terça-feira, outubro 28, 2003

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"Olha que legal!" (Eu)

Penso que posso (que pena que "penso que pena que seja pouco, que s� penso em pensamento", tom z�!), tenho que fazer tirim-tirim ao brindar a id�ia de modificar aos poucos o blog, mudando a est�ria, ou a hist�ria, suprimindo alguns trechos pessoais demais, para ficar mais light, mais rom�nico mesmo. Apenas um romance... Novos personagens entrando, novas cenas descritas... e se eu fizer da minha longa prevista vida, at� aqui agora, que ainda viscejam faiscantes raios luminosos de pensamentos frescos e juvenis, fazendo-me cruel crian�a de novo, dando estilingadas em pardais (que cagavam nas roupas quarando e nos varais), mandando dardo de papel e alfinete com tubo de pvc nos gatos e cachorros, incautos, amarrando linha preta na lata de mijo entre muros e o meio-fio, puxando peda�os de corda com fio de nylon para fazer de cobra, amarrando notas de 1 (seria?) cruzeiro com linha e fazendo os desesperados correrem atr�s dela, roubando bandeiras, frutas, olhares, amores, xingos da vizinha chata, pux�es de orelha da mam�e, na rua, m�e-da-rua, cascudos dos irm�os e cascudos nos outros, relando no muro chapiscado, descendo cal�ada da rua com carrinho novinho de rolim� e ralando o rim, raspando nas raspas de pedras novas na rua, ou ganhando a corrida na Rua Sete Lagoas, dando de cara com uma r�dio-patrulha, C-14 azul claro e escuro, meu carrinho comprado com a grana das f�rias n�o viajadas, indo embora, viajando para nunca mais, meu carrinho laranja e branco, com gaveta sob o banco...ou indo em patinetes, fincas, pe�es, guerra de mamonas, bolinhas, as de gude, passeios nos parques e cemit�rios, ma�os de L&M, eu, Toim, Z�... Tom e Jerry visto nas cores recentes nas telas das tvs nas vitrines das ruas calmas e seguras da cidade cuja pol�cia se ocupava de recolher carrinhos de rolim� atendendo aos pedidos das idosas rabugentas que moravam na descida da �nica rua alfaltada que beira um terreno do luciano furador, mesma rua que na "sua conflu�ncia" com a pra�a xv, morava a dona argentina, que zelava pelo grupo que na cabeceira da pra�a ainda tem o pr�dio modesto que me parecia imenso nos meus seis anos, apenas seis graus de separa��o do nada que fui para o nada que eu era, mas era o favorito, ou preferido ou predileto ...
Bem sei que mam�e hoje chora outro filho que mudou, n�o eu, que dela n�o quero arrancar choro. Da minha doce vida, que me trouxe at� aqui, quero agora dizer para ela que trabalho menos e vivo mais. Ou nem trabalho, mas estou vivo, bem vivo!!!

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