranças limitava o acesso perto do avião, sobre uma balsa ancorada. Enquanto eu "apanhava" para ajustar a minha máquina, meu filho conversava com os guardas, um verdadeiro newyorker no inglês, mas com uma beleza, um gestual, uma vida, uma presença, que não se vê todos os dias por ai não. Ele anda com os flyers do show de 18 de Dezembro no bolso, e dá para todo mundo com quem conversa. Se for todo mundo que falou que vai, vai dar casa cheia. E esse é pago. Antes disso, ele me levou, quase que puxando a mão, a uma loja da Home Depot perto da casa dele. Um monstro, uma loja só de ferramentas e materiais de construção, toda moderna, onde os check-outs são automáticos, você mesmo passa sua compra, embala, paga com cartão ou dinheiro, recebe o troco, tudo sem interferência de funcionários da loja. O sistema é baseado em etiquetas de radio: o que você passa pelo leitor delas na bancada. Mesmo assim, vieram uma três fresas para minha Dreamel sem registrar, e o sorriso maroto de meu filho: "_ Eles acham que são espertos...". Passo-lhe uma descompostura, e ele inventa um argumento qualquer sobre a exploração da loja, e eu penso cá que essas máquinas tiram o emprego de pessoas, que não deixariam que isso acontecesse, a menos que quisessem lesar o patrão. Deixo a questão de lado, que não vinha ao caso nem era hora. Já bastava a nossa briga durante o café da manhã, quando me levantei e fui para fora da lanchonete depois de dizer a ele que eu iria exercer meus direitos sobre minhas coisas, numa questão sobre uns aparelhos meus que emprestei a ele e que agora estavam guardados com a mãe dele. "_ O que é combinado, não é caro. Você sabe que aquelas coisas são minhas e que as deixei com você, que as havia pedido emprestado, emprestadas, apenas. Agora. eu quero essas coisas, e vou exercer meu direito sobre elas!" Levantei-me e sai para fumar um cigarro. Mais tarde voltamos a falar sobre o assunto, ele quem puxou, e me disse que tudo bem... Afinal, deixei para trás tudo da casa, quando separei, home theather, TV, vídeo, DVD, aparelhos de som... Só queria o que era meu, dito e guardado como tal, restos de um negócio que era deles mas ficou no meu prejuízo, uma loja de CDs.
Depois de uma pizza no estúdio, minha segunda refeição do dia, depois de uma diarréia danada o dia inteiro (ainda bem que tem Starbucks e McDonalds em toda esquina, com banheiros limpos, assim, assim...), resolvo ir de taxi até JFK, e em 5 minutos, nos despedíamos, ele com um olhar feliz e me dizendo que fora o melhor presente de Natal que ele poderia ganhar, embora ainda faltasse tanto para o Natal.
Gingle bells, gingle bells...
No aeroporto, as paranóias: mães com bebês tendo que tirar sapatos para passar no raio X (nem todos têm que fazer isso, sei lá que critério que usam...) e ninguém ajuda a desmontar um carrinho para passar no raio X... Ajudei a moça que estava à minha frente na fila, e acabei caindo também na "malha fina". E de quebra, me tomaram um alicate de unha que ia na minha necessaire, já tinha ido comigo. Pedi à "oficial"um termo ou recibo da apreensão, ela simplesmente disse que não daria. Anotei ostensivamente o nome e o número dela e falei bem sério: "_ Take care of it, you'll heard about me soon..." apenas para fazer um pouco do mesmo terrorismo deles com a gente... Mas acho que não a intimidei: ou ela ou o colega dela, afanaram meu isqueiro Zippo, só me dei conta disso no Brasil.
Na volta, um voo onde dormi tanto que perdi o jantar e o café da manhã, sendo que o último ainda deu para chamar a comissária e pedir um fora de hora, que estava morto de fome... Minha vizinha de assento, uma simpática californiana indo pela primeira vez ao Brasil, para passar 10 dias trabalhando em São Paulo, falou que me chamou para o jantar, mas eu não acordei. Ela tivera que passar sobre mim duas vezes durante a noite, para ir ao banheiro, e eu acordei de madrugada exatamente uma vez que ela fazia isso. O sono era tanto que me levantei nessa hora para ela sair, mas quando ela voltou eu já havia caído no sono de novo, frustrado por ter perdido o jantar e com fome... Eu havia oferecido para trocar de lugar com ela e ir na janela, mas ela dispensou. Mas se apressou a me dizer que eu não a incomodaria, desde que eu não me incomodasse dela passar sobre mim...
Assim, chegamos em SP, calor, enfim! Duas horas de espera, e o avião para casa, lar doce lar.
Chego, pego meus brinquedos, minhas lembrançaas, as imagens de alegria de meu filho, minha realização por poder mostrar a ele quanto ele é importante para mim, e ver o quanto sou importante para ele...
Lembro Bernard Shaw de novo, e somos dois caras que partilham felicidades e usufruem do que construimos. Um mundo nosso, e possível.
Dou-me conta de que não falo há dias com meu filho newyorker...
Acesso-lhe via celular, e pego-o dormindo ainda...
- "Quê isso, cara, que vida boa! 11 da manhã e você ainda dormindo!" (claro, tem o fuso horário, três horas a mais agora no nosso horário de verão que na capital do mundo...
- "Pô, pai... Tô ensaiando muito, amanhã tenho o primeiro show...."
- "Ô filho da mãe... Porquê você nâo me avisou para eu poder reservar a passagem?!",
- "Ah, tá bom..." (risos)
Colocamos as novidades em dia, e na terça ele faria seu primeiro show como guitarrista do Sin Sin, uma banda de New York, junto com Arnaldo, Cinthia e Charlie.
Arnaldo brasileiro e companheiro de moradia do meu filho, Cinthia mexicana, criada em Miami e Charlie, newyorker descendente de latinos.
A banda tinha ainda um guitarrista muito bom, saido recentemente. Já teve elogios de astros do mundo do heavy metal, e sempre se apresenta nos circuitos 'underground'. O show de terça seria no Continental, casa já antiga no número 23 da Terceira Avenida, onde já se apresentaram muitos artistas hoje famosos, avisa o meu filho.
Desligo o telefone, e me bate uma baita saudade: meu filho ia dar seu primeiro show wm New York, ainda que fosse fora do circuito comercial, e ele estaria ali sozinho com aquele sonho dele se realizando e ninguém para partilhar...
Ligo para a agencia de turismo e acendo o pavio de minha agente: "- Preciso ir para New York hoje!".
"- Deixa comigo. E volta quando?", ela perguntou.
"- Depois de amanhã", decido. Detesto viagens demoradas, a falta de meus espaços, minha coisas, minhas estórias.
Após alguns minutos, a informação: lugar tinha, mas pra voltar em 2 dias, a passagem seria mais de 2500 dolares. Choro uma solução com a agente, que se prontifica a conseguir um redução do prazo mínimo de permanência. E ligo eu mesmo para minhas relaçes na American em São Paulo, que me adianta que estava acabando de ver a concessão ser dada para a minha agencia, no sistema de reservas. Adoro gente eficiente!
Isso, 2h da tarde. às 6h da tarde deveria estar em Confins, para o voo às 8:20h da noite.
Telefonemas, avisos, assinaturas, mala, banho e encomendas. 7;15h da noite estaciono em Confins, faço meu check-in e embarco sem maiores delongas...
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Chego em New York, sem maiores problemas na alfandega, e pego o onibus para a estação de Howard Beach, a mais próxima do metrô de NYC. Pego o trem em direço a Manhatan, e desço próximo de onde era o WTC. Saio, acendo um cigarro, e vejo o vazio, ainda prédios cobertos com tapumes, telhados destelhados,
Memoriais, faixas, fotos... Um imenso vazio. Já havia estado lá depois do atentado, ainda vi fumaça saindo, 3 meses depois da queda das torres. Agora, o vazio, o descanso... Sem caminhões em infindáveis filas, sem longas linhas de passantes que iam como em romaria em torno dos tapumes que cobria a tragédia inesquecível daquela cidade.
Apesar da sensação de perda como parte da humanidade, bate-me a sensação que eu tivera quando as vi caindo, as torres. Revi minha fita filmada lá no reveillon de 99/2000, fotos de outras viagens, eu no topo da torre sul... Um ponto de vista que milhões tiveram, mas que ninguém mais terá. Como se eu fizesse parte de uma raça que se acaba...
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Vou depois para Newark, onde as 11h enfrento uma nevasca, a primeira do ano, e um motorista de taxi incompetente, como a maioria o é, por não saber ir em endereço nenhum que você não dê como "parte oeste da rua número tal, esquina com rua tal..." O endereço que eu tinha, era um nome, Kossouth St.
Enfim, como paga pela minha persistência, um delicioso almoço mineiro, feito em casa, por uma amiga.
À noite, 6h da tarde, vou para Manhatan de volta, para o Continental.
Pego um taxi e falo para o motorista o endereço que havia copiado na Internet: 23rd 3rd Avenue, at St. não-sei-o-quê Plaza. Parecia grego, para o motorista iraniano que me atendia... Impaciente. na 3rd Avenue desci do taxi, peguei a direção contrária, peguei outro taxi e disse: "'- Desça a 3rd até o número 23, por favor." O cara ainda me pergunta esquina com o quê, e eu digo que não sei, basta descer, que quando chegar, eu aviso. Falei o nome do bar e ele mesmo encontrou.
Entro no Continental, o som comia alto, dava para ouvir de fora. Por dia, umas 8 bandas se apresentando, 4 músicas cada uma. Olheiros das gravadoras frequentam esse lugares, e o Village, parte sul da ilha de Manhatan, tem uma profusão de casas desse tipo.
Peço uma cerveja, converso com a garçonete e consigo um lugar para deixar minha mala enquanto filmo o lugar, saio pra fumar, etc. A previsão para o Sin Sin, penúltima banda da noite (um aviso na porta fala que as bandas que tocam mais tarde são mais importantes que as que tocam mais cedo. Assim mesmo, na cara dura!) era para tocar por volta de 10:30h, segundo o programa impresso em papel amarelo fosforecente...
Sons muito bons, embora fora de meu gosto específico, com a característica que observo de que todas as bandas pareciam turmas recem encontradas, não havia muita iteração entre os membros. E a maioria, músicos mais velhos. Como bandas, dificilmente eles serão contratados pela gravadoras, mas como musicos independentes eles podem arranjar um bico. Lá pelas 9 da noite, chega o Sin Sin. Vejo meu filho, com sua calça camuflada, cabelão comprido, minha velha jaqueta de nylon e lã, super sério e compenetrado. Eu estava exatamente ao lado da porta de entrada do bar, no fundo, o outro extremo do que é o palco. Eles passam, e reconheço o Arnaldo, que j vira de fotos no site do Sin Sin. Chamo-lhe me apresento, e o cara abre um sorriso largo: "_ Nossa, seu filho vai ter um ataque!" Combino com ele que só apareceria para ele no final, eles me dariam o sinal... Arnaldo me apresenta toda a banda, mais o dono do bar, a garçonete e alguns amigos que foram prestigiar a banda. O namorado da Cynthia, um "manager", me parece, de uma Joan Jett, depois falou para eu investir 5 mil dolares no meu filho, que ele iria longe como guitarrista em New York, ele me garantia. O cara vive no show business...
Bom, chega a vez do Sin Sin, e todos sobem ao palco para ajustar tudo. meu filho dispensa a ajuda do pessoal do bar, que corre com tudo nos intervalos para não perderem tempo. Uma banda saindo e a outra esperando para entrar logo em seguida. O Sin Sin corre contra o tempo, e em menos de 3 minutos, está tudo pronto, guitarra, baixo e bateria conferidos afinação.
Começa o show, e eles parecem tocar há anos. Há uma intimidade entre todos, um sorriso a cada nota mais bonita da voz da Cinthia, outro pelo solo de bateria, ou de guitarra, ou do baixo... Um verdadeiro show, todos com uma presença de palco de artistas tarimbados, brincadeiras durante as músicas que recheiam as notas com humor e harmonia. Mas eu sou suspeito, por isso filmei tudo.
Quando fui à frente, a fim de me mostar para meu filho, preocupado, porquê eles já estavam na quinta música, deveriam acabar logo, e eu ainda não aparecera para dar a minha presença surpresa para aquele cara que eu amo tanto, tanto..., a Cynthia entrou na frente dele, para que ele não me visse... Entendi o recado, e e voltei para o canto que estava, meio encoberto da vista dele.
Depois, na sexta música, ela desceu do palco, e puxou um cara que estava filmando também, amigo deles, para a frente do palco, dançando. Sorriu para mim e fêz um sinal com a mão, dizendo "vai lá!". Mas ai, meu filho começa um solo, de arrasar, na guitarra. Faz uma performance, como se estivesse tocando para Deus, e mexe a cabeça, atiça a Cynthia, chama o Charlie para o combate de guitarra X baixo, faz o Arnaldo correr na bateria como um tropel de centenas de cavalos em corrida livre por campos abertos... O público aplaude e assobia, primeira manifestação daquele tipo, exceto as minhas, que vira naquela noite, da parte do público. O bar estava todo na frente do palco, em pé, dançando e aplaudindo. Meu filho olha feliz para o público, e me vê... Alarga um sorriso e termina a música e vem me abraçar... Beijos, risos, choro, euforia... Dou-lhe um tapa e digo: "_ Vai lá terminar seu serviço!" Ele volta ao palco, e a Cynthia faz a apresentação oficial dele como novo guitarrista da banda Sin Sin...
Depois, desfilei como troféu dele, "Esse é meu pai, veio do Brasil só para meu concerto essa noite!!!!", e todo mundo se admirava...
Depois de algumas conversas com todos, a mulher do Charlie vai nos levar na van do casal em Astoria, onde ele e Arnaldo vivem.
Chego em casa, ou quarto, e tem uma cama reserva, com colchão novo, ainda no plástico, que a dona do apartamento comprou novo para meu filho porquê o dele era um ninho de uns insetos que lhe deram uma reação alérgica, sei lá, esses bichos americanos...
Ele me dá a cama com os bichos ("mas já foi dedetizado, pai...") e vai dormir, sem roupa de cama, somente um cobertor, na outra cama. O quarto tem um aquecimento, como não convêm, forte demais... e sem ajuste. Tem que deixar a janela um pouco aberta para compensar. Só não pode é desligar o aquecimento de madrugada, senão corre-se o risco de morrer congelado, com a janela aberta e o vento veloz e cortante que soprava na noite.
