Eu, réu confesso,
digo que carrego a culpa,
do mundo, a esmo,
imundo.
Eu, réu confesso,
digo que me lavra a carne
o enxó da esmola que nego,
o vazio dos olhos cegos
que nem escuto.
Eu, confesso, que carrego,
de todos os males do mundo,
a sina de não saná-los,
ao somente, ignorá-los.
Eu, declaro que fui
quem grassou a fome,
assumo que destrui
nos úteros,
os nervos paralisados.
Eu mereço,
a culpa que tenho,
de me sentir incapaz
de deixar ao mundo a
felicidade, que eu,
confesso, sei que vivi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário