quarta-feira, outubro 29, 2003

Minhas Caras:

"Sonhei que um l�bo branco atravessava a pracinha de Ita�na, visto assim da janela do Hotel nada chique, e que escreveria sobre ele um dia, L�bo B�bo!" (Um conto sonhado por mim)

Escrevo cartas ao mar de grandeza infinita, a voc�, numa ilha, marcianita, ou uns e outros marcianitos, amigos, amigas... fam�lia, fam�lia, mam�es, papais, titias, gatas gordinhas, c�es raivosos, papagaios gagos, pica pau e chupo as cabras, o sangue das cabritinhas nos campos-len��is de batalhas e eu, cruel, rindo-me das cabritinhas, das fantasias, "h� fantasias, b�ibi..." Todas com nomes: Linda, Lovi�, Long Legs, Lovely Friend, Lindinha, Minha, Amor, umas achando que pernas finas s�o sinais de bem deitar, outras o � seu olhar, ou na b�ca carnuda batom passar (sem no espelho olhar!), mas a m�gica vem da coisa qu�mica, da coisa luz, das coisas cheiros, dos toques o macio de um colo, das garupas a leveza e a beleza, e na carona do vento macio, arfamos tantos, e tantas, tantas faiscantes fa�scas fa�scam... �, Deus!
� como criar o universo.
Naquele momento que fremita
um big-bang,
e criamos o Para�so...
Entregues, dormimos os amores,
totalmente sem ju�zo!
Se n�o ganhar,
n�o terei preju�zo.
Ou ser� que terei perd�o?
...
Isso come�ava para
dizer das tantas coisas
que vejo e leio,
coisas de gente grande,
coisas de gente crian�a,
que a �nsia de viver me contamina...
...
Ela n�o parecia ter mais que 15 anos.
- "Vinteum"!!! provou ela, com aqueles
olhos de Ana Paula Ar�sio!
Ofuscava-me o brilho do sorriso
dela ao ouvir meu "�h!" diante da bela
fotografia 3x4 da identidade,
tiradas das lembran�as dela.
E na �nsia incontida de
dois jovens amantes,
eu, que ela tocava e
os olhos reviravam
as rugas, aben�oado era
(na vol�pia hedonista do meu gozo, da vida!)
com t�o apetitosa pr�sa, que nem liguei...
e ela n�o liga, ela n�o liga...
e um dia, a liga liga:
- "Olha, antes de me entregar, eu s� queria namorar.
Deus! Agora, s� quero rezar!"
Mais uma convertida, se eu n�o apare�o
na sua vida, ela acharia que pr�ncipes n�o h�.
E eu, cruel, relembro a ela as manchas
da groselha de nosso amor doce,
no len�ol, e limpo o sangue que escorre
dos cantos de minhas b�cas...
Minhas caras!

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