Acordamos no dia seguinte (eu simplesmente desmanchei na cama, meu filho e o amigo ficaram acordados, vendo a fita do show, meu filho encantado com meu ronco na cama dele, todo satisfeito... Acordamos às 8 da manhã, e eu ainda, meio dormindo, respondo a ele que antes de sair para tomar café, eu iria passar em casa para trocar de roupa. Tenho esse defeito de falar coisas dormindo, e coisas sem nexo. Ele ri e insiste: "_ Então você vai passar em casa antes?" e respondo que sim. Ele ri, levanta e liga a TV na MTV. Depois rola os canais e eu pergunto se aquilo era Directv ou Ski. Ele ri de novo e fala que nem um nem outro, tem mais de 170 canais, e é do apartamento, está incluído no aluguel. Então, me dei conta que estava no Estados Unidos, não ia dar para passar em casa e trocar de roupa não... Levantei, fui ao banheiro do quarto dele, que não tem chuveiro, e depois, fui tomar um banho, no banheiro comum do apartamento. Ele me explicou os "do it e os don't do it" das regras da dona da casa, e me apresenta aos seus shampoos e sabonete.
Água fria não tinha não... Ela deve ter congelado no encanamento, e só saia a água quente. Tomo um banho como dá, na água fervente, e saimos para "o melhor café da manhã que você já tomou em NYC". Lembro a ele que já estivera no brunch do Plaza, e ele me afirma que o que nos vamos é melhor. Compramos, na saída de casa, um passe de 7 dolares para o dia inteiro, em todo o sistema de transporte público de NYC, onibus, trens e metrôs. Nova York tem mais de uma dezena de linhas de metrô, uma verdadeira cidade embaixo da cidade. Segundo meu filho, com 13 ratos por habitante. Falamos de uma população de ratos... maior que toda a população brasileira, apenas em New York! Já imaginaram quanto comida, num mundo faminto, se destina a alimentar essas nações animais? E meu filho ainda me diz que no verão, eles andam até dentro dos metrôs, apavorando todo mundo e enfrentando, com raiva, a presença humana. Cruzes. Isso explica porquê eu não vira ninguém dormindo nos bancos do metrô aquecido, naqueles dias de frio e neve lancinantes na nossa pele tropicalizada... Se der bobeira, os ratos comem as pessoas vivas. Já ouvira casos de crianças com dedos roídos por ratos.
Desistimos do onibus, que nunca vem. Uma ralhaçã de meu filho contra Mr. Bloomberg, prefeito atual de NYC, mas pelo visto, uma decepção para os yorkers.
Andando para não congelar, chegamos na lanchonete tão famosa... Uma aparência daqueles vagões de trem antigos, tudo de fórmica. Um café da manhã típico de quem não sabe comer: Scrambled eggs, o meu com presunto, o dele e do Arnaldo com bacon, torradas francesas, syrup e panquecas. E aquela horrível batata amassada e passada na chapa, meio queimada e meio temperada com o caldo de tudo que se passa na chapa. Suco de laranja artificial, água com gelo, e café com leite, mas com gosto de água suja apenas. Coitado deles... Espero que no dia que tomarem o brunch do Plaza se lembrem rindo desses tempos.
Nessa altura, surge-me a lembrança vaga de uma frase de George Bernard Shaw: "A felicidade só pode ser vivida por quem espalha a felicidade, assim como a riqueza só pode ser usufruída por quem contrói a riqueza." Ou algo assim. Meu filho vive feliz, espalha isso, e vive com a pequena mas radiosa riqueza que tem de enfrentar o mundo logo na cidade mais arrasadora de mitos que existe. Nas bancas, os jornais contam que as celebridades de New York quase todas estão envolvidas em escândalos. A cidade que dá tudo, tira a hora que quer.
E ele me diz, à noite, depois de me apresentar aos colegas do estúdio onde trabalha, em meio a milhões de dolares de equipamentos, softwares como o Pro Tools, para Macinstosh, com estação de trabalho em uma sala toda protegida e com acústica, segundo ele, perfeita, para perceber qualquer desvio harmônico numa gravação. Insiste em me dizer que um bom engenheiro de áudio consegue, somente com os outros equipamentos espalhados pela sala, o mesmo efeito do software... Mas o tempo, em NYC, conta demais. Money talks. O software é mais rápido...
Conheço o cantinho onde ele trabalha, a parte mais arrumada do estúdio, em meio a caixas de vávulas de cabeçotes de amplicadores, amplificadores estragados, ferramentas, uma discreta bancada, pedaços de braços de guitarras, suportes, peças... Ali ele conserta guitarras (orgulhosamente me mostra as faturas das guitarras consertadas por ele, umas 20 já...). Fala com paixão da Gibson que está querendo comprar, de 1973, com captadores maiores, que é do tcheco chefe dele, Maros. US$1,000.00, mas ele não quer gastar a grana de reserva que tem para os tempos ruins. Reclama que tem trabalhado poucas horas, e que naquela noite, que ele pedira licença para o chefe, para ficar comigo, e o cara chorou com ele ao telefone, falando que voltara da Europa há pouco, e estava muito gripado, será que ele "não podia dar uma força no estúdio naquele dia, para ele poder descansar um pouco?" O cara deve ter achado aquela desculpa de "pai que veio do Brasil para o meu concerto na note passada" a desculpa mais escrôta que um babaca pode dar para faltar ao serviço... Acho que ele se surpreendeu de ver-me, e saber a quem meu filho puxara tanta beleza... e metidêz, claro.
Insisti, quando soube, mais cedo, com meu filho, que não queria atrapalhar, e que às 6 da noite pretendia pegar o metrô para o aeroporto Kennedy, para meu voo às 10:20h. Fomos para o estúdio de mala e cuia, após um dia de caminhada por lojas de roupas de guerra, usadas e novas, lojas de novidades eletrônicas, uma passada pelo Intrepid para fotografar o Concorde que está ao lado do porta aviões, do destroyer e do submarino, todos museus, a 14 dolares por cabeça para visitar tudo... Meu filho conversou para que nos deixassem só fotografar o Concorde, sem pagar. Entramos, e um carro com dois seguranças limitava o acesso perto do avião, sobre uma balsa ancorada. Enquanto eu "apanhava" para ajustar a minha máquina, meu filho conversava com os guardas, um verdadeiro newyorker no inglês, mas com uma beleza, um gestual, uma vida, uma presença, que não se vê todos os dias por ai não. Ele anda com os flyers do show de 18 de Dezembro no bolso, e dá para todo mundo com quem conversa. Se for todo mundo que falou que vai, vai dar casa cheia. E esse é pago. Antes disso, ele me levou, quase que puxando a mão, a uma loja da Home Depot perto da casa dele. Um monstro, uma loja só de ferramentas e materiais de construção, toda moderna, onde os check-outs são automáticos, você mesmo passa sua compra, embala, paga com cartão ou dinheiro, recebe o troco, tudo sem interferência de funcionários da loja. O sistema é baseado em etiquetas de radio: o que você passa pelo leitor delas na bancada. Mesmo assim, vieram uma três fresas para minha Dreamel sem registrar, e o sorriso maroto de meu filho: "_ Eles acham que são espertos...". Passo-lhe uma descompostura, e ele inventa um argumento qualquer sobre a exploração da loja, e eu penso cá que essas máquinas tiram o emprego de pessoas, que não deixariam que isso acontecesse, a menos que quisessem lesar o patrão. Deixo a questão de lado, que não vinha ao caso nem era hora. Já bastava a nossa briga durante o café da manhã, quando me levantei e fui para fora da lanchonete depois de dizer a ele que eu iria exercer meus direitos sobre minhas coisas, numa questão sobre uns aparelhos meus que emprestei a ele e que agora estavam guardados com a mãe dele. "_ O que é combinado, não é caro. Você sabe que aquelas coisas são minhas e que as deixei com você, que as havia pedido emprestado, emprestadas, apenas. Agora. eu quero essas coisas, e vou exercer meu direito sobre elas!" Levantei-me e sai para fumar um cigarro. Mais tarde voltamos a falar sobre o assunto, ele quem puxou, e me disse que tudo bem... Afinal, deixei para trás tudo da casa, quando separei, home theather, TV, vídeo, DVD, aparelhos de som... Só queria o que era meu, dito e guardado como tal, restos de um negócio que era deles mas ficou no meu prejuízo, uma loja de CDs.
Depois de uma pizza no estúdio, minha segunda refeição do dia, depois de uma diarréia danada o dia inteiro (ainda bem que tem Starbucks e McDonalds em toda esquina, com banheiros limpos, assim, assim...), resolvo ir de taxi até JFK, e em 5 minutos, nos despedíamos, ele com um olhar feliz e me dizendo que fora o melhor presente de Natal que ele poderia ganhar, embora ainda faltasse tanto para o Natal.
Gingle bells, gingle bells...
No aeroporto, as paranóias: mães com bebês tendo que tirar sapatos para passar no raio X (nem todos têm que fazer isso, sei lá que critério que usam...) e ninguém ajuda a desmontar um carrinho para passar no raio X... Ajudei a moça que estava à minha frente na fila, e acabei caindo também na "malha fina". E de quebra, me tomaram um alicate de unha que ia na minha necessaire, já tinha ido comigo. Pedi à "oficial"um termo ou recibo da apreensão, ela simplesmente disse que não daria. Anotei ostensivamente o nome e o número dela e falei bem sério: "_ Take care of it, you'll heard about me soon..." apenas para fazer um pouco do mesmo terrorismo deles com a gente... Mas acho que não a intimidei: ou ela ou o colega dela, afanaram meu isqueiro Zippo, só me dei conta disso no Brasil.
Na volta, um voo onde dormi tanto que perdi o jantar e o café da manhã, sendo que o último ainda deu para chamar a comissária e pedir um fora de hora, que estava morto de fome... Minha vizinha de assento, uma simpática californiana indo pela primeira vez ao Brasil, para passar 10 dias trabalhando em São Paulo, falou que me chamou para o jantar, mas eu não acordei. Ela tivera que passar sobre mim duas vezes durante a noite, para ir ao banheiro, e eu acordei de madrugada exatamente uma vez que ela fazia isso. O sono era tanto que me levantei nessa hora para ela sair, mas quando ela voltou eu já havia caído no sono de novo, frustrado por ter perdido o jantar e com fome... Eu havia oferecido para trocar de lugar com ela e ir na janela, mas ela dispensou. Mas se apressou a me dizer que eu não a incomodaria, desde que eu não me incomodasse dela passar sobre mim...
Assim, chegamos em SP, calor, enfim! Duas horas de espera, e o avião para casa, lar doce lar.
Chego, pego meus brinquedos, minhas lembrançaas, as imagens de alegria de meu filho, minha realização por poder mostrar a ele quanto ele é importante para mim, e ver o quanto sou importante para ele...
Lembro Bernard Shaw de novo, e somos dois caras que partilham felicidades e usufruem do que construimos. Um mundo nosso, e possível.
sábado, dezembro 06, 2003
Perai....
Queuqissuuuuuuuu!
Numa tarde de verão, como em todas as outras, no tempo antigo, como quem, diz jovens nos seus corpos, nus caminhavam pela casa nos entretantos do amor deles. Assim recebiam os Amigos ao entrar na porta que albergava seus corpos e seus corações.
Numa página qualquer, a Amiga desaparecera de vista de seu Amado, sem que ele se desse conta primeiro, porque de seguida despreocupado a foi buscando, primeiro à cozinha, depois pelos quartos, abrindo suas portas, até dar com seu corpo por debaixo de um outro, o de seu Amigo. Que a tenha visto não, porque o enlace dos seus corpos, a ele, a cara da sua Amada, ocultara. Às arrecuas, fechou a porta com seu coração aos pulos como saindo de sua garganta, uma dor crescente dentro de seu peito prestes a explodir. Nesse instante, imaginou-a, sua cara, a dela, com o mesmo reflexo do prazer que habitualmente lhe via no enlace de seus corpos, como no momento anterior dessa mesma tarde, antes de seus Amigos chegarem. Deixou a Amiga do outro Amigo sozinha na sala, saiu para a rua e caminhando pôs-se a pensar.
O pássaro negro que ouvira o bater de seu coração desordenado poisou em seu ombro e para ele disse, queres conversar, sim pode ser, obrigado, que está difícil de acalmar tamanha perturbação e assim sem necessidade, pois o pássaro negro tudo sabia, contou-lhe o que se passara.
De seguida falou o pássaro que lhe disse. Já reparas-te que o que mais te perturbou foi o facto de imaginares, visto que não o viste, as expressões de prazer da tua Amada, como sendo as mesmas que contigo partilhava, sim é verdade, essa parece-me ser a raiz da dor, mas é um erro, vê lá melhor, pois se teu Amigo não és tu, mesmo sendo ela a mesma, como poderia a expressão do prazer dela ser igual aquela que nasce entre vós, o que viste sem ver, foi só o reconhecimento de que, a tua agora Amada pode ter prazer sem ser por ti, coisa elementar, como a vida, não teve ela já outros Amantes, antes de a ti oferecer como uma flor, também seu corpo, e não terá outros amanhã?
Agora esquece por um momento os corpos, não tem ela a tua Amada, outros prazeres para além dos que partilha contigo, não a faz o sol correr feliz no jardim, não faz um belo piropo de um olhar a sentir feliz de desejada? Não se sente ela feliz quando vê um corpo viril prenhe de energia ao passar que nela repara, como tu?
Sim é verdade o que dizes, e depois o corpo dela é teu? não, é dela sim, um belo corpo quem eu gosto tanto, pois como nós pássaros, se tem corpo, tem vontade e quem decide dela, quem é? É ela, achas que mesmo que quando ela tem o seu prazer daquilo que quer contigo, que às vezes é também o teu, fica cega a todos os outros desejos?
Os corpos não se estragam em seus amores, crescem neles, queres porventura, tu que a dizes Amá-la, cercear a sua vontade, queres porventura prendê-la como que estrangulando seus desejos e tornar-lhe dessa forma seu Mundo pequenino? Para quê? Para melhor a veres definhar e se ela definhar, o que crês que te acontece por tabela, falta de desejo por mim como já vi me acontecer, certo, e olha não é o Amor, também sinônimo da liberdade da coisa Amada, não trata bem o Amor a coisa Amada, que é como quem diz, lhe sopra as asas para melhor ela voar e soprar não é cortar, e depois recorda-te como os corpos ou as formas são breves passares, em que queres ficar então, na zanga da destruição ou no feliz estar, sabes disse por fim o pássaro, a única coisa que nos preocupa, a nós os pássaros, é o engano deliberado de nós mesmos ou de outrem, mas também não é este o caso e agora asas, que me tenho de ir.
Já vais, oh não fica mais um instante, para eu te perguntar algumas coisa mais, e a fidelidade como se lida com esta questão, fidelidade, respondeu o pássaro já a voar, é cada um determinar a sua própria medida, cada qual que responda a essa questão, ao que quer ser fiel e como o irá ser e depois que disso dê noticia a quem ache que vale a pena dar, que eu o pássaro feliz tenho a minha própria resposta, só quero ser fiel a mim mesmo, que é só outra forma de dizer, à Luz que me ilumina, à vida por ela criada, a liberdade de a viver e ao Amor com que a vivo de acordo com a minha própria vontade.
O Amante e sua Amante mais tarde pela noite adentro se encontraram, seu coração disparara de novo na ausência do pássaro negro, reza assim que ele lhe perguntou tentando saber os sórdidos pormenores do amor de seu corpo com seu Amigo, na sua ilusão de comparar o incomparável, ao que ela, sentido o seu coração começaar a morrer, face a toda aquele abrupta inquisição, acabou por se render ao desejo das perguntas dele, enquanto secretamente em seu coração, nesse preciso momento a rosa começou a definhar, ele cego pela sua dor fez então amor de corpo com ela, descobrindo em si um violência que nunca sentira. Passado pouco tempo cada um caminhou em direção distinta, e muitos, anos depois encontraram-se em amizade os três, disse então o seu Amigo, mas o que estavam à espera, a gente chegava a vossa casa e ela estava nua, ele reza que se bem que continue dele Amigo nunca percebeu aquele dizer, como se para ele fosse impossível que o desejo nascesse a partir da visão da nudez do corpo alheio, consta que para ele o desejo nascia de tudo como do nada, um breve olhar, um dedo a mexer, um pestanejar, um tom de voz, uma nuvem a passar, um cão a saltar e sei lá mais o que.
(Esse texto lindo, é do blogue Ouro sobre Azul, link http://ourosobreazul.blogspot.com/)
Numa tarde de verão, como em todas as outras, no tempo antigo, como quem, diz jovens nos seus corpos, nus caminhavam pela casa nos entretantos do amor deles. Assim recebiam os Amigos ao entrar na porta que albergava seus corpos e seus corações.
Numa página qualquer, a Amiga desaparecera de vista de seu Amado, sem que ele se desse conta primeiro, porque de seguida despreocupado a foi buscando, primeiro à cozinha, depois pelos quartos, abrindo suas portas, até dar com seu corpo por debaixo de um outro, o de seu Amigo. Que a tenha visto não, porque o enlace dos seus corpos, a ele, a cara da sua Amada, ocultara. Às arrecuas, fechou a porta com seu coração aos pulos como saindo de sua garganta, uma dor crescente dentro de seu peito prestes a explodir. Nesse instante, imaginou-a, sua cara, a dela, com o mesmo reflexo do prazer que habitualmente lhe via no enlace de seus corpos, como no momento anterior dessa mesma tarde, antes de seus Amigos chegarem. Deixou a Amiga do outro Amigo sozinha na sala, saiu para a rua e caminhando pôs-se a pensar.
O pássaro negro que ouvira o bater de seu coração desordenado poisou em seu ombro e para ele disse, queres conversar, sim pode ser, obrigado, que está difícil de acalmar tamanha perturbação e assim sem necessidade, pois o pássaro negro tudo sabia, contou-lhe o que se passara.
De seguida falou o pássaro que lhe disse. Já reparas-te que o que mais te perturbou foi o facto de imaginares, visto que não o viste, as expressões de prazer da tua Amada, como sendo as mesmas que contigo partilhava, sim é verdade, essa parece-me ser a raiz da dor, mas é um erro, vê lá melhor, pois se teu Amigo não és tu, mesmo sendo ela a mesma, como poderia a expressão do prazer dela ser igual aquela que nasce entre vós, o que viste sem ver, foi só o reconhecimento de que, a tua agora Amada pode ter prazer sem ser por ti, coisa elementar, como a vida, não teve ela já outros Amantes, antes de a ti oferecer como uma flor, também seu corpo, e não terá outros amanhã?
Agora esquece por um momento os corpos, não tem ela a tua Amada, outros prazeres para além dos que partilha contigo, não a faz o sol correr feliz no jardim, não faz um belo piropo de um olhar a sentir feliz de desejada? Não se sente ela feliz quando vê um corpo viril prenhe de energia ao passar que nela repara, como tu?
Sim é verdade o que dizes, e depois o corpo dela é teu? não, é dela sim, um belo corpo quem eu gosto tanto, pois como nós pássaros, se tem corpo, tem vontade e quem decide dela, quem é? É ela, achas que mesmo que quando ela tem o seu prazer daquilo que quer contigo, que às vezes é também o teu, fica cega a todos os outros desejos?
Os corpos não se estragam em seus amores, crescem neles, queres porventura, tu que a dizes Amá-la, cercear a sua vontade, queres porventura prendê-la como que estrangulando seus desejos e tornar-lhe dessa forma seu Mundo pequenino? Para quê? Para melhor a veres definhar e se ela definhar, o que crês que te acontece por tabela, falta de desejo por mim como já vi me acontecer, certo, e olha não é o Amor, também sinônimo da liberdade da coisa Amada, não trata bem o Amor a coisa Amada, que é como quem diz, lhe sopra as asas para melhor ela voar e soprar não é cortar, e depois recorda-te como os corpos ou as formas são breves passares, em que queres ficar então, na zanga da destruição ou no feliz estar, sabes disse por fim o pássaro, a única coisa que nos preocupa, a nós os pássaros, é o engano deliberado de nós mesmos ou de outrem, mas também não é este o caso e agora asas, que me tenho de ir.
Já vais, oh não fica mais um instante, para eu te perguntar algumas coisa mais, e a fidelidade como se lida com esta questão, fidelidade, respondeu o pássaro já a voar, é cada um determinar a sua própria medida, cada qual que responda a essa questão, ao que quer ser fiel e como o irá ser e depois que disso dê noticia a quem ache que vale a pena dar, que eu o pássaro feliz tenho a minha própria resposta, só quero ser fiel a mim mesmo, que é só outra forma de dizer, à Luz que me ilumina, à vida por ela criada, a liberdade de a viver e ao Amor com que a vivo de acordo com a minha própria vontade.
O Amante e sua Amante mais tarde pela noite adentro se encontraram, seu coração disparara de novo na ausência do pássaro negro, reza assim que ele lhe perguntou tentando saber os sórdidos pormenores do amor de seu corpo com seu Amigo, na sua ilusão de comparar o incomparável, ao que ela, sentido o seu coração começaar a morrer, face a toda aquele abrupta inquisição, acabou por se render ao desejo das perguntas dele, enquanto secretamente em seu coração, nesse preciso momento a rosa começou a definhar, ele cego pela sua dor fez então amor de corpo com ela, descobrindo em si um violência que nunca sentira. Passado pouco tempo cada um caminhou em direção distinta, e muitos, anos depois encontraram-se em amizade os três, disse então o seu Amigo, mas o que estavam à espera, a gente chegava a vossa casa e ela estava nua, ele reza que se bem que continue dele Amigo nunca percebeu aquele dizer, como se para ele fosse impossível que o desejo nascesse a partir da visão da nudez do corpo alheio, consta que para ele o desejo nascia de tudo como do nada, um breve olhar, um dedo a mexer, um pestanejar, um tom de voz, uma nuvem a passar, um cão a saltar e sei lá mais o que.
(Esse texto lindo, é do blogue Ouro sobre Azul, link http://ourosobreazul.blogspot.com/)
Prá não dizer que não falei de tôrres...
"Pena que você não me avisou antes..." (Um viajante desconsolado, por ora...)
Conversei com meu filho no dia 2 de Dezembro, e ele me contou que no dia 3 se apresentaria pela primeira vez em NYC como guitarrista da nova banda que ele participa... Sin Sin.
Lamentei que não me avisasse antes, achava a ocasião importante, eu.
E apesar do pouco tempo, sai na segunda para NYC, e na quinta estava de volta em casa.
Tá tudo explicado, só não consegui mandar o texto que escrevi em outro lugar via e-mail... ainda. Mas já, já a história aparecerá.
Conversei com meu filho no dia 2 de Dezembro, e ele me contou que no dia 3 se apresentaria pela primeira vez em NYC como guitarrista da nova banda que ele participa... Sin Sin.
Lamentei que não me avisasse antes, achava a ocasião importante, eu.
E apesar do pouco tempo, sai na segunda para NYC, e na quinta estava de volta em casa.
Tá tudo explicado, só não consegui mandar o texto que escrevi em outro lugar via e-mail... ainda. Mas já, já a história aparecerá.
quarta-feira, novembro 26, 2003
terça-feira, novembro 25, 2003
Dias de negociações...
"Tá bom, depois a gente vê!!" (Negociador)
Tem dias que o papo é só negócio.
Será?
Sempre sabes que estás perdendo algo,
mas ainda assim, tens que negociar.
Melhor pensares bem antes de qualquer negócio,
que tem negócio que não
vale
o preço que a gente paga.
A Looser (?)
Tem dias que o papo é só negócio.
Será?
Sempre sabes que estás perdendo algo,
mas ainda assim, tens que negociar.
Melhor pensares bem antes de qualquer negócio,
que tem negócio que não
vale
o preço que a gente paga.
A Looser (?)
segunda-feira, novembro 24, 2003
Ide�rio
Planos elevados, ou elevadores inclinados (a R$0,05, como o elevador Lacerda, em Salvador...)
Certa vez, em Valparaiso, no Chile, me questionei porqu� no Brasil os morros favelizados n�o evoluiam em condi��o de vida nunca.
Penso, desde ent�o:
1 - N�o existe t�tulo de propriedade. A for�a bruta ou econ�mica � que manda.
2 - N�o existe respeito �s condi��es de vida de quem mora em favelas, por consider�-los invasores e usurpadores.
3 - N�o se permite que as "sociedades favelais" se desenvolvam e possam se organizar a ponto de discutir de igual para igual com outros moradores da regi�o e com a cidade.
4 - Exclu�dos, os moradores desses ambientes se ressentem da proximidade com as classes sociais que, aparentemente, lhes explora,
enq�anto o secret�rio est� no seu gabinete lendo tratados sociol�gicos, antropol�gicos, que diz que eles escolheram viver em condi��es sub-humanas...
Pergunto:
n�o seria poss�vel as prefeituras ou a Uni�o promover um programa de constru��o de favelas dignas, criando nos morros, por exemplo (nos aglomerados planos, seria mais f�cil ainda: dividir o espa�o, cadastr�-lo e dot�-lo de infraestrutura planejada), linhas de elevadores inclinados que uniria plat�s devidamente preparados para a constru��o, com rede de �gua, luz, esgoto e tratamento de esgotos a cada plat�, al�m de escolas, postos m�dicos, �reas comerciais, e talvez, at�, um mirante no topo da favela, com espa�o para shows e eventos p�blicos?
perguntar n�o ofende, nem pensar d�i.
Certa vez, em Valparaiso, no Chile, me questionei porqu� no Brasil os morros favelizados n�o evoluiam em condi��o de vida nunca.
Penso, desde ent�o:
1 - N�o existe t�tulo de propriedade. A for�a bruta ou econ�mica � que manda.
2 - N�o existe respeito �s condi��es de vida de quem mora em favelas, por consider�-los invasores e usurpadores.
3 - N�o se permite que as "sociedades favelais" se desenvolvam e possam se organizar a ponto de discutir de igual para igual com outros moradores da regi�o e com a cidade.
4 - Exclu�dos, os moradores desses ambientes se ressentem da proximidade com as classes sociais que, aparentemente, lhes explora,
enq�anto o secret�rio est� no seu gabinete lendo tratados sociol�gicos, antropol�gicos, que diz que eles escolheram viver em condi��es sub-humanas...
Pergunto:
n�o seria poss�vel as prefeituras ou a Uni�o promover um programa de constru��o de favelas dignas, criando nos morros, por exemplo (nos aglomerados planos, seria mais f�cil ainda: dividir o espa�o, cadastr�-lo e dot�-lo de infraestrutura planejada), linhas de elevadores inclinados que uniria plat�s devidamente preparados para a constru��o, com rede de �gua, luz, esgoto e tratamento de esgotos a cada plat�, al�m de escolas, postos m�dicos, �reas comerciais, e talvez, at�, um mirante no topo da favela, com espa�o para shows e eventos p�blicos?
perguntar n�o ofende, nem pensar d�i.
Prov�rbios
I
D� mais as pessoas do que elas esperam, e fa�a-o com alegria.
II
Case com algu�m com quem voc� goste de conversar. A medida em que voc�s
forem envelhecendo, seu talento para a conversa se tornara t�o importante
quanto todos os outros.
III
N�o acredite em tudo o que voc� ouve, n�o gaste tudo o que voc� tem e n�o
durma tanto quanto voc� gostaria.
IV
Quando voc� disser "eu te amo", seja sincero.
V
Quando voc� disser "sinto muito", olhe nos olhos da pessoa.
VI
Fique noivo pelo menos por seis meses antes do casamento.
VII
Acredite no amor a primeira vista.
VIII
Nunca ria dos sonhos dos outros. Quem n�o tem sonhos tem muito pouco.
IX
Ame profundamente e com paix�o. Voc� pode se ferir, mas � o �nico meio de
viver uma vida completa.
X
Quando se desentender, lute limpo. Por favor, nada de insultos.
XI
N�o julgue ningu�m por seus parentes.
XII
Fale devagar mas pense depressa.
XIII
Quando lhe fizerem uma pergunta que voc� n�o quer responder, sorria e
pergunte: "Por que voc� deseja saber?"
XIV
Lembre que grandes amores e grandes realiza��es envolvem grandes riscos.
XV
Diga "sa�de" quando algu�m espirrar.
XVII
Quando voc� perder, n�o perca a li��o.
XVII
Recorde-se dos tr�s "Rs":
Respeito por si mesmo,
Respeito pelos outros,
Responsabilidade por seus atos.
XVIII
N�o deixe uma pequena disputa afetar uma grande amizade.
XIX
Quando voc� notar que cometeu um engano, tome provid�ncias imediatas para
corrig�-lo.
XX
Sorria quando atender ao telefone. Quem chama vai ouv�-lo em sua voz.
XXI
Passe algum tempo sozinho.
D� mais as pessoas do que elas esperam, e fa�a-o com alegria.
II
Case com algu�m com quem voc� goste de conversar. A medida em que voc�s
forem envelhecendo, seu talento para a conversa se tornara t�o importante
quanto todos os outros.
III
N�o acredite em tudo o que voc� ouve, n�o gaste tudo o que voc� tem e n�o
durma tanto quanto voc� gostaria.
IV
Quando voc� disser "eu te amo", seja sincero.
V
Quando voc� disser "sinto muito", olhe nos olhos da pessoa.
VI
Fique noivo pelo menos por seis meses antes do casamento.
VII
Acredite no amor a primeira vista.
VIII
Nunca ria dos sonhos dos outros. Quem n�o tem sonhos tem muito pouco.
IX
Ame profundamente e com paix�o. Voc� pode se ferir, mas � o �nico meio de
viver uma vida completa.
X
Quando se desentender, lute limpo. Por favor, nada de insultos.
XI
N�o julgue ningu�m por seus parentes.
XII
Fale devagar mas pense depressa.
XIII
Quando lhe fizerem uma pergunta que voc� n�o quer responder, sorria e
pergunte: "Por que voc� deseja saber?"
XIV
Lembre que grandes amores e grandes realiza��es envolvem grandes riscos.
XV
Diga "sa�de" quando algu�m espirrar.
XVII
Quando voc� perder, n�o perca a li��o.
XVII
Recorde-se dos tr�s "Rs":
Respeito por si mesmo,
Respeito pelos outros,
Responsabilidade por seus atos.
XVIII
N�o deixe uma pequena disputa afetar uma grande amizade.
XIX
Quando voc� notar que cometeu um engano, tome provid�ncias imediatas para
corrig�-lo.
XX
Sorria quando atender ao telefone. Quem chama vai ouv�-lo em sua voz.
XXI
Passe algum tempo sozinho.
domingo, novembro 23, 2003
S� passando...
Um Artigo Exemplar
Quarta-feira, 19 de Novembro de 2003
A doutora Maria Filomena M�nica escreveu um artigo no P�BLICO de domingo, dia 16, para nos contar a sua experi�ncia "kafkiana" ao procurar obter o programa do primeiro ciclo do ensino b�sico junto do Minist�rio da Educa��o. A hist�ria em si mesma n�o tem qualquer interesse, constituindo apenas mais uma demonstra��o da elevad�ssima auto-estima desta investigadora, que, desde h� uns anos, confunde as suas opini�es ou experi�ncias pessoais com importantes verdades cient�ficas de grande rigor e universalidade.
A �nica curiosidade desta escrita de p�gina inteira � a de que Maria Filomena M�nica nos d� um exemplo triste de incompet�ncia no uso das tecnologias de informa��o, que seria compreens�vel em muitas pessoas, mas que, num professor universit�rio, � apenas uma demonstra��o da pregui�a e da acomoda��o indigente que, infelizmente, afecta alguns dos nossos doutos docentes.
� que, de facto, ela s� tinha que, em sua casa ou no seu gabinete, ir ao "s�tio" do Minist�rio da Educa��o e nas p�ginas do ensino b�sico encontraria os pretendidos programas que poderia ver ou fazer "download" integral. O endere�o � www.deb.min-edu.pt/ e se usasse devidamente o Google tamb�m teria encontrado esses ficheiros,poupando-nos � leitura de todo o fel que lan�ou sobre indefesas telefonistas e outros funcion�rios subalternos.
Fic�mos tamb�m a saber que Maria Filomena M�nica tem facilidade em resolver as suas necessidades com recurso a umas "cunhas" ao ministro David Justino. A grande maioria dos portugueses n�o ter� essa facilidade, que s� � apan�gio dos amigos.
Todavia, este in�til artigo releva uma mat�ria bem mais importante: os crit�rios que hoje prevalecem nos �rg�os de comunica��o quanto ao que � divulg�vel ou divulgado.
Em cada dia somos surpreendidos com sucessivos artigos de duvidoso interesse escritos pelos eternos "opinion makers" de servi�o. Sempre os mesmos, ora escrevendo nuns jornais, ora perorando na televis�o, ora dando entrevistas em revistas, parece que h� muito se lhes esgotou a criatividade ou mesmo o interesse de estudarem seriamente os assuntos que abordam. (...)
Talvez por isso h� muito verifiquei que os contributos mais originais e, muitas vezes, com mais interesse encontramo-los exactamente nas pequenas cartas dos leitores. Pena � que os jornais sejam cada vez menos espa�os abertos � opini�o, eventualmente modesta, de quem tem, de facto, alguma coisa para reflectir, criticar ou aplaudir, prevalecendo a op��o de ocupar p�ginas e p�ginas com a escrita cinzenta de outros que, como Maria Filomena M�nica, j� n�o t�m nada para nos dizer.
A. Lima
Lisboa
Quarta-feira, 19 de Novembro de 2003
A doutora Maria Filomena M�nica escreveu um artigo no P�BLICO de domingo, dia 16, para nos contar a sua experi�ncia "kafkiana" ao procurar obter o programa do primeiro ciclo do ensino b�sico junto do Minist�rio da Educa��o. A hist�ria em si mesma n�o tem qualquer interesse, constituindo apenas mais uma demonstra��o da elevad�ssima auto-estima desta investigadora, que, desde h� uns anos, confunde as suas opini�es ou experi�ncias pessoais com importantes verdades cient�ficas de grande rigor e universalidade.
A �nica curiosidade desta escrita de p�gina inteira � a de que Maria Filomena M�nica nos d� um exemplo triste de incompet�ncia no uso das tecnologias de informa��o, que seria compreens�vel em muitas pessoas, mas que, num professor universit�rio, � apenas uma demonstra��o da pregui�a e da acomoda��o indigente que, infelizmente, afecta alguns dos nossos doutos docentes.
� que, de facto, ela s� tinha que, em sua casa ou no seu gabinete, ir ao "s�tio" do Minist�rio da Educa��o e nas p�ginas do ensino b�sico encontraria os pretendidos programas que poderia ver ou fazer "download" integral. O endere�o � www.deb.min-edu.pt/ e se usasse devidamente o Google tamb�m teria encontrado esses ficheiros,poupando-nos � leitura de todo o fel que lan�ou sobre indefesas telefonistas e outros funcion�rios subalternos.
Fic�mos tamb�m a saber que Maria Filomena M�nica tem facilidade em resolver as suas necessidades com recurso a umas "cunhas" ao ministro David Justino. A grande maioria dos portugueses n�o ter� essa facilidade, que s� � apan�gio dos amigos.
Todavia, este in�til artigo releva uma mat�ria bem mais importante: os crit�rios que hoje prevalecem nos �rg�os de comunica��o quanto ao que � divulg�vel ou divulgado.
Em cada dia somos surpreendidos com sucessivos artigos de duvidoso interesse escritos pelos eternos "opinion makers" de servi�o. Sempre os mesmos, ora escrevendo nuns jornais, ora perorando na televis�o, ora dando entrevistas em revistas, parece que h� muito se lhes esgotou a criatividade ou mesmo o interesse de estudarem seriamente os assuntos que abordam. (...)
Talvez por isso h� muito verifiquei que os contributos mais originais e, muitas vezes, com mais interesse encontramo-los exactamente nas pequenas cartas dos leitores. Pena � que os jornais sejam cada vez menos espa�os abertos � opini�o, eventualmente modesta, de quem tem, de facto, alguma coisa para reflectir, criticar ou aplaudir, prevalecendo a op��o de ocupar p�ginas e p�ginas com a escrita cinzenta de outros que, como Maria Filomena M�nica, j� n�o t�m nada para nos dizer.
A. Lima
Lisboa
quarta-feira, novembro 19, 2003
Isso � em Portugal... de tanga!
Conversa da Treta
Por JOAQUIM FIDALGO
Quarta-feira, 19 de Novembro de 2003
- O meu est�dio � mais bonito do que o teu, digo eu.
- N�o, o meu � que � mais bonito. Do que o teu e do que todos.
- Mas o meu � "a catedral", e n�o sou eu que digo, disseram eles, os jornais.
- Ent�o o meu � "a bas�lica".
- Disse quem?
- Disse o "papa", n�o?... Quem havia de dizer...
- Mas o meu, digo eu, � maior que o teu. Pe�o me�as.
- Quais me�as?... S� se for �s conversas. Tens mais boca do que est�dio...
- Ai �? S�o 60 mil lugarzinhos, todos eles sentadinhos, todos eles pintadinhos. O teu leva s� 50 mil, n�o tens vergonha, para que � que isso chega hoje em dia?... Um campinho de prov�ncia!
- Prov�ncia a tua prima... Tem menos lugares mas, ao menos, ningu�m bate com a cabe�a no tecto, toda a gente pode festejar os golos de p�. Mas golos � coisa que tu n�o tens muito, pois n�o?
- N�o, n�o tenho, porque tamb�m n�o tenho os teus �rbitros... Se queres desconversar, desconversemos. J� n�o te cheira a conversa do est�dio... Aceita que o meu � o maior e o mais bonito.
- Pois... E o mais caro... Quanto � que custou em euros, que eu j� nem me lembro? Foram cento e muitos milh�es...
- Sejamos rigorosos, est� bem? Foram 118,7 milh�es, meu querido, 118,7 milh�es! N�s somos assim, n�o fazemos a coisa por menos. Clube grande! E para esta boniteza de est�dio, at� nem foi caro, pois n�o?...
- N�o, claro que n�o, ent�o o que s�o 118 milh�es de euros? S�o s� 24 milh�es de contos... Mas olha que o meu nem chegou aos cem, ficou s� em 97,7 milh�es.
- De contos?!
- �s maluco?!... De euros! Em contos � uns 20 milh�ezitos, tamb�m n�o exageremos. Mais barato que o teu, v�s? E para construir o mais bonito est�dio do pa�s, nem se pode dizer que seja caro. � obra que fica...
- Sim, para fazer o segundo est�dio mais bonito, que o primeiro � o meu. E levas mais outra: tudo isto foi obra que se fez em dois anos, dois anos apenas.
- Tamb�m o meu, tamb�m o meu... E ainda demorava menos se n�o tivesse uns autarcas a atrapalhar. N�s quando � para fazer, at� fazemos!
- L� isso � verdade, nisso ficamos quites. Quase quites: o meu est�dio demorou menos uns meses a fazer, e � maior que o teu...
- Os est�dios n�o se medem aos palmos. O meu demorou mais mas ficou mais perfeitinho, olha para ele se n�o � um gosto...
(...)
- Desculpem, posso entrar na conversa? Eu sou de uma cidade mais pequena e n�o queria intrometer-me, mas est�dio bonito, bonito, � o meu, toda a gente diz... E s� custou 72 milh�es de euros, imaginem, uma pechincha...
- (Os dois em coro) Pechincha, 72 milh�es de euros?!... Tem algum jeito gastar essa fortuna para fazer um est�dio numa terrinha do interior, meu amigo? At� parece que estamos num pa�s rico! N�o ouviu falar da crise, n�o?... Por essas e por outras � que nunca mais deixamos de andar de tanga, como diz o nosso primeiro!...
segunda-feira, novembro 17, 2003
Findeseman�rio...
Fim de semana comum.
Sexta, festa com amigos.
S�bado, idem, e dormir cedo.
Domingo, de p� �s 3h da manh�,
leituras, bicicleta, almo�o com amigos,
soneca de tarde e ins�nia de noite.
Enterementes, com muita m�sica,
especialmente �peras modernas.
V� o que deu, escutar de tudo!
Li um pouco sobre a hist�ria da �pera, e me encantei
com uma das leituras que fiz � respeito.
Essa coisa de dois temas distintos, e
sua mistura dram�tica,
fazem-nos viajar em nossas lembran�as e cenas
dos contos de fada ou mist�rio, ou suspense.
Outra coisa que li foi sobre a hist�ria da anima��o.
A primeira coisa que as pessoas queriam era o
mist�rio em torno do novo invento.
Pessoas mortas que apareciam vivas,
cavalos saltitantes, moinhos holandeses...
E sobre meu computador, dois discos do Matrix II,
sucesso do in�cio do ano, j� em vers�o pirata.
Ali�s, febre matrix.
Tudo � cibern�tico, neo alguma coisa...
Menos eu.
Sexta, festa com amigos.
S�bado, idem, e dormir cedo.
Domingo, de p� �s 3h da manh�,
leituras, bicicleta, almo�o com amigos,
soneca de tarde e ins�nia de noite.
Enterementes, com muita m�sica,
especialmente �peras modernas.
V� o que deu, escutar de tudo!
Li um pouco sobre a hist�ria da �pera, e me encantei
com uma das leituras que fiz � respeito.
Essa coisa de dois temas distintos, e
sua mistura dram�tica,
fazem-nos viajar em nossas lembran�as e cenas
dos contos de fada ou mist�rio, ou suspense.
Outra coisa que li foi sobre a hist�ria da anima��o.
A primeira coisa que as pessoas queriam era o
mist�rio em torno do novo invento.
Pessoas mortas que apareciam vivas,
cavalos saltitantes, moinhos holandeses...
E sobre meu computador, dois discos do Matrix II,
sucesso do in�cio do ano, j� em vers�o pirata.
Ali�s, febre matrix.
Tudo � cibern�tico, neo alguma coisa...
Menos eu.
sexta-feira, novembro 14, 2003
Agora, sim!
"Em formato 'Di�rio'!" (Eu)
Agora isso virou di�rio mesmo.
� que hoje n�o me veio inspira��o nenhuma.
Para se ter umas id�ias, estou ouvindo "Carmine Meo", com Emma Shapplin.
Na verdade, fiquei de traduzir a letra, mas n�o consegui algo que prestasse...
A m�sica tema, e hom�nima, diz mais ou menos de uma garotinha (?) que se apaixona, e pede a Deus para ajud�-la a alcan�ar o amor da vida dela. Em uma �pera. L�rica. Linda. A gente precisa de umas coisas dessas...
Agora isso virou di�rio mesmo.
� que hoje n�o me veio inspira��o nenhuma.
Para se ter umas id�ias, estou ouvindo "Carmine Meo", com Emma Shapplin.
Na verdade, fiquei de traduzir a letra, mas n�o consegui algo que prestasse...
A m�sica tema, e hom�nima, diz mais ou menos de uma garotinha (?) que se apaixona, e pede a Deus para ajud�-la a alcan�ar o amor da vida dela. Em uma �pera. L�rica. Linda. A gente precisa de umas coisas dessas...
quinta-feira, novembro 13, 2003
Arte em quest�o.
"Viver � uma arte" (Man)
Estive ontem na exposi��o de um famoso artista pl�stico de SP. Conhe�o o trabalho dele h� anos, e a pessoa tamb�m � muito simp�tica. Fiz com ele uma brincadeira sobre m�os (o tema do trabalho � objetos cotianos e seu manuseio), e ele, espirituoso, deu seq��ncia na mesma.
Revi velhos amigos e conhecidos. Uns com muito prazer, outros, nem fariam falta se n�o fossem.
Mas estavam l�...
...
Hoje tomei uma decis�o: vou parar de beber �lcool por uma semana, no m�nimo, ou bem mais tempo, por uns tempos!
Mas, por enq�anto, s� isso!
� que leio os posts depois, e os que escrevo sob dom�nio da qu�mica, n�o me batem bem, depois.
Mas, t� postado, t�.
Abstenha-me
p.s.: N�o, Decis�o n�o � nome de pinga n�o! Que ali�s eu n�o gosto. Mas me lembrei do b�bado esclarendo os desavisados: "Caaaaaaachaceeeeeiiiiroooo N�O! Eu n�o fa�o 'cachacha', eu s� as tomo!!!"
Estive ontem na exposi��o de um famoso artista pl�stico de SP. Conhe�o o trabalho dele h� anos, e a pessoa tamb�m � muito simp�tica. Fiz com ele uma brincadeira sobre m�os (o tema do trabalho � objetos cotianos e seu manuseio), e ele, espirituoso, deu seq��ncia na mesma.
Revi velhos amigos e conhecidos. Uns com muito prazer, outros, nem fariam falta se n�o fossem.
Mas estavam l�...
...
Hoje tomei uma decis�o: vou parar de beber �lcool por uma semana, no m�nimo, ou bem mais tempo, por uns tempos!
Mas, por enq�anto, s� isso!
� que leio os posts depois, e os que escrevo sob dom�nio da qu�mica, n�o me batem bem, depois.
Mas, t� postado, t�.
Abstenha-me
p.s.: N�o, Decis�o n�o � nome de pinga n�o! Que ali�s eu n�o gosto. Mas me lembrei do b�bado esclarendo os desavisados: "Caaaaaaachaceeeeeiiiiroooo N�O! Eu n�o fa�o 'cachacha', eu s� as tomo!!!"
quarta-feira, novembro 12, 2003
Voc� pinta como eu pinto?!
"Ser� que � possivel sonhar, ou teremos que viver os sonhos dos outros?" (Um sonhador)
Outro dia encontrei com um amigo artista deprimido. Ele me desestimulou de quaisquer planos urbanos, desfilando a velha ladainha do or�amento participativo, das prioridades do aparelho urbano, etc�tera e tal. N�o valeu meu argumento de que n�o � necess�rio esperarmos governo para que nos governemos. N�s � que somos a raz�o (embora alguns loucos...) de nossa comunidade, de nossa urbe. Ali�s, o que mais ou�o me motiva a sentir como um Thomas Morus decapitado por um Henrique 8� da liberdade de pensamento e da falta de argumenta��o l�gica. Dinheiro apra mim n�o � quest�o de l�gica, se fosse, jogador de futebol pagava para jogar ao inv�s de receber qualquer coisa. Mesmo os do Cruzeiro. Ou principalmente eles, por jogarem no time que jogam...
Neg�cio seguinte: a pista de caminhada da andradas tem 2800 metros aproximadamente (me�o em tempo de caminhada/m�dia minha de 6km/h). Tem postes de ilumina��o a cada 30 metros (vivem apagados, especialmente e curiosamente, � noite tamb�m!). Entre cada 30 metros de v�o de poste de ilumina��o(?), tem 60 perfis em "V" que formam uma cerca ao longo da extens�o da avenida. Bom, se temos 2800 metros, divididos por 30 metros de v�o de poste, com 60 perfis a cada v�o, temos 5.599 perfis, onde a cada lado, com altura variando entre 2.5m a 3m, com 30cm de largura, temos uma senhora �rea para interven��es art�sticas cidad�s. A id�ia � a seguinte:
a PBH cadastra cada morador de rua, e pode cham�-los a escrever sua hist�ria na cidade. Cada um livre para qualquer coisa que queira manifestar. J� que eles n�o t�m endere�o, seus endere�os na cidade ser�o os perfis do memorial do cidad�o desconhecido. Chega de homenagear her�is de hist�ria duvidosa.
A nova cal�ada da cidadania, seria iluminada, com postes do lado de dentro do cercado da ferrovia, de dez em dez metros. Na cal�ada, a cada 10 metros, uma placa de metal ou cer�mica, com o nome ou logomarca do cidad�o/empresa patrocinador(a) da manuten��o daquele espa�o (280 patrocinadores), com custo mensal do rateio da despesa de ilumina��o, seguran�a, e jardins da cal�ada da cidadania. Um ponto tur�stico, que pode ter estagi�rios de turismo ciceroneando e explicando aos visitantes o prop�sito de inser��o social, cadastramento e registro da exist�ncia de tantos an�nimos que os pol�ticos nem sabem quanto s�o...
Mais uma id�ia doada. Que elas n�o acabam!
Outro dia encontrei com um amigo artista deprimido. Ele me desestimulou de quaisquer planos urbanos, desfilando a velha ladainha do or�amento participativo, das prioridades do aparelho urbano, etc�tera e tal. N�o valeu meu argumento de que n�o � necess�rio esperarmos governo para que nos governemos. N�s � que somos a raz�o (embora alguns loucos...) de nossa comunidade, de nossa urbe. Ali�s, o que mais ou�o me motiva a sentir como um Thomas Morus decapitado por um Henrique 8� da liberdade de pensamento e da falta de argumenta��o l�gica. Dinheiro apra mim n�o � quest�o de l�gica, se fosse, jogador de futebol pagava para jogar ao inv�s de receber qualquer coisa. Mesmo os do Cruzeiro. Ou principalmente eles, por jogarem no time que jogam...
Neg�cio seguinte: a pista de caminhada da andradas tem 2800 metros aproximadamente (me�o em tempo de caminhada/m�dia minha de 6km/h). Tem postes de ilumina��o a cada 30 metros (vivem apagados, especialmente e curiosamente, � noite tamb�m!). Entre cada 30 metros de v�o de poste de ilumina��o(?), tem 60 perfis em "V" que formam uma cerca ao longo da extens�o da avenida. Bom, se temos 2800 metros, divididos por 30 metros de v�o de poste, com 60 perfis a cada v�o, temos 5.599 perfis, onde a cada lado, com altura variando entre 2.5m a 3m, com 30cm de largura, temos uma senhora �rea para interven��es art�sticas cidad�s. A id�ia � a seguinte:
a PBH cadastra cada morador de rua, e pode cham�-los a escrever sua hist�ria na cidade. Cada um livre para qualquer coisa que queira manifestar. J� que eles n�o t�m endere�o, seus endere�os na cidade ser�o os perfis do memorial do cidad�o desconhecido. Chega de homenagear her�is de hist�ria duvidosa.
A nova cal�ada da cidadania, seria iluminada, com postes do lado de dentro do cercado da ferrovia, de dez em dez metros. Na cal�ada, a cada 10 metros, uma placa de metal ou cer�mica, com o nome ou logomarca do cidad�o/empresa patrocinador(a) da manuten��o daquele espa�o (280 patrocinadores), com custo mensal do rateio da despesa de ilumina��o, seguran�a, e jardins da cal�ada da cidadania. Um ponto tur�stico, que pode ter estagi�rios de turismo ciceroneando e explicando aos visitantes o prop�sito de inser��o social, cadastramento e registro da exist�ncia de tantos an�nimos que os pol�ticos nem sabem quanto s�o...
Mais uma id�ia doada. Que elas n�o acabam!
Gerald Thomas e meus pensamentos...
"(.)" (geraldo tom�s)
Leio (confesso, sem isen��o...!) a defesa de Grerald Thomas � sua atitude de mostrar a bunda � plat�ia do Municipal.
Eu fazia "bund�o" na minha adolesc�ncia de 30 anos atr�s.
N�o preciso de Gerald Thomas para me ensinar a mostrar a bunda em minha rebeldia sem causa.
N�o sou assim um aficcionado do teatro a ponto de me preocupar com Gerald Thomas.
Mas j� vi, no palco, maneiras muito mais eficazes de fazer protesto, sem precisar ser o rei nu da estorinha. Nem um louco sonho transformando as pessoas em baratas e sentindo a persegui��o � exist�ncia.
Gerald Thomas � inteligente o suficiente para ser mais criativo.
Para n�o precisar de Franz Kafka nem repetir coisas que fazem adolescentes.
Acompanhei, recentemente, um festival de teatro de uma rede de ensino,
cuja final se dar� em Belo Horizonte, dias 21 e 22 pr�ximos,
cujo mote era uma releitura das estorinhas, contos de fada.
Curiosamente, a pe�a que fazia a releitura d"o Rei est� nu!",
era a menos exemplificadora da arte c�nica atual (e nem passou da fase eliminat�ria!...).
Presenciei a cria��o an�rquica,
a cria��o incomodativa,
a cria��o contemplativa das mazelas humanas.
Textos e situa��es modernas
para explicar nossos velhos conceitos,
inclusive de que a rebeldia pode justificar qualquer coisa.
Ser rebelde � um pouco mais que mostrar a bunda.
Ali�s, a gente mostra a bunda q�ando perdeu todo o argumento
e quer dizer que n�o se importa em perder a causa
mas ainda assim mostrar o trof�u de nossa pouca import�ncia aos valores de todas as pessoas.
Mas quem vai ao teatro,
ainda que o teatro tenha a cobertura dos outros meios de comunica��o
(o teatro n�o � mais que um meio de comunica��o...),
n�o quer misturar o efeito e a profundidade
de cada meio de comunica��o em si.
A bunda de Gerald Thomas (que n�o vi nem quero ver!),
n�o me acrescenta nada ao conceito que deveria ter dele.
Afinal, algu�m que vive do teatro,
deve saber que mesmo a nudez tem que encerrar a naturalidade,
n�o a agressividade de j� ter mostrado o pinto antes da bunda,
para algu�m que tem a sexualidade como algo indefinido.
Num texto teatral,
a agress�o que a nudez pode causar
tem um efeito muito mais eficiente que fora do texto:
agradecer mostrando a bunda � inconformidade do p�blico diante do anti-teatro????...
Heteros, homos
(ou n�o se trataria de sexualidade, mas de impaci�ncia contra nossa suposta "genialidade"?!),
a gente n�o precisa de teatro barato para justificar a sexualidade,
que tem muito mais modos sutis de se apresentar � nossa vida e aos nossos "medos",
bem mais que sermos testemunhas da loucura do ser que � Gerald Thomas.
Ele, com suas d�vidas e agressividade barata,
que se vire com seus bot�es para apresentar
algo mais que uma desbundada bunda branca!
Meta o pau na bunda do geraldo tom�s! (na minha n�o, que mesmo que a mostre, � pela arte!)
Leio (confesso, sem isen��o...!) a defesa de Grerald Thomas � sua atitude de mostrar a bunda � plat�ia do Municipal.
Eu fazia "bund�o" na minha adolesc�ncia de 30 anos atr�s.
N�o preciso de Gerald Thomas para me ensinar a mostrar a bunda em minha rebeldia sem causa.
N�o sou assim um aficcionado do teatro a ponto de me preocupar com Gerald Thomas.
Mas j� vi, no palco, maneiras muito mais eficazes de fazer protesto, sem precisar ser o rei nu da estorinha. Nem um louco sonho transformando as pessoas em baratas e sentindo a persegui��o � exist�ncia.
Gerald Thomas � inteligente o suficiente para ser mais criativo.
Para n�o precisar de Franz Kafka nem repetir coisas que fazem adolescentes.
Acompanhei, recentemente, um festival de teatro de uma rede de ensino,
cuja final se dar� em Belo Horizonte, dias 21 e 22 pr�ximos,
cujo mote era uma releitura das estorinhas, contos de fada.
Curiosamente, a pe�a que fazia a releitura d"o Rei est� nu!",
era a menos exemplificadora da arte c�nica atual (e nem passou da fase eliminat�ria!...).
Presenciei a cria��o an�rquica,
a cria��o incomodativa,
a cria��o contemplativa das mazelas humanas.
Textos e situa��es modernas
para explicar nossos velhos conceitos,
inclusive de que a rebeldia pode justificar qualquer coisa.
Ser rebelde � um pouco mais que mostrar a bunda.
Ali�s, a gente mostra a bunda q�ando perdeu todo o argumento
e quer dizer que n�o se importa em perder a causa
mas ainda assim mostrar o trof�u de nossa pouca import�ncia aos valores de todas as pessoas.
Mas quem vai ao teatro,
ainda que o teatro tenha a cobertura dos outros meios de comunica��o
(o teatro n�o � mais que um meio de comunica��o...),
n�o quer misturar o efeito e a profundidade
de cada meio de comunica��o em si.
A bunda de Gerald Thomas (que n�o vi nem quero ver!),
n�o me acrescenta nada ao conceito que deveria ter dele.
Afinal, algu�m que vive do teatro,
deve saber que mesmo a nudez tem que encerrar a naturalidade,
n�o a agressividade de j� ter mostrado o pinto antes da bunda,
para algu�m que tem a sexualidade como algo indefinido.
Num texto teatral,
a agress�o que a nudez pode causar
tem um efeito muito mais eficiente que fora do texto:
agradecer mostrando a bunda � inconformidade do p�blico diante do anti-teatro????...
Heteros, homos
(ou n�o se trataria de sexualidade, mas de impaci�ncia contra nossa suposta "genialidade"?!),
a gente n�o precisa de teatro barato para justificar a sexualidade,
que tem muito mais modos sutis de se apresentar � nossa vida e aos nossos "medos",
bem mais que sermos testemunhas da loucura do ser que � Gerald Thomas.
Ele, com suas d�vidas e agressividade barata,
que se vire com seus bot�es para apresentar
algo mais que uma desbundada bunda branca!
Meta o pau na bunda do geraldo tom�s! (na minha n�o, que mesmo que a mostre, � pela arte!)
Sem coment�rios...
-1- O USO CONT�NUO DO �LCOOL PODE LEVAR AO USO DE DROGAS MAIS PESADAS?
N�o, o �lcool � a mais pesada das drogas: apenas uma garrafa de cerveja pesa cerca de 900 gramas.
2- A CERVEJA CAUSA DEPEND�NCIA PSICOL�GICA?
N�o. 89,7% dos psic�logos e psicanalistas entrevistados afirmam que
preferem whisky.
3- MULHERES GR�VIDAS PODEM BEBER SEM RISCO?
Sim. Est� provado que nas blitzen da pol�cia, eles nunca pedem pra fazer o teste nas gestantes... E quando uma delas tem que andar em linha reta, os guardas acham que ela est� torta pelo peso da barriga.
4- CERVEJA PODE DIMINUIR OS REFLEXOS DOS MOTORISTAS?
N�o. Uma experi�nciafoi feita c/ mais de 500 motoristas:
Foi dada 1 caixa de cerveja para cada um e, em seguida, colocaram um por um diante de um espelho. Em nenhum dos casos os reflexos foram alterados.
5- EXISTE ALGUMA RELA��O ENTRE BEBIDA E ENVELHECIMENTO?
Sim. A bebida envelhece muito r�pido. Para se ter uma id�ia, se voc� deixar a cerveja aberta em cima da mesa por muito tempo sem um acondicionamento especial, ela perde o seu sabor em aproximadamente quinze minutos.
6- A CERVEJA ATRAPALHA NO RENDIMENTO ESCOLAR?
N�o, pelo contr�rio. Alguns donos de faculdade est�o aumentando seus rendimentos com a venda de cerveja nos bares universit�rios.
7- BEBIDA MATA?
Sim. Anos atr�s soube-se que um rapaz, ao passear pelas ruas, foi atingido por 1 caixa de cerveja que caiu de um caminh�o, levando-o � morte instant�nea. Al�m disso, casos de infarto do mioc�rdio em idosos t�m sido associados �s propagandas de cervejas com modelos gostosas.
8- O QUE FAZ COM QUE A BEBIDA CHEGUE AOS ADOLESCENTES?
In�meras pesquisas v�m sendo feitas por laborat�rios de renome. Todas indicam que em primeiro lugar estaria o gar�om.
9- A CERVEJA CAUSA DIMINUI��O DA MEM�RIA?
Que eu me lembre n�o!
N�o, o �lcool � a mais pesada das drogas: apenas uma garrafa de cerveja pesa cerca de 900 gramas.
2- A CERVEJA CAUSA DEPEND�NCIA PSICOL�GICA?
N�o. 89,7% dos psic�logos e psicanalistas entrevistados afirmam que
preferem whisky.
3- MULHERES GR�VIDAS PODEM BEBER SEM RISCO?
Sim. Est� provado que nas blitzen da pol�cia, eles nunca pedem pra fazer o teste nas gestantes... E quando uma delas tem que andar em linha reta, os guardas acham que ela est� torta pelo peso da barriga.
4- CERVEJA PODE DIMINUIR OS REFLEXOS DOS MOTORISTAS?
N�o. Uma experi�nciafoi feita c/ mais de 500 motoristas:
Foi dada 1 caixa de cerveja para cada um e, em seguida, colocaram um por um diante de um espelho. Em nenhum dos casos os reflexos foram alterados.
5- EXISTE ALGUMA RELA��O ENTRE BEBIDA E ENVELHECIMENTO?
Sim. A bebida envelhece muito r�pido. Para se ter uma id�ia, se voc� deixar a cerveja aberta em cima da mesa por muito tempo sem um acondicionamento especial, ela perde o seu sabor em aproximadamente quinze minutos.
6- A CERVEJA ATRAPALHA NO RENDIMENTO ESCOLAR?
N�o, pelo contr�rio. Alguns donos de faculdade est�o aumentando seus rendimentos com a venda de cerveja nos bares universit�rios.
7- BEBIDA MATA?
Sim. Anos atr�s soube-se que um rapaz, ao passear pelas ruas, foi atingido por 1 caixa de cerveja que caiu de um caminh�o, levando-o � morte instant�nea. Al�m disso, casos de infarto do mioc�rdio em idosos t�m sido associados �s propagandas de cervejas com modelos gostosas.
8- O QUE FAZ COM QUE A BEBIDA CHEGUE AOS ADOLESCENTES?
In�meras pesquisas v�m sendo feitas por laborat�rios de renome. Todas indicam que em primeiro lugar estaria o gar�om.
9- A CERVEJA CAUSA DIMINUI��O DA MEM�RIA?
Que eu me lembre n�o!
terça-feira, novembro 11, 2003
Money talks
"Mooooneeeeeeyyyy" (Pink, o Floyd)
Reviro hoje meus e-mails lixos na cesta cheia, e acho uma not�cia que a Mexicana, companhia de avia��o daquele topon�mico pa�s, vai sair do acordo com United Airlines, mas se mantendo na Star Alliance.
Lembrei-me que um dia fui inq�irido sobre o que achava das alian�as ent�o rec�m criadas, por um cliente, experiente homem de neg�cios, viajado e letrado.
Respondi que n�o acreditava, porqu� os grandes iriam engolir os pequenos com o sufoco das suas redes, muito mais extensas que a dos pequenos, que seriam sempre feeders (alimentadores) dos grandes, cada vez maiores.
Tiro e queda. A Mexicana est� gerando mais neg�cios para a United, que a vice-versa vers�o. E eles est�o na NAFTA.
Ent�o, decido eu com meus bot�es que � ruim entrar em negocia��o na ALCA. Temos costumes diferentes de nossos hermanos latinos, e pujan�a e popula��o para crescer mais que qualquer um deles que se ponha do lado dos americanos em quest�es comerciais internacionais. As frotas s�o deles, os av�es s�o deles, os servi�os s�o os deles, os padr�es s�o os deles... Perai, tem que ter um pouquinho de vosso reino tamb�m, n�o � o s� o nosso reino para eles n�o...
Eu n�o quero ter que passar pela vergonha de ser capacho de americano, trabalhando em regime escravo e amea�ador nas grandes cidades americanas, vivendo em guetos, e sempre associados a atividades criminosas, como o s�o os mexicanos e todos os de l�ngua espanhola, sempre "chicanos" para eles, para serem capachos de "chicanos" classe m�dia ou yankees de qualquer classe, que l� se serve de soldado a presidente, e para eles, tudo do bom e do melhor.
Yankees, GO HOME!
p.s.: Ah, e dizem que a Microsoft vai entrar no esquema de buscadores, porque a Google vai lan�ar a��es na NASDAQ ano que vem... Al�m de tudo, s�o antropof�gicos.
E o Imp�rio sempre Contra-Ataca!
Reviro hoje meus e-mails lixos na cesta cheia, e acho uma not�cia que a Mexicana, companhia de avia��o daquele topon�mico pa�s, vai sair do acordo com United Airlines, mas se mantendo na Star Alliance.
Lembrei-me que um dia fui inq�irido sobre o que achava das alian�as ent�o rec�m criadas, por um cliente, experiente homem de neg�cios, viajado e letrado.
Respondi que n�o acreditava, porqu� os grandes iriam engolir os pequenos com o sufoco das suas redes, muito mais extensas que a dos pequenos, que seriam sempre feeders (alimentadores) dos grandes, cada vez maiores.
Tiro e queda. A Mexicana est� gerando mais neg�cios para a United, que a vice-versa vers�o. E eles est�o na NAFTA.
Ent�o, decido eu com meus bot�es que � ruim entrar em negocia��o na ALCA. Temos costumes diferentes de nossos hermanos latinos, e pujan�a e popula��o para crescer mais que qualquer um deles que se ponha do lado dos americanos em quest�es comerciais internacionais. As frotas s�o deles, os av�es s�o deles, os servi�os s�o os deles, os padr�es s�o os deles... Perai, tem que ter um pouquinho de vosso reino tamb�m, n�o � o s� o nosso reino para eles n�o...
Eu n�o quero ter que passar pela vergonha de ser capacho de americano, trabalhando em regime escravo e amea�ador nas grandes cidades americanas, vivendo em guetos, e sempre associados a atividades criminosas, como o s�o os mexicanos e todos os de l�ngua espanhola, sempre "chicanos" para eles, para serem capachos de "chicanos" classe m�dia ou yankees de qualquer classe, que l� se serve de soldado a presidente, e para eles, tudo do bom e do melhor.
Yankees, GO HOME!
p.s.: Ah, e dizem que a Microsoft vai entrar no esquema de buscadores, porque a Google vai lan�ar a��es na NASDAQ ano que vem... Al�m de tudo, s�o antropof�gicos.
E o Imp�rio sempre Contra-Ataca!
Assim � a vida...
Sei hoje cedo, pela "ex-posa", que um casal amigo vai se separar.
Chegaram �s vias do fato, mais uma vez, esse fato-beirada na vida que s�o esses tipos de decis�es. Acho que ele perde mais que ela, n�o pelo material, mas pelo ritmo do casal. Ela vai continuar soci�vel, animada, e ele, pode piorar a erimitice.
Artistas...
...
Engra�ado � que ontem a noite encontrei com esse amigo, e ele n�o me contou que era s�rio mesmo a coisa. Embora ele j� houvesse dito, como o dissera tantas e tantas vezes, at� ofereci minha casa para ele, para que n�o chegassem ao fim assim de uma maneira brutal e imbecil.
E amanh� tem uma exposi��o que ela promove, e vou para ver como � que vai ser o �nimo dela. Apesar dela ter virado meio inimiguinha quando eu me separei, sei que ela gosta de mim, como eu gosto dela. O pior � lidar com os ci�mes que ele pode ter... Eu avisei!!!
...
Na mesma noite de ontem, encontrei um outro amigo, depr�. Deprimi-me tamb�m, e baixou um sono danado, cedo. Crises ainda de um casamento rompido h� quase 3 anos, crises financeiras pelas megal�manas obras e um apego absurdo por coisas materiais que perdeu...
...
e vou divagando, pensando em minha vida:
ser� que terei um dia que voltar a conversar com a minha ex sobre as coisas que nos afastaram? A gente j� se falou disso antes, por telefone, e nos confessamos felizes com nossas decis�es.
Mas ainda assim, � muito dif�cil lidar com as pessoas autorit�rias e impacientes, que n�o ouvem nossas explica��es.
Ser� que a gente pode se separar de novo de quem j� se separou?
Chegaram �s vias do fato, mais uma vez, esse fato-beirada na vida que s�o esses tipos de decis�es. Acho que ele perde mais que ela, n�o pelo material, mas pelo ritmo do casal. Ela vai continuar soci�vel, animada, e ele, pode piorar a erimitice.
Artistas...
...
Engra�ado � que ontem a noite encontrei com esse amigo, e ele n�o me contou que era s�rio mesmo a coisa. Embora ele j� houvesse dito, como o dissera tantas e tantas vezes, at� ofereci minha casa para ele, para que n�o chegassem ao fim assim de uma maneira brutal e imbecil.
E amanh� tem uma exposi��o que ela promove, e vou para ver como � que vai ser o �nimo dela. Apesar dela ter virado meio inimiguinha quando eu me separei, sei que ela gosta de mim, como eu gosto dela. O pior � lidar com os ci�mes que ele pode ter... Eu avisei!!!
...
Na mesma noite de ontem, encontrei um outro amigo, depr�. Deprimi-me tamb�m, e baixou um sono danado, cedo. Crises ainda de um casamento rompido h� quase 3 anos, crises financeiras pelas megal�manas obras e um apego absurdo por coisas materiais que perdeu...
...
e vou divagando, pensando em minha vida:
ser� que terei um dia que voltar a conversar com a minha ex sobre as coisas que nos afastaram? A gente j� se falou disso antes, por telefone, e nos confessamos felizes com nossas decis�es.
Mas ainda assim, � muito dif�cil lidar com as pessoas autorit�rias e impacientes, que n�o ouvem nossas explica��es.
Ser� que a gente pode se separar de novo de quem j� se separou?
segunda-feira, novembro 10, 2003
Desconfiando...
"Acho que estou louco...!" (Um at�nito!!!)
Meus amigos e companheiros de tempo, devem me achar doido. O que n�o me surpreende. Acho que na �poca dos hosp�cios, pelo menos um irm�o meu adoraria me mandar para um, se soubesse de mim hoje!
Agora h� pouco (de fora...) vejo uma luz acender na tensa sombra sonora de meu monitor-com-alto-falantes.
Deu-se que estava
t�o disperso em pensamentos,
que me imaginei em outro lugar,
e a luz que acendia me trazia
de volta no tempo,
num flash louqu�ssimo...
acho que preciso beber algo...
Ser� abstin�ncia?
Ou minha maior penit�ncia?
Ai, que falta de paci�ncia,
enq�anto n�o vem a ci�ncia,
com toda sua pujan�a,
fazer pontes de esperan�a
nos cora��es dos pag�os?
dos deuses da vida afora,
dos deuses da vida agora,
dos deuses de quem demora,
dos deuses de quem namora,
dos deuses de quem vai embora,
e de quem chega, agora,
ou em outra qualquer hora,
se quando se parte,
parte em peda�os a alma,
lan�a gritos silenciosos,
olhares escuros,
cobrem a lua,
e de l� v�em toda a vida na terra,
at� a do pr�ncipe gal�s, ou inglaterra...
O mundo � assim.
Discorro sobre a vulnerabilidade do ser p�blico.
Citemos Rom�rio. Outro dia, chamado de covarde, foi dar uma porrada no advers�rio e virou manchete da estrela cadente que ele j� �, mas por outros motivos, como ser desagregador e sacana. Bad boy da baixada fluminense...
Aqueles que ouviram falar dos malandros do Rio de antigamente, e querem ter a influ�ncia que tinham eles...
E, como diria um mais incauto, "por ai afora vai".
Quem t� na chuva � pr� molhar. Tem que estabilizar...
Fa�a o que digo, n�o fa�a o que fa�a!
Meus amigos e companheiros de tempo, devem me achar doido. O que n�o me surpreende. Acho que na �poca dos hosp�cios, pelo menos um irm�o meu adoraria me mandar para um, se soubesse de mim hoje!
Agora h� pouco (de fora...) vejo uma luz acender na tensa sombra sonora de meu monitor-com-alto-falantes.
Deu-se que estava
t�o disperso em pensamentos,
que me imaginei em outro lugar,
e a luz que acendia me trazia
de volta no tempo,
num flash louqu�ssimo...
acho que preciso beber algo...
Ser� abstin�ncia?
Ou minha maior penit�ncia?
Ai, que falta de paci�ncia,
enq�anto n�o vem a ci�ncia,
com toda sua pujan�a,
fazer pontes de esperan�a
nos cora��es dos pag�os?
dos deuses da vida afora,
dos deuses da vida agora,
dos deuses de quem demora,
dos deuses de quem namora,
dos deuses de quem vai embora,
e de quem chega, agora,
ou em outra qualquer hora,
se quando se parte,
parte em peda�os a alma,
lan�a gritos silenciosos,
olhares escuros,
cobrem a lua,
e de l� v�em toda a vida na terra,
at� a do pr�ncipe gal�s, ou inglaterra...
O mundo � assim.
Discorro sobre a vulnerabilidade do ser p�blico.
Citemos Rom�rio. Outro dia, chamado de covarde, foi dar uma porrada no advers�rio e virou manchete da estrela cadente que ele j� �, mas por outros motivos, como ser desagregador e sacana. Bad boy da baixada fluminense...
Aqueles que ouviram falar dos malandros do Rio de antigamente, e querem ter a influ�ncia que tinham eles...
E, como diria um mais incauto, "por ai afora vai".
Quem t� na chuva � pr� molhar. Tem que estabilizar...
Fa�a o que digo, n�o fa�a o que fa�a!
Memoriol
"Lembrei!" (Eu, fazendo xixi...)
Antigamente, eu sabia que todos os pentelhos ruivos eram meus.
Agora, com o primog�nito morando em casa, t� dif�cil, viu!
Antigamente, eu sabia que todos os pentelhos ruivos eram meus.
Agora, com o primog�nito morando em casa, t� dif�cil, viu!
Post-it pros posts...
"Preciso lembrar, preciso lembrar... a hora, a hora! N�o tenho tempo, n�o tenho tempo..." (Nova vers�o para Alice)
Seguinte:
j� esqueci!
Que bost!!!
Esqueci o que ia dizer.
Ia lembrar que n�o falei dos trem-telas, e da arte do grafite nos vag�es que cruzam a Contorno, porqu� vi um �nibus grafitado, com adesivo, de uma propaganda da PBH sobre um Festival de Arte Negra. N�o vi que data, nem se j� passou...
Mas lembrei que precisava anotar mais algo, que sempre anoto na cadernetinha, mas resolvi anotar em blogue para ser desenvolvido depois...
Mas esqueci...
E anoto na cadernetinha e esque�o de rev�-la! Assim, as id�ias que tenho s�o contempor�neas (acham-me velho...). Pensei exatamente nisso, mas em trens de carga. S� os de carga. Pr� espalhar pelo pa�s e n�o cansar s� num lugar. Arte despertando arte...
Seguinte:
j� esqueci!
Que bost!!!
Esqueci o que ia dizer.
Ia lembrar que n�o falei dos trem-telas, e da arte do grafite nos vag�es que cruzam a Contorno, porqu� vi um �nibus grafitado, com adesivo, de uma propaganda da PBH sobre um Festival de Arte Negra. N�o vi que data, nem se j� passou...
Mas lembrei que precisava anotar mais algo, que sempre anoto na cadernetinha, mas resolvi anotar em blogue para ser desenvolvido depois...
Mas esqueci...
E anoto na cadernetinha e esque�o de rev�-la! Assim, as id�ias que tenho s�o contempor�neas (acham-me velho...). Pensei exatamente nisso, mas em trens de carga. S� os de carga. Pr� espalhar pelo pa�s e n�o cansar s� num lugar. Arte despertando arte...
Os Milagres da Rep�blica Atual
"Eu ia p�r 'Lula', mas sei l� que segredo � esse milagroso...!" (Eu)
Aviso que sou Lula desde criancinha. A aplaudo ou critico conforme a atua��o, certa feita, quando muito radical, pensei se ningu�m ia mandar mat�-lo... Lembrem-se que eram �pocas de coron�is!
Falar em coron�is, pensei numa revolu��o para as for�as armadas.
A miscigena��o do pensamento estrat�gico militar.
Ou seja: as for�as armadas brasileiras, parariam de formar militares, exceto os pra�as e os oficiais-intendentes.
� medida que os atuais militares fossem passando � reserva (remunerada ou n�o), seriam substitu�dos pelos profissionais com idade entre 40 e 65 anos, aposentados ou rec�m-desempregados (este �ltimos primeiro), para cargos compat�veis ao seu conhecimento profissional dentro das for�as armadas. Ou seja, um piloto de avi�es ou helic�pteros, desempregado escolhe ir para a marinha, ex�rcito ou aeron�utica, porqu� as tr�s armas, al�m das pol�cias militares, rodovi�rias e civis..., t�m avia��o. O sal�rio, seria o seguro-desemprego pago pelo INSS, ou o valor da aposentadoria paga pelo mesmo.
O or�amento das for�as armadas continuaria dentro das determina��es constitucionais, mas haveria o compromisso de repassar 50% da economia das for�as armadas, dentro das mesmas proje��es atuais a at� 20 anos futuros, para o pr�prio INSS ou para institui��es de previd�ncia privada � escolha do benefici�rio.
Melhor que o nada que alucina os nossos grandes s�bios e pensadores que n�o tiveram a oportunidade na inf�ncia de irem para as academias militares, mas que sempre se prepararam para morrer pelo Brasil, como ouvem no hino...
Mas o que eu queria falar mesmo era sobre a revela��o bomb�stica da revela��o, essa noite, de mais um segr�do da r�-p�blica, pelo Ministro Nelson Jobim. Que a OAB quer cassar, com base em sua confiss�o de ter conspirado, enq�anto deputado, acrescentando na constuinte, texto n�o votado pelos de-putados. Que, aos honestos, tem mais � que deixar puto mesmo.... Quem tava l� votando? Em quem eu votei para constituinte? Com quem eu tenho mesmo que reclamar?!
Voto cassado. Risca essa constitui��o! Mas ponham outra verdadeira! N�o � DITADURA de qualquer poder da r�!!
Aviso que sou Lula desde criancinha. A aplaudo ou critico conforme a atua��o, certa feita, quando muito radical, pensei se ningu�m ia mandar mat�-lo... Lembrem-se que eram �pocas de coron�is!
Falar em coron�is, pensei numa revolu��o para as for�as armadas.
A miscigena��o do pensamento estrat�gico militar.
Ou seja: as for�as armadas brasileiras, parariam de formar militares, exceto os pra�as e os oficiais-intendentes.
� medida que os atuais militares fossem passando � reserva (remunerada ou n�o), seriam substitu�dos pelos profissionais com idade entre 40 e 65 anos, aposentados ou rec�m-desempregados (este �ltimos primeiro), para cargos compat�veis ao seu conhecimento profissional dentro das for�as armadas. Ou seja, um piloto de avi�es ou helic�pteros, desempregado escolhe ir para a marinha, ex�rcito ou aeron�utica, porqu� as tr�s armas, al�m das pol�cias militares, rodovi�rias e civis..., t�m avia��o. O sal�rio, seria o seguro-desemprego pago pelo INSS, ou o valor da aposentadoria paga pelo mesmo.
O or�amento das for�as armadas continuaria dentro das determina��es constitucionais, mas haveria o compromisso de repassar 50% da economia das for�as armadas, dentro das mesmas proje��es atuais a at� 20 anos futuros, para o pr�prio INSS ou para institui��es de previd�ncia privada � escolha do benefici�rio.
Melhor que o nada que alucina os nossos grandes s�bios e pensadores que n�o tiveram a oportunidade na inf�ncia de irem para as academias militares, mas que sempre se prepararam para morrer pelo Brasil, como ouvem no hino...
Mas o que eu queria falar mesmo era sobre a revela��o bomb�stica da revela��o, essa noite, de mais um segr�do da r�-p�blica, pelo Ministro Nelson Jobim. Que a OAB quer cassar, com base em sua confiss�o de ter conspirado, enq�anto deputado, acrescentando na constuinte, texto n�o votado pelos de-putados. Que, aos honestos, tem mais � que deixar puto mesmo.... Quem tava l� votando? Em quem eu votei para constituinte? Com quem eu tenho mesmo que reclamar?!
Voto cassado. Risca essa constitui��o! Mas ponham outra verdadeira! N�o � DITADURA de qualquer poder da r�!!
Aviso aos Navegantes
"Em Bras�lia, 'dez � nove' horas" (Locutor da Voz do Brasil)
Eu me sinto como um funcion�rio, p�blico ou privado, incompetente.
Essa � a terceira vez que volto a esse post, depois de delet�-lo misteriosamente com um CTRL+ESC b�sta de meus dedos ansiosos... (agora eu o fa�o como e-mail, depois posto...)
� o seguinte: Aviso aos Navegantes � a se��o da Hora do Brasil que � transmitida por todas as esta��es de r�dio brasileiras, �s 19 horas, cujo locutor antigo falava "dez � nove" horas.
Um contra-senso, que � t�pico de quem n�o sabe usar direito as palavras.
E aviso ao navegantes, dou eu:
Lula falou que garantiria aos africanos lus�fonos o direito de entrarem no Brasil, trabalhar e viver sem qualquer tipo de visto. Mas, como percebo que tenho "leitores" a�oreanos (o mar tamb�m seria �frica?), mo�ambicanos (ou seria mo�ambiquenhos? Como preferirem, "br�s" (nossa mania de g�rias do slang americano... "Bros" � contra��o de "Brothers". Como Warner, Bros. Los Hermanos Warner, dir-se-ia para meus amigos das terras de meus ascendentes).
Bem, na verdade, o assunto dessa cidadania brasileira j� tramita no Congresso e Senado Federal, mas no ritmo que anda legisla��o brasileira, mas como dizia, a legisla��o brasileira anda a passos de tartarugas
(em Belo Horizonte ainda tem lei que pro�be amarrar cavalo na Afonso Pena..., mas como andam os ambientalistas, � melhor n�o excluir nossos irm�os eq�inos de nossa preocupa��o automobil�stica transit�ria, sen�o teremos protestos e merda espalhada na Avenida. � melhor deixar a lei, e garantir aos cavalos belorizontinos o direito de circularem, apenas n�o podendo ser amarrados na Avenida Afonso Pena. Ali�s, dever�amos ter as charretes a circular numa pista exclusiva, quando tirarem todos os �nibus (auto-buses) da Afonso Pena e do Centr�o da cidade. A prop�sito, me lembro ent�o do epis�dio de Nietzche em Mil�o (ou seria Turin), do acesso de loucura e declara��o de amor a um cavalo...).
Ent�o, irm�os africanos, n�o se lancem ao mar ainda!
Voc�s ser�o deportados... E Lula nada pode fazer, enq�anto a Constitui��o n�o for alterada!
R�dio Farol
Eu me sinto como um funcion�rio, p�blico ou privado, incompetente.
Essa � a terceira vez que volto a esse post, depois de delet�-lo misteriosamente com um CTRL+ESC b�sta de meus dedos ansiosos... (agora eu o fa�o como e-mail, depois posto...)
� o seguinte: Aviso aos Navegantes � a se��o da Hora do Brasil que � transmitida por todas as esta��es de r�dio brasileiras, �s 19 horas, cujo locutor antigo falava "dez � nove" horas.
Um contra-senso, que � t�pico de quem n�o sabe usar direito as palavras.
E aviso ao navegantes, dou eu:
Lula falou que garantiria aos africanos lus�fonos o direito de entrarem no Brasil, trabalhar e viver sem qualquer tipo de visto. Mas, como percebo que tenho "leitores" a�oreanos (o mar tamb�m seria �frica?), mo�ambicanos (ou seria mo�ambiquenhos? Como preferirem, "br�s" (nossa mania de g�rias do slang americano... "Bros" � contra��o de "Brothers". Como Warner, Bros. Los Hermanos Warner, dir-se-ia para meus amigos das terras de meus ascendentes).
Bem, na verdade, o assunto dessa cidadania brasileira j� tramita no Congresso e Senado Federal, mas no ritmo que anda legisla��o brasileira, mas como dizia, a legisla��o brasileira anda a passos de tartarugas
(em Belo Horizonte ainda tem lei que pro�be amarrar cavalo na Afonso Pena..., mas como andam os ambientalistas, � melhor n�o excluir nossos irm�os eq�inos de nossa preocupa��o automobil�stica transit�ria, sen�o teremos protestos e merda espalhada na Avenida. � melhor deixar a lei, e garantir aos cavalos belorizontinos o direito de circularem, apenas n�o podendo ser amarrados na Avenida Afonso Pena. Ali�s, dever�amos ter as charretes a circular numa pista exclusiva, quando tirarem todos os �nibus (auto-buses) da Afonso Pena e do Centr�o da cidade. A prop�sito, me lembro ent�o do epis�dio de Nietzche em Mil�o (ou seria Turin), do acesso de loucura e declara��o de amor a um cavalo...).
Ent�o, irm�os africanos, n�o se lancem ao mar ainda!
Voc�s ser�o deportados... E Lula nada pode fazer, enq�anto a Constitui��o n�o for alterada!
R�dio Farol
Rom�nticos...
"Hoje acordei... com saudades de voc�, beijei aquela carta que voc� me ofertou, sentei naquele banco l� da pra�a, s� por qu�, ... foi l� que come�ou o nosso amor!!!!" (A Pra�a, m�sica de autoria disputada)
Eu avisei sobre o Vander Lee, n� mesmo? H� bem mais tempo, e era um show "de gr�tis".
Pois bem, ontem paguei 10 pratas para v�-lo, mais 35 em dois CD�s dele (j� tinha um), simplesmente... lindos!
Estava ao lado do anjo que "me aplicou" esse compositor mineiro, autor de, por exemplo, "Onde Deus possa me ouvir", cuja interpreta��o pela Gal Costa (me desculpe, Vander Lee!) � simplesmente encantadora...
"Sabe o que queria agora,
meu bem...
Sair, chegar l� fora
e encontrar algu�m,
que n�o perguntasse nada,
e nem me dissesse nada
tamb�m...
Que me oferecesse um colo, um ombro,
onde eu desag�asse todo o meu desengano
mas a vida anda louca,
as pessoas andam tristes
meus amigos s�o amigos
de ningu�m
Sabe o eu queria agora, meu amor,
morar no interior do meu interior,
pr� entender porqu� se agridem,
se empurram prum abismo,
se debatem
se combatem
sem saber!
Meu amor,
deixa eu chorar at� cansar,
me leve pr� qualquer lugar,
aonde Deus possa me ouvir
minha dor,
eu n�o consigo compreender,
eu quero algo pr� beber,
me deixe aqui, pode sair,
Adeus"
Precisa ouvir, precisa ouvir...
Ai, a anja ao meu lado gritava, a cada m�sica: "Lind�o, lind�o!!!"
Eu ensaiei uma cara brava e questionei: "Uai, mas n�o era EU o lindo?!"
Ao que ela retrucou na hora: "Mas lindo � ESSE MOMENTO ao seu lado, meu Lindo! S� t� lhe dizendo isso, assim, gritado!"
Mas eu disse que o Vander Lee poderia achar que ela o achava bonito (� um cara muito simp�tico, espirituoso, divertido, com uma presen�a de palco fant�stica, reconhe�o, mas dai a lindo...)
Esqueci-me da explica��o e continuei com a cara de bravo.
Na m�sica seguinte ela gritou: "Bravo, Brav��!"
Sorri para ela e deixei minha m�scara cair...
Mas fiquei sem saber se ela me gritava ou aplaudia a m�sica!
Grite algo ai!
Eu avisei sobre o Vander Lee, n� mesmo? H� bem mais tempo, e era um show "de gr�tis".
Pois bem, ontem paguei 10 pratas para v�-lo, mais 35 em dois CD�s dele (j� tinha um), simplesmente... lindos!
Estava ao lado do anjo que "me aplicou" esse compositor mineiro, autor de, por exemplo, "Onde Deus possa me ouvir", cuja interpreta��o pela Gal Costa (me desculpe, Vander Lee!) � simplesmente encantadora...
"Sabe o que queria agora,
meu bem...
Sair, chegar l� fora
e encontrar algu�m,
que n�o perguntasse nada,
e nem me dissesse nada
tamb�m...
Que me oferecesse um colo, um ombro,
onde eu desag�asse todo o meu desengano
mas a vida anda louca,
as pessoas andam tristes
meus amigos s�o amigos
de ningu�m
Sabe o eu queria agora, meu amor,
morar no interior do meu interior,
pr� entender porqu� se agridem,
se empurram prum abismo,
se debatem
se combatem
sem saber!
Meu amor,
deixa eu chorar at� cansar,
me leve pr� qualquer lugar,
aonde Deus possa me ouvir
minha dor,
eu n�o consigo compreender,
eu quero algo pr� beber,
me deixe aqui, pode sair,
Adeus"
Precisa ouvir, precisa ouvir...
Ai, a anja ao meu lado gritava, a cada m�sica: "Lind�o, lind�o!!!"
Eu ensaiei uma cara brava e questionei: "Uai, mas n�o era EU o lindo?!"
Ao que ela retrucou na hora: "Mas lindo � ESSE MOMENTO ao seu lado, meu Lindo! S� t� lhe dizendo isso, assim, gritado!"
Mas eu disse que o Vander Lee poderia achar que ela o achava bonito (� um cara muito simp�tico, espirituoso, divertido, com uma presen�a de palco fant�stica, reconhe�o, mas dai a lindo...)
Esqueci-me da explica��o e continuei com a cara de bravo.
Na m�sica seguinte ela gritou: "Bravo, Brav��!"
Sorri para ela e deixei minha m�scara cair...
Mas fiquei sem saber se ela me gritava ou aplaudia a m�sica!
Grite algo ai!
sexta-feira, novembro 07, 2003
Delirando...
"Uau!!! Parece que abriu meu canal de pensamentos!" (Um otimista, candidamente...)
� engra�ado como num dia as perspectivas das coisas tomam rumos diferentes...
Um dia, um des�nimo, outro dia, outro �nimo.
Detalhes, detalhes...
Nossa vis�o ansiosa n�o nos permite ver o futuro de nossos sonhos, e nos conduz a um erro, essa vis�o ansiosa.
� o de pensar que se pode refazer depois. Ou que algu�m me ajudar� a melhorar depois.
O futuro que n�o se v� e n�o cria a motiva��o para o pensamento projetado em nossas vis�es, sempre esconder�
as falhas do presente que n�o experimentamos.
Ou seja:
- o que deixamos de viver no presente, servindo de modelo a nossos projetos (por exemplo, andar num fusca e se imaginar num porsche, vestir um jeans surrado e se sentir vestindo um armani), ou seja, sermos n�s e nossos sonhos mesmo, sermos sinceros conosco e nossa �ndole comportamental (tribal, social, animal), permitindo que avaliemos os valores das experi�ncias imagin�rias que temos, e ent�o escolhamos que ao inv�s do porsche, agora bom mesmo seria uma mercedes convers�vel, ou um 206 cabriolet...
Exercitando isso, adaptamos os sonhos � nossa maturidade ou juventude ou inf�ncia. O l�dico do brinquedo e das brincadeiras, os festivais, livros e cabe�as dos �dolos da juventude, o mundo e toda sua diversidade (e adversidades) na maturidade.
� engra�ado como num dia as perspectivas das coisas tomam rumos diferentes...
Um dia, um des�nimo, outro dia, outro �nimo.
Detalhes, detalhes...
Nossa vis�o ansiosa n�o nos permite ver o futuro de nossos sonhos, e nos conduz a um erro, essa vis�o ansiosa.
� o de pensar que se pode refazer depois. Ou que algu�m me ajudar� a melhorar depois.
O futuro que n�o se v� e n�o cria a motiva��o para o pensamento projetado em nossas vis�es, sempre esconder�
as falhas do presente que n�o experimentamos.
Ou seja:
- o que deixamos de viver no presente, servindo de modelo a nossos projetos (por exemplo, andar num fusca e se imaginar num porsche, vestir um jeans surrado e se sentir vestindo um armani), ou seja, sermos n�s e nossos sonhos mesmo, sermos sinceros conosco e nossa �ndole comportamental (tribal, social, animal), permitindo que avaliemos os valores das experi�ncias imagin�rias que temos, e ent�o escolhamos que ao inv�s do porsche, agora bom mesmo seria uma mercedes convers�vel, ou um 206 cabriolet...
Exercitando isso, adaptamos os sonhos � nossa maturidade ou juventude ou inf�ncia. O l�dico do brinquedo e das brincadeiras, os festivais, livros e cabe�as dos �dolos da juventude, o mundo e toda sua diversidade (e adversidades) na maturidade.
quinta-feira, novembro 06, 2003
Tolos revolucion�rios...
"Facada neles!" (Meu filho, from NYC)
"Fala a� galera,
dando continuidade
ao e-mail que recebi do meu irm�o,
mande isso pra amigos e conhecidos
pr� assim espalharmos o que
esses fil...hos da pu...ta e cre...tinos merecem!!!!!
Facada deles!!!
Esse tipo de gente
a gente tem que matar
em pra�a p�blica
pr� espalhar o exemplo
e depois confiscar bens
pr� pagar as contas da matan�a!!!! �
� desse jeito que o Brasil
t� melhorando e crescendo?
Pode at� estar,
mas nesse passo,
nenhum de nossa gera��o
e nem os filhos dos de
nossa gera��o
v�o ver isso dar certo!!!!
Morte ao politicos!!!!!!!
Voc� sabia que os deputados federais ganham...
Sal�rio: R$ 12 mil
Aux�lio-moradia: R$ 3 mil
Transporte: 4 passagens a�reas de ida e volta a Bras�lia/m�s
13� e 14� sal�rios: No fim e no in�cio de cada ano legislativo
Verba para despesas comprovadas: R$ 7 mil
Verba para assessores: R$ 3,8 mil
90 dias de f�rias anuais e f olga remunerada de 30 dias
Mais 35 mil por m�s como verba de gabinete.
Direito a contratar 20 servidores para seu gabinete
E ainda v�o receber R$ 25,4 mil para trabalharem durante o recesso?
O dinheiro sair� dos cofres p�blicos, ou seja, do nosso bolso !!!
Mostre sua indigna��o e envie este texto a todos os seus amigos e
conhecidos para que protestem junto aos deputados federais e senadores
PROTESTE MANDANDO PARA TODOS DE SUA LISTA E GRUPOS!
Agora vamos pensar o seguinte:
Fora isso tudo, algum privil�gio semelhante lhe � conferido, assim como para aqueles que teoricamente s�o contratados por n�s brasileiros? Voc�
pode dizer que eles t�m feitos realmente importantes no decorrer da hist�ria do pa�s, para ajudar a construir um pa�s melhor? Algu�m disse que
para existir o rico, tem que existir o miser�vel. N�o � bem assim, mas para existir um bandido desses tem que existir:
- Um pa�s com fome;
- Um pa�s sem educa��o;
- Um pa�s sem seguran�a;
- Um pa�s que se desenvolve somente para a menor fatia de sua na��o;
- Um bandido menor pra levar a culpa e
- Pessoas que n�o se importam.
Vamos tentar mudar isso! Vamos tomar consci�ncia de que o pa�s � nosso e se n�o cuidarmos dele, um dia vamos olhar para tr�s e pensar no que podia ter se tornado um pa�s com dimens�es fant�sticas, natureza abundante e diversificada, riqueza mineral e natural, que em breve ser�o lembradas pelos museus e hist�rias de um passado n�o muito distante.
Chegou a hora da revolu��o! N�o vamos derramar sangue ou mesmo inflingir lei alguma! � a revolu��o branca, onde todos, sem discrimina��o qualquer, d�o as m�os e batem de frente com o governo que n�o olha por n�s! N�s vamos somar dia ap�s dia mais pessoas indignadas com sede de justi�a e com anseios por um povo que � sim trabalhador!
Ao inv�s de ser criativos para pensar num jeito de passar algu�m para tr�s e de fazer coisas erradas.....vamos ser criativos sim! Vamos dar um jeito
de tirar do poder todos aqueles que n�o o merecerem.
N�o podemos ficar esperando por planos e pacotes que est�o preocupados em acabar com a viol�ncia num determinado lugar e a fome no nordeste! Temos que acabar com a viol�ncia em todo o pa�s. Um estado n�o compete com o outro. Um completa o outro. Temos que ter um pa�s educado. Um pa�s onde as escolas nos preparam para a vida e n�o para o vestibular. Um pa�s onde as crian�as aprendem o que � certo e errado e n�o somente a multiplicar. Um pa�s onde o povo pensa e faz ao inv�s de um pa�s onde somos perseguidos pela lei, pelo fato da lei ser t�o confusa onde tudo tem dois pesos e duas medidas.
N�o podemos aceitar um pa�s onde se n�o fosse pela m�dia, as leis n�o seriam cumpridas nunca. N�o podemos ter um pa�s que n�o pensa no povo como um todo.
N�o podemos ficar parados enquanto os verdadeiros ladr�es, assassinos e outros perversos que nos pro�bem de viver decentemente, vagam por para�sos, esbanjando nosso dinheiro em suas perip�cias criminosas!
Eu desafio todos os governantes e todos os funcion�rios do governo a dizerem quanto ganham em pra�a p�blica. Desafio todos eles a dizerem o que
t�m feito pelo seu povo e eleitores. Desafio a dizerem a verdade. Se forem homens mesmo! Se t�m algum orgulho e respeito! Caso contr�rio, continuarei o resto dos meus dias procurando um jeito de importun�-los e mostr�-los que na primeira brecha que eu, que aqui escrevo, encontrar, vou passar e pux�-los para o meio da multid�o e se n�o forem tomar o desafio, tor�am para que eu ache esta brecha agora ou que morra amanh�, pois daqui algum tempo voc�s n�o poder�o andar mais pelas ruas, pois v�o ser linchados! � este o futuro que estes bandidos est�o criando!
Pense bem...
Pense a respeito...
Pense no que voc� pode fazer...
(Eu n�o tenho nada com isso, cada um pensa o que cadaq�al pensa...!)
"Fala a� galera,
dando continuidade
ao e-mail que recebi do meu irm�o,
mande isso pra amigos e conhecidos
pr� assim espalharmos o que
esses fil...hos da pu...ta e cre...tinos merecem!!!!!
Facada deles!!!
Esse tipo de gente
a gente tem que matar
em pra�a p�blica
pr� espalhar o exemplo
e depois confiscar bens
pr� pagar as contas da matan�a!!!! �
� desse jeito que o Brasil
t� melhorando e crescendo?
Pode at� estar,
mas nesse passo,
nenhum de nossa gera��o
e nem os filhos dos de
nossa gera��o
v�o ver isso dar certo!!!!
Morte ao politicos!!!!!!!
Voc� sabia que os deputados federais ganham...
Sal�rio: R$ 12 mil
Aux�lio-moradia: R$ 3 mil
Transporte: 4 passagens a�reas de ida e volta a Bras�lia/m�s
13� e 14� sal�rios: No fim e no in�cio de cada ano legislativo
Verba para despesas comprovadas: R$ 7 mil
Verba para assessores: R$ 3,8 mil
90 dias de f�rias anuais e f olga remunerada de 30 dias
Mais 35 mil por m�s como verba de gabinete.
Direito a contratar 20 servidores para seu gabinete
E ainda v�o receber R$ 25,4 mil para trabalharem durante o recesso?
O dinheiro sair� dos cofres p�blicos, ou seja, do nosso bolso !!!
Mostre sua indigna��o e envie este texto a todos os seus amigos e
conhecidos para que protestem junto aos deputados federais e senadores
PROTESTE MANDANDO PARA TODOS DE SUA LISTA E GRUPOS!
Agora vamos pensar o seguinte:
Fora isso tudo, algum privil�gio semelhante lhe � conferido, assim como para aqueles que teoricamente s�o contratados por n�s brasileiros? Voc�
pode dizer que eles t�m feitos realmente importantes no decorrer da hist�ria do pa�s, para ajudar a construir um pa�s melhor? Algu�m disse que
para existir o rico, tem que existir o miser�vel. N�o � bem assim, mas para existir um bandido desses tem que existir:
- Um pa�s com fome;
- Um pa�s sem educa��o;
- Um pa�s sem seguran�a;
- Um pa�s que se desenvolve somente para a menor fatia de sua na��o;
- Um bandido menor pra levar a culpa e
- Pessoas que n�o se importam.
Vamos tentar mudar isso! Vamos tomar consci�ncia de que o pa�s � nosso e se n�o cuidarmos dele, um dia vamos olhar para tr�s e pensar no que podia ter se tornado um pa�s com dimens�es fant�sticas, natureza abundante e diversificada, riqueza mineral e natural, que em breve ser�o lembradas pelos museus e hist�rias de um passado n�o muito distante.
Chegou a hora da revolu��o! N�o vamos derramar sangue ou mesmo inflingir lei alguma! � a revolu��o branca, onde todos, sem discrimina��o qualquer, d�o as m�os e batem de frente com o governo que n�o olha por n�s! N�s vamos somar dia ap�s dia mais pessoas indignadas com sede de justi�a e com anseios por um povo que � sim trabalhador!
Ao inv�s de ser criativos para pensar num jeito de passar algu�m para tr�s e de fazer coisas erradas.....vamos ser criativos sim! Vamos dar um jeito
de tirar do poder todos aqueles que n�o o merecerem.
N�o podemos ficar esperando por planos e pacotes que est�o preocupados em acabar com a viol�ncia num determinado lugar e a fome no nordeste! Temos que acabar com a viol�ncia em todo o pa�s. Um estado n�o compete com o outro. Um completa o outro. Temos que ter um pa�s educado. Um pa�s onde as escolas nos preparam para a vida e n�o para o vestibular. Um pa�s onde as crian�as aprendem o que � certo e errado e n�o somente a multiplicar. Um pa�s onde o povo pensa e faz ao inv�s de um pa�s onde somos perseguidos pela lei, pelo fato da lei ser t�o confusa onde tudo tem dois pesos e duas medidas.
N�o podemos aceitar um pa�s onde se n�o fosse pela m�dia, as leis n�o seriam cumpridas nunca. N�o podemos ter um pa�s que n�o pensa no povo como um todo.
N�o podemos ficar parados enquanto os verdadeiros ladr�es, assassinos e outros perversos que nos pro�bem de viver decentemente, vagam por para�sos, esbanjando nosso dinheiro em suas perip�cias criminosas!
Eu desafio todos os governantes e todos os funcion�rios do governo a dizerem quanto ganham em pra�a p�blica. Desafio todos eles a dizerem o que
t�m feito pelo seu povo e eleitores. Desafio a dizerem a verdade. Se forem homens mesmo! Se t�m algum orgulho e respeito! Caso contr�rio, continuarei o resto dos meus dias procurando um jeito de importun�-los e mostr�-los que na primeira brecha que eu, que aqui escrevo, encontrar, vou passar e pux�-los para o meio da multid�o e se n�o forem tomar o desafio, tor�am para que eu ache esta brecha agora ou que morra amanh�, pois daqui algum tempo voc�s n�o poder�o andar mais pelas ruas, pois v�o ser linchados! � este o futuro que estes bandidos est�o criando!
Pense bem...
Pense a respeito...
Pense no que voc� pode fazer...
(Eu n�o tenho nada com isso, cada um pensa o que cadaq�al pensa...!)
